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The Video Dead: o horror da era analógica

Um filme raiz com gore extremo e zumbis

12/09/2025

Algumas coisas podem ser ressignificadas, mas as mais preciosas conseguem resistir ao desgaste do tempo por sua própria essência. Obviamente, dentro dessa coluna que representa uma videolocadora, falamos incansavelmente de fitas VHS, mas também falamos com muito amor de muitos horrores que, além de vivos, se mostraram capazes de influenciar o presente.

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Escrito, produzido e dirigido por Robert Scott, The Video Dead surgiu no mundo do horror em 1987, em plena era analógica, e por aqui recebeu o nome singelo de A TV dos Mortos Vivos. O filme divide opiniões, então é melhor o testemunharmos com nossos próprios olhos.

tv

Começamos o filme com um homem, um escritor, recebendo uma encomenda de uma empresa de entregas. Uma caixa grande, do tamanho de um micro-ondas. O dono da casa explica que não tem nada para receber, que não tem nenhum pedido pendente, mas o pessoal da Hi-Lite Delivery insiste que ele fique com o pacote. Nosso amigo está de ressaca, acabara de acordar, e o que está dentro do pacote chegou de graça, então ele assina os papéis e carrega o volume para dentro. Quando abre, percebe que recebeu um aparelho de televisão. Quando liga a TV, o tubo de imagem mostra um filme de zumbis. Nosso amigo acha aquilo de péssimo gosto e tenta desligar o aparelho, mas a TV insiste, até que ele a retira da tomada. No meio da noite, a TV deixa que os mortos-vivos saiam da tela no melhor estilo Samara Morgan.

The Video Dead

No dia seguinte, os homens da empresa de entregas percebem que cometeram um erro, a TV embalada pertencia ao Instituto de Estudos do Oculto, e não ao homem que a recebeu. Infelizmente, é um pouco tarde demais para isso. O homem está morto.

The Video Dead

Três meses depois, os irmãos Zoe e Jeff Blair chegam ao mesmo endereço para morar na casa que pertence aos seus pais, que estão voltando para os Estados Unidos depois de anos vivendo no exterior. Assim que Jeff e a irmã se mudam, um homem bate à porta perguntando sobre a TV. Jeff o trata com ironia e o despacha pra longe.

the video dead

Os irmãos Blair se instalam na casa e logo descobrimos que a TV ainda está no imóvel, no sótão. Ela chama por Jeff com suas transmissões fantasmas que possuem vontade própria. Sem pensar muito, o rapaz a leva para baixo. A segunda vítima da TV é um cachorro poodle, não exatamente da TV, mas dos zumbis que saíram dela.

the video dead

Resolvido o assunto com o cão, Jeff sem saber da capacidade sobrenatural de sua TV, acende um cigarrinho do capeta e vai pra frente da tela, a fim de relaxar um pouco. Como se conhecesse suas vontades, a TV exibe uma jovem bonita, um pouco mais velha que ele. A mulher do programa de TV conversa com Jeff de uma forma mais sedutora. Ele acha que tudo é efeito do cigarrinho verde, mas estimula a brincadeira, longe de se assustar ou ofender. Quando Jeff se dá conta, ela está fora da tela, e logo está sem roupas. Jeff não se opõe em nada à programação acima dos dezoito anos, mas antes de consumar a cena, a mulher volta para a TV e é assassinada. O homem que a matou explica a Jeff que aquelas pessoas não são o que parecem, que elas não têm alma, e que ele é o que chamam de lixeiro, porque se ocupa de se livrar do lixo humano. O lixeiro também ensina Jeff como se proteger da TV, e mesmo que inicialmente o rapaz pense que está alucinando por conta de uns baseados, ele decide agir e bloquear o aparelho com o que aprendeu.

the video dead

O contra-ataque da TV não demora, e os zumbis que escaparam na primeira transmissão, escondidos na floresta, partem para cima da vizinhança. Algumas pessoas são assassinadas, e entre elas estão os pais da garota que Jeff está de olho. Jeff a leva para sua casa, para que ao lado dele e da irmã ela fique segura. Ledo engano…

the video dead

Em oposição aos desejos assassinos da TV, o homem que bateu na casa mais cedo procurando pela TV, Joshua Daniels, reaparece, e dessa vez Jeff decide ouvi-lo. O sujeito explica que sua mulher comprou a TV em uma venda de garagem e acabou assassinada, e que ele tentou enviar o televisor para o instituto, mas que de alguma maneira ela acabou com os Blair. Joshua também explica detalhes que descobriu sobre as coisas que saem da TV e como detê-las. Basicamente, ele não sabe de muita coisa, mas diz que a TV prega peças na mente até trazer as coisas para o mundo real, e que a melhor maneira de escapar seria mandar o aparelho para longe.

the video dead

Analisando rapidamente o que vimos até aqui, não podemos dizer que The Video Dead é um clássico que mereceria estar entre os vinte filmes mais importantes de sua subcategoria, mas o filme tem boas ideias, principalmente no que diz respeito ao horror analógico, em um mundo no qual boa parte da tecnologia era realmente analógica. Talvez esse filme possa ser avaliado como uma combinação entre The Night of the Dead e Videodrome, com algumas pitadas de Mario Bava, mas com limitações técnicas e orçamentárias que não permitiram que ele atingisse seu apogeu. Os zumbis passam longe da credibilidade, o gore é um pouco descompensado, e com tudo isso em conta o filme consegue surpreender e semear novas direções ao gênero.

Na sequência, a teoria do homem chamado Joshua é que os zumbis precisam sofrer atrozmente até se lembrarem da dor de serem humanos, para apenas dessa forma serem mortos, então podemos imaginar o que iremos presenciar. Somos convidados a caçar zumbis e experimentar alguns momentos de gore-podreira-bizarro-extremo, e sim, é divertido pra caramba ver o que se passou na mente do diretor Robert Scott.

the video dead

Claro que alguns corpos ficam pelo caminho, e eles não são todos oriundos da TV, mas esses momentos finais são o que podemos chamar de “ver para crer”. E falando nisso deixaremos o trailer aqui embaixo. E aí? Vai encarar?

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Sobre Cesar Bravo

amplificador cesar bravoCesar Bravo é escritor, criador de conteúdo e editor. Pela DarkSide® Books, publicou Ultra Carnem, VHS: Verdadeiras Histórias de Sangue, DVD: Devoção Verdadeira a D., 1618 e Amplificador.

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