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Conheça Ares, o deus da guerra

Divindade grega aparece em Guerra, Adorável Guerra

03/12/2024

Filho de Zeus e Hera, Ares é um dos doze deuses do Olimpo, ocupando assim um lugar de destaque na mitologia grega e em suas representações na cultura pop. Associado à violência e ao terror da guerra, a divindade é figura carimbada em produções audiovisuais, aparecendo em sucessos de bilheteria como Imortais (2011) e Mulher-Maravilha (2017). Mais recentemente, também foi um dos principais antagonistas da primeira temporada de Percy Jackson e os Olimpianos

LEIA TAMBÉM: 5 Histórias em que os deuses gregos interferem nas vidas dos mortais

Ao lado de Afrodite, Hefesto, Apolo e Hades, o deus da guerra aparece em Guerra, Adorável Guerra, romance histórico de Julie Berry que faz parte da marca DarkLove da DarkSide® Books. Misturando os deuses gregos aos horrores da Primeira e Segunda Guerra Mundial, Guerra, Adorável Guerra é uma epopeia literária que aborda o poder do amor, os males do racismo e a devastação da guerra. Aqui, com um toque divino, os deuses gregos ganham voz como observadores sensíveis e atentos aos destinos humanos. 

guerra adoravel guerra

Mas você deve estar se perguntando, quem foi Ares? E por que ele recorrentemente é retratado como antagonista em filmes e séries de televisão? Não se preocupe que a Caveira já abriu Origens da Mitologia, uma enciclopédia A a Z com centenas de definições escritas por Anette Giesecke, e vai te contar tudo que você precisa saber sobre o infame deus da guerra.

Deus da guerra e da violência

Um dos doze Olimpianos, Ares é filho dos governantes do Olimpo, Zeus e Hera. Deus da guerra, ele é associado à violência e ao espírito de batalha, incorporando o valor físico necessário para o sucesso em tais empreitadas, ao mesmo tempo em que personifica a brutalidade, a sede de sangue e os horrores dos conflitos. Nesse sentido, Ares contrasta diretamente com sua meia-irmã, Atena, a qual também era uma divindade das guerras. No entanto, diferentemente do irmão, Atena é considerada a deusa das guerras justas e travadas para a proteção das cidades, abrangendo o escopo da estratégia e liderança militar.  

Desta forma, Ares é associado ao amor pela guerra. Segundo os gregos, o deus se deleitava com o barulho das batalhas, a matança dos homens e a destruição das cidades. O deus também era conhecido por não escolher lados nem estabelecer alianças fixas, sendo que às vezes poderia auxiliar um exército e logo em seguida prestar assistência ao seu inimigo. Em alguns casos, sua “mão destruidora” era associada até mesmo aos estragos causados por pragas e epidemias. 

ares

Por seu caráter violento, imprevisível e sanguinário, Ares era uma divindade bastante temida pelos gregos. Em um misto de reverência e medo, algumas cidades na Grécia chegaram a realizar festivais anuais para conquistar sua proteção. Na cidade de Esparta, por exemplo, acredita-se que havia uma estátua dedicada a ele, que ficava acorrentada para impedir que o espírito da batalha saísse dos recintos da cidade. 

Contudo, quando comparado aos irmãos, o deus possuía uma presença mais limitada e até mesmo tímida tanto na religião quanto na mitologia grega. Segundo fontes da época de Homero, por exemplo, ele não era muito popular entre seus companheiros do Olimpo, sendo odiado até mesmo pelos próprios pais devido ao amor que tinha pelo sangue da guerra. No poema épico Ilíada, Ares aparece rodeado das personificações dos fenômenos e efeitos devastadores da guerra. 

Aparições importantes

Embora fosse um dos deuses do Olimpo, Ares não era uma figura frequente nas histórias mitológicas tal qual outras divindades eram. Quando o deus aparecia nestes relatos, frequentemente enfrentava algum tipo de humilhação ou derrota, apesar de seus poderes e fúria avassaladora. Os próprios gregos afirmavam que Ares era originário da Trácia, uma região ao norte habitada pelos trácios, um povo belicoso que era visto negativamente como “incivilizado” e “inferior”. 

ares

Durante a Guerra de Troia, por exemplo, Ares teria ficado ao lado dos troianos por um pedido de Afrodite, que atuava como protetora da cidade. No final das contas, os troianos perderam o conflito e foram derrotados pelos gregos, auxiliados por Atena. Neste mesmo episódio, Ares teria sido ferido pelo heroi Diomedes, que acertou uma lança na lateral de seu corpo e o enviou aos berros de volta ao Monte Olimpo. 

O deus também possui um papel no mito fundador da cidade de Tebas, sendo o progenitor do dragão d’água morto pelo herói Cadmo. Segundo a história, os dentes do animal teriam sido semeados no local, brotando dali soldados totalmente crescidos e armados. Para se redimir da morte do dragão, Cadmo colocou-se aos serviços do deus por oito anos e mais tarde casou-se com sua filha Harmonia, fruto da união com Afrodite. Foi assim que Cadmo apaziguou os conflitos e fundou a cidade de Tebas, tornando-se seu rei e governante. 

O caso com Afrodite

Mas a história mais famosa de Ares é a de seu relacionamento amoroso com Afrodite, a deusa do amor, da sexualidade e da beleza. Casada com Hefesto, o deus da forja, Afrodite esperava os momentos de ausência do marido para se lançar no braços do deus da guerra, com quem teve quatro filhos: Eros, conhecido pelos romanos como Amor ou Cupido; Ânteros (“amor retribuído”); Harmonia; Deimos (“terror”) e Fobos (“medo”).

afrodite e ares

Segunda a Odisseia de Homero, os deuses acabaram sendo descobertos por Hefesto, que foi avisado por Hélio, o deus do sol. Decidido a pegá-los no flagra, Hefesto então armou uma fina e quase invisível rede, a qual no momento oportuno foi solta, prendendo o casal durante o ato sexual. Para humilhar ainda mais Ares e Afrodite, o deus da forja convidou os outros residentes do Olimpo para testemunhar a visão do par, que foi zombado e ridicularizado por todos os presentes. Após serem liberados, um humilhado Ares retornou para sua terra natal, a Trácia, e lá se isolou

A partir disso tornou-se recorrente a associação entre Ares e Afrodite, de forma que os deuses são muitas vezes representados lado a lado no imaginário clássico e em obras de artes. Em alguns mitos posteriores, a deusa do amor chegou a contrair matrimônio com o deus da guerra, tornando-se sua consorte. Sendo assim, a relação entre os dois é frequentemente utilizada para representar o dualismo entre o amor e o ódio

Outro episódio importante envolvendo o casal foi o mito de Adônis, o jovem mortal conhecido por sua extrema beleza. Quando Afrodite se apaixonou por ele, um enfurecido Ares decidiu eliminar o rival, se transformando em um animal e o atacando até a morte. Quando o jovem foi levado até o reino governado por Hades, acabou despertando a paixão em Perséfone, de forma que as duas deusas se tornaram rivais.  

Representações e atributos

Além dos filhos com Afrodite, Ares também foi pai do guerreiro Cicno, de Diomedes da Trácia, do ímpio Tereu, de Partenopeu e da Amazona Pentesileia, a qual participou da Guerra de Troia. Em suas empreitadas de guerra e violência, o deus era frequentemente acompanhado por seus filhos Deimos e Fobos, além de contar com a presença da leal irmã Éris, a deusa da discórdia.

marte

O principal atributo de Ares é seu elmo de guerreiro. Por ser associado à batalhas, o deus é retratado como um típico guerreiro armado, com escudo, espada ou lança. Assim, pode ser difícil identificá-lo imediatamente em obras de arte da Grécia antiga, pois existem poucas características que o distinguem de outros guerreiros e heróis míticos. 

O deus é associado a animais como a serpente, o abutre e também a algumas espécies de corujas. Já no mundo romano, Ares foi assimilado e transformado no deus Marte, o qual recebeu um lugar de grande destaque e foi imensamente celebrado na cultura romana. 

LEIA TAMBÉM: Quem é o deus Hades na mitologia grega

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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