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9 filmes essenciais de Terry Gilliam

A genialidade do mestre do cinema psicodélico e diretor de Os Doze Macacos

26/12/2024

Terry Gilliam é provavelmente um dos cineastas mais criativos que existem por aí. Com a mente afiada e imaginação de sobra, o diretor de Os Doze Macacos deu vida a muitos outros filmes ao longo de sua carreira. Com uma filmografia marcada pelo estilo único, Gilliam transita entre os gêneros com filmes criativos e originais. Não é à toa que o diretor é responsável por produções elogiadas por seus visuais, entregando alguns dos longas mais psicodélicos da história do cinema.

LEIA TAMBÉM: 6 Lições de Os Doze Macacos para o futuro

De distopias aterrorizantes a contos de fadas modernos, os filmes de Terry Gilliam nos levam a um universo imaginativo, estranho e fascinante. No clima de Os Doze Macacos, adaptação literária do filme homônimo, aqui na DarkSide® Books, a Caveira separou os filmes essenciais de Terry Gilliam para você mergulhar de cabeça e conhecer mais sobre o trabalho do cineasta. 

1. Monty Python em Busca do Cálice Sagrado (1975)

Aclamado como um dos melhores filmes de comédia de todos os tempos, Monty Python Em Busca do Cálice Sagrado é o primeiro filme com roteiro original do grupo britânico de comédia Monty Python. Dirigido por Gilliam e seu companheiro de palco, Terry Jones, o filme satiriza as lendas arturianas, especialmente a busca do Rei Arthur pela relíquia do Santo Graal. 

Marcando a estreia da dupla na direção, Monty Python Em Busca do Cálice Sagrado equilibra o amor de Jones pela história medieval, ao mesmo tempo em que traz um enredo e visual que se tornaram marca registrada de Gilliam. O diretor também é um dos personagens principais do longa, interpretando Patsy, o leal servo de Arthur. 

2. Aventureiros do Tempo (1981)

Integrante do panteão de filmes de fantasia dos anos 1980 ao lado de clássicos como Labirinto – A Magia do Tempo e A História Sem Fim, Aventureiros do Tempo evidencia uma das qualidades mais marcantes do cinema de Terry Gilliam: sua habilidade em misturar o histórico com o fantástico

Com participações memoráveis, efeitos especiais inovadores e enredo divertido, Aventureiros do Tempo conta a história de um menino que embarca em uma aventura com um grupo de ladrões que possuem um mapa que os possibilita embarcar em uma viagem por diferentes pontos da história. Neste segundo filme solo, Gilliam entrega um bem-humorado e caótico conto de viagem no tempo que joga o espectador em um mundo impressionante e imaginativo. 

3. Brazil: O Filme (1985)

Considerado uma das obras-primas do diretor, Brazil: O Filme é um dos exemplos da habilidade de Terry Gilliam em criar mundos sombrios e distópicos que aterrorizam a partir de questões banais e mundanas. Com um cenário que parece ter saído diretamente de 1984 de George Orwell, o longa acompanha um funcionário do governo que tenta encontrar a mulher que aparece recorrentemente em seus sonhos. Tudo isso enquanto trabalha em um entorpecente cargo burocrático, reside em uma apertado apartamento rodeado por edifícios monolíticos e é cercado por uma elite dominante.

Brazil: O Filme joga o espectador em um mundo de terrorismo doméstico, amor condenado e burocracia sufocante, apresentando um visual rico e único. Com sua estética retrofuturista e temas que continuam relevantes até hoje, o longa influenciou séries como The Umbrella Academy e Loki, e é frequentemente citado como o melhor filme de Gilliam

4. As Aventuras do Barão de Münchausen (1988)

Embarcando no legado de Georges Méliès, em As Aventuras do Barão de Münchausen temos a história das fantásticas e absurdas aventuras do personagem-título, que afirma ter flertado com a deusa Vênus, antagonizado o Rei da Lua, escapado da morte e libertado uma cidade inteira de um exército invasor. 

As Aventuras do Barão de Münchausen é um épico de fantasia caótico e divertido, cujos efeitos práticos e cenários bem construídos representam a estética de Terry Gilliam. Com paisagens fantásticas e personagens mais fantásticos ainda, o espectador acompanha tudo pelo olhar de uma criança, que faz tudo parecer ainda mais real e crível, como se o inesperado estivesse logo ali na esquina.

5. O Pescador de Ilusões (1991)

Uma história sobre amor, tragédia e redenção, O Pescador de Ilusões é o filme mais emocionante da filmografia de Terry Gilliam. Foi a primeira produção do diretor a não contar com nenhum de seus colegas do Monty Python no elenco e a primeira que não teve seu enredo assinado pelo cineasta. Estrelado por Robin Williams e Jeff Bridges, o longa conta a história de um DJ de rádio que conhece um bondoso homem em situação de rua, enquanto sofre por um erro que cometeu no passado. Logo os dois homens descobrem que estão ligados pela tragédia e ajudam um ao outro a superar seus traumas. 

O Pescador de Ilusões é um drama misturado com comédia e conto de fadas com uma abordagem distinta e única do mito do Santo Graal. Abordando culpa, responsabilidade pessoal, amor e outros temas, Gilliam combina um cenário moderno e atual com elementos de fantasia, entregando um filme sensível que é a sua cara.

6. Os Doze Macacos (1995)

Baseado em A Pista, curta francês de 1962, Os Doze Macacos marca o retorno do diretor para as distopias e viagens no tempo. Frenético e satírico, o filme acompanha James Cole, um prisioneiro condenado em 2035 que é enviado ao passado para coletar dados sobre um vírus que devastou grande parte da população e tornou a superfície da Terra inabitável. Contudo, Cole acaba sendo enviado para o ano errado e acaba em uma instituição psiquiátrica onde ninguém acredita em suas afirmações. 

os doze macacos

Protagonizado por Bruce Willis e Brad Pitt, Os Doze Macacos aborda de forma impressionante a natureza subjetiva da memória, a relatividade do tempo, a dependência da tecnologia e as pandemias mortais. Ficção científica de primeira, o longa conta com temas sombrios a partir de um visual futurista típico de Gilliam, representando com primazia o estilo cinematográfico do diretor. Como se não bastasse, ainda é um dos melhores filmes dos anos 1990, mantendo-se atual até hoje. 

7. Medo e Delírio (1998)

Baseado no livro semiautobiográfico de Hunter S. Thompson, Medo e Delírio funciona como um elogio à contracultura dos anos 1960. Protagonizado por Benicio del Toro e Johnny Depp, como Dr. Gonzo e Raoul Duke, respectivamente, o filme acompanha a dupla em uma viagem para Las Vegas. Entretanto, suas intenções jornalísticas logo são suplantadas por uma série de aventuras psicodélicas e alucinógenas

Embora seja um filme que difere do resto da filmografia de Gilliam, Medo e Delírio possui efeitos visuais que são marca do diretor, como pernas derretendo e rostos esticando. Transmitindo a paranoia implacável e os efeitos físicos de uma mala cheia de narcóticos, o filme arrasta o espectador por uma viagem frenética e surreal pelo deserto de Las Vegas. 

8. O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus (2009)

Partindo de uma aposta entre o Diabo e o Dr. Parnassus, dono de uma trupe itinerante de artistas, O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus conta sua história a partir de um espelho mágico que permite aos membros do público da trupe explorar o mundo de imaginação e desejo, escolhendo entre a ignorância ou o conhecimento. O Diabo vence se for escolhida a ignorância, enquanto Parnassus sai vitorioso se for escolhido o conhecimento. 

Infelizmente, O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus ficou marcado pela morte repentina de Heath Ledger durante as filmagens. No entanto, o talento e a imaginação de Terry Gilliam permitiram que o filme fosse finalizado com uma solução bastante criativa: o personagem de Ledger foi também interpretado por outros três atores convidados — Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell. Aqui Gilliam justapõe novamente a fantasia com o cenário cotidiano, construindo um mundo simultaneamente maravilhoso e bizarro. 

9. O Homem que Matou Dom Quixote (2018)

Poucos filmes tiveram produção tão conturbada quanto O Homem que Matou Dom Quixote. O filme, um projeto de estimação de Terry Gilliam desde 1989, teve sua produção iniciada em 2000 com Johnny Depp e Jean Rochefort nos papéis principais. No entanto, o projeto afundou dias depois do início das filmagens. Nos anos seguintes, inúmeros atores foram ligados ao projeto — Ewan McGregor, John Hurt, Sean Connery e Robert Duvall foram apenas alguns deles. O tempo foi passando e o sonho de Gilliam se transformou em um pesadelo que não saía do papel. 

Eis que em 2017 a sorte sorriu para o cineasta e as filmagens se iniciaram com Adam Driver e Jonathan Pryce como protagonistas. O Homem que Matou Dom Quixote conta a história de um cínico diretor de cinema que é jogado em um mundo de fantasia e viagem no tempo quando encontra um sapateiro convencido de que é o verdadeiro Dom Quixote. Apesar de ter demorado duas décadas, o longa é uma típica produção de Gilliam, trazendo um filme dentro de outro filme, a comédia surreal do cineasta e seus toques fantásticos. Para os DarkSiders que desejam saber mais sobre esse projeto que durou anos, dois documentários foram feitos sobre o tema: Lost in La Mancha e He Dreams of Giants

Os Doze Macacos: Um livro de Elizabeth Hand

A DarkSide® Books trouxe para os fãs de Terry Gilliam a oportunidade de reviver um dos maiores filmes de sua carreira. Se você é fã de novelizações e ficção científica, precisa conferir e embarcar na aventura literária de Os Doze Macacos. No livro, que a Caveira lançou em parceria com a Macabra, Elizabeth Hand adapta de forma criativa o longa de Gilliam em uma narrativa ágil e envolvente. 

Com questionamentos que estão mais atuais do que nunca, Os Doze Macacos nos leva de volta para o mundo de James Cole e sua jornada através do tempo para entender o vírus que destruiu a humanidade no futuro. Tanto o livro quanto o filme são obras extraordinárias e aterrorizantes de sci-fi que nos fazem refletir sobre nossa sociedade e nossas próprias noções de tempo e memória. Assim como Cole, é impossível sair de Os Doze Macacos ileso.

os doze macacos

E aí, você está pronto para reviver essa história surpreendente ao lado da Caveira?

LEIA TAMBÉM: Os Doze Macacos previu a pandemia?

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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