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Caveira Viu: Invocação do Mal 4

A despedida de Ed e Lorraine Warren no Invocaverso

08/09/2025

Quando Invocação do Mal estreou nos cinemas em 2013, poucos poderiam prever a franquia de sucesso que estava por vir. Dirigido por James Wan e protagonizado por Patrick Wilson e Vera Farmiga, o filme não apenas abriu as portas para uma série de produções aterrorizantes inspiradas em casos reais, como também conquistou os fãs com o casal de investigadores paranormais, Ed e Lorraine Warren.

LEIA TAMBÉM: Relembre os 3 primeiros filmes de Invocação do Mal

Se os espectadores foram atraídos aos cinemas pela perspectiva de se assustar e encontrar histórias dignas de seus piores pesadelos, foi definitivamente a química de Wilson e Farmiga, com sua retratação dos Warren, que os fez retornar continuamente para conferir os novos filmes estrelados pelo casal. Entre ameaças demoníacas e momentos românticos capazes de arrancar suspiros até mesmo dos mais céticos, os Warren rapidamente se tornaram o centro do Invocaverso, definindo a franquia como a conhecemos hoje. 

invocação do mal 4

No entanto, nada é para sempre. Depois de quatro filmes e diversos spin-offs, chegou a hora de nos despedirmos de Wilson e Farmiga, que retornam para uma última batalha em Invocação do Mal 4: O Último Ritual. Recém-chegado nos cinemas brasileiros, o filme marca não apenas a despedida dos atores, como também de Ed e Lorraine Warren do universo Invocação do Mal

A Caveira, que há muito se tornou o lar dos Warren com as obras Demonologistas (2016), Lugar Sombrio (2017), Vidas Eternas (2019) e Luz nas Trevas (2023), que integram o DarkBox: Ed & Lorraine Warren, correu para conferir o filme e dar um veredito para os DarkSiders que não resistem a uma boa investigação paranormal. 

Uma despedida emocionante

Invocação do Mal 4

Dirigido por Michael Chaves, cineasta responsável por Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio, Invocação do Mal 4 se inicia em 1964, retornando ao passado dos Warren para mostrar o conturbado nascimento de sua filha, Judy, que quase termina em uma tragédia graças a uma presença maligna. A partir disso, o filme salta para 1986, mostrando não apenas o casal em uma aposentadoria forçada, consequência dos problemas cardíacos de Ed no último filme, mas também a convivência deles com Judy, agora uma jovem mulher em um relacionamento com o ex-policial Tony. 

No entanto, logo o passado retorna para atormentar os investigadores paranormais por meio dos Smurl, uma família na Pensilvânia que passa a ser aterrorizada por forças demoníacas. É justamente quando a assombração se torna algo pessoal que Ed e Lorraine resolvem sair da aposentadoria para assumir um último caso. 

Invocação do Mal 4

Invocação do Mal 4 marca assim um retorno à fórmula dos dois primeiros filmes, seguindo a configuração da casa assombrada e da investigação paranormal que conquistou os fãs nos últimos anos. A própria introdução dos Smurls no início do longa remete à das famílias Perron e Hodgson em Invocação do Mal 1 e 2. Nesse sentido, o longa é recheado de referências aos outros filmes, contando inclusive com participações especiais de personagens que povoaram a franquia ao longo dos anos. Entre cenas divertidas e românticas dos Warren em família, em nenhum momento o diretor Michael Chaves tem medo de assumir o tom sentimental do filme, o que contribui para uma atmosfera emocionante de despedida que nos lembra exatamente porque gostamos tanto deste casal cinematográfico. O diretor consegue assim evocar a sensação de estarmos dando adeus a velhos e queridos amigos. 

Nesse sentido, um dos grande acertos de Chaves também foi alternar entre a vida aposentada dos Warren e o tormento crescente da família Smurl, a qual é protagonista de momentos genuinamente assustadores e encena alguns dos sustos mais eficazes do filme. Contudo, é quando esses dois mundo entram em contato para o ato final que Invocação do Mal 4 perde um pouco da sua potência e também de sua carga de terror.

Invocação do Mal 4

Ao focar na dinâmica dos Warren enquanto uma família, dando maior protagonismo para Judy, que assume seu lugar no clã, e centrando em Ed e Lorraine como pais protetores, o filme deixa de lado a dinâmica do casal enquanto investigadores paranormais. Se por um lado isso confere uma carga dramática à história, explorando as vulnerabilidades dos personagens, por outro apaga o caso que tanto queríamos desvendar: a assombração da família Smurl. O caso, que é abordado na obra Ed & Lorraine Warren: Vidas Eternas do jornalista Robert Curran, infelizmente vai sendo relegado ao segundo plano da história e termina mal explorado pelo roteiro.  

No fim, quem perde são os espectadores que acabam com resoluções apressadas e explicações pouco concisas e satisfatórias, muitas das quais remetem à informações que já vimos nos filmes anteriores. Talvez, esse seja o maior deslize de Invocação do Mal 4. Enquanto o filme é uma emocionante despedida para Ed e Lorraine, o roteiro retira a importância do caso da família Smurl em favor do sentimentalismo, atrapalhando aquele que poderia ser um belíssimo retorno da franquia à sua clássica fórmula da casa assombrada. 

invocação do mal 4

Embora impacte mais por suas emoções do que por seu terror, o que pode incomodar alguns espectadores, Invocação do Mal 4: O Último Ritual ainda surge como uma despedida digna do casal mais adorado do gênero, que assume total protagonismo de sua última história. Contando com performances memoráveis de Patrick Wilson e Vera Farmiga, o filme não apenas encerra uma das franquias de terror mais rentáveis dos últimos tempos, como oferece um desfecho sensível e adequado que honra o legado dos investigadores paranormais que nos fizeram estremecer diante de Annabelle, Valak e tantas outras ameaças malignas. 

LEIA TAMBÉM: 6 Curiosidades sobre Ed & Lorraine Warren

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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