Um nome marca definitivamente o terror brasileiro: José Mojica Marins, nosso Zé do Caixão, é de importância ímpar quando pensamos na indústria cinematográfica brasileira, dentro ou fora do gênero. A reverência a ele é indiscutível (e a saudade, imensa)
Ao longo dos anos, esse caminho aberto à machadadas por Zé do Caixão também foi trilhado por outros artistas e diretores que ousaram sonhar porque ele um dia sonhou. Com uma produção autoral fortíssima e cheia de significados, o cinema brasileiro traz frescor e originalidade ao público.
Quer conhecer essa galera? Listamos 7 filmes brasileiros de terror que você precisa assistir agora.
Dirigido por Marina Meliande, o filme se passa em um Rio de Janeiro correndo com obras para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Nessa corrida, pessoas são desabrigadas diariamente e postas para procurar outros lares, para que a cidade se pareça mais higiênica, mais limpa, mais organizada. Ana (Mariana Provenzzano), advogada, luta ao lado de uma dessas comunidades, que está sofrendo nas mãos da prefeitura — que tem os planos de transformar o local, na Zona Oeste, em instalações esportivas. Uma combinação perfeita entre geopolítica e body horror, a direção competente de Meliande nos faz sentir o calor da cidade em nossa própria casa.
Uma onda de assassinatos começa a assolar a região da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Um grupo de amigas, jovens que moram no local, começam a ficar interessadas pelo que está acontecendo, e o que inicialmente era somente uma curiosidade mórbida acaba pondo Bia (Valentina Herszage) em constante reflexão sobre a morte e a vida. Dirigido por Anita Rocha da Silveira, o filme é um reflexo e um pensamento sobre a relação da juventude e seus primeiros encontros com a morte. Em seu primeiro longa, a diretora explora essa relação de juventude e morte que já era tão frequente em seus trabalhos de curta metragem anteriores.
Com direção de Juliana Rojas e Marco Dutra, As Boas Maneiras é uma reunião entre terror e fantasia brasileiros que resulta em uma experiência extremamente sensível e especial. No filme, Ana (Marjorie Estiano) é uma jovem rica e grávida que contrata Clara (Isabel Zuaa), enfermeira que vive na periferia, para ajudá-la a ter seu filho e cuidar dela até o parto. Mas, Ana é uma moça misteriosa, e guarda um segredo sangrento, que põe em risco sua vida e a de seu bebê.
Dalva (Nina Medeiros) é uma garotinha de 9 anos que precisa aprender a se virar sozinha após sua tia Cristina (Luciana Paes) se casar e seu pai Jorge (Julio Machado), que é construtor civil, ficar doente. Órfã de mãe, Dalva passa seus dias desejando que ela volte e possa cuidar dela. Jorge, cada dia trabalhando mais, não tem muito tempo para cuidar da filha. Dirigido por Gabriela Amaral Almeida, o filme reúne uma série de sincretismos religiosos que estamos acostumados a ver por aí, nas periferias do Brasil — a crença católica aliada ao espiritismo, unidas à simpatias —, além da realidade de tantas famílias e crianças que precisam se tornar responsáveis por si mesmas tão cedo. O filme tem sentimento e honestidade em sua narrativa, e nos remete diretamente aos grandes clássicos do cinema de terror, como A Noite dos Mortos Vivos e Cemitério Maldito.
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Baseado no conto do jornalista Marco Castro, um assistente de legista, Stênio (Daniel de Oliveira), acaba ganhando o dom (ou o presente de grego) de falar com os mortos. Através de um papo com um cadáver que chega em sua mesa, certa noite, sua vida passa por uma série de transtornos, descendo a uma espiral de paranoia capaz de acabar com tudo que conquistou — incluindo sua família. Dirigido por Dennison Ramalho, um dos grandes nomes do terror brasileiro, o filme trata das consequências de nossos atos e das escolhas que fazemos — e podem reverberar até além de nossa vida.
Filme antológico, conta com cinco segmentos, ambientados em épocas diferentes ao longo de 200 anos pela história do Brasil, em que acompanhamos homens e mulheres sofrendo nas mãos de um mesmo Senhor de Engenho, em diferentes situações. Com produção da produtora Vermelho Profundo, o longa demonstra como as heranças coloniais podem ser perigosas e devastadoras para a sociedade, utilizando o terror do racismo como ponto de partida.
Davi (Nicolas Prattes) é um jovem estudante de cinema tímido, mas que guarda algo obscuro em seu coração e em sua mente. Certo dia, ao visitar sua vizinha, acaba cometendo seu primeiro assassinato. No dia seguinte, entretanto, a mulher aparece viva em seu apartamento e leva Davi a um destino que já espreitava os recantos mais sombrios do jovem, revelando uma natureza assassina e assustadora. O filme foi dirigido por Diego Freitas e trata do tema de serial killers caprichando nos aspectos visuais e artísticos.
No blog da Macabra Filmes você encontra mais dicas de filmes brasileiros de terror para mergulhar ainda mais na produção nacional que rende tantos arrepios. Confira outros títulos no blog da Macabra Filmes.
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