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Curiosidades sobre o musical: O Fantasma da Ópera

A Caveira te convida a conhecer 10

23/04/2025

No subsolo da Ópera de Paris há uma figura mascarada que espreita pelas sombras e se encanta por uma jovem e talentosa cantora chamada Christine Daaé. Um prodígio musical, o misterioso Fantasma, como é conhecido, manipula os bastidores da Ópera e a vida de todos os envolvidos para garantir o sucesso de sua protegida. No entanto, sua presença logo se torna um pesadelo quando Christine se reaproxima de Raoul, seu antigo amor de infância. 

LEIA TAMBÉM: Aparições do Fantasma da Ópera no cinema e televisão

Essa é a premissa de O Fantasma da Ópera, clássico da literatura gótica publicado entre 1909 e 1910 por Gaston Leroux. Combinando horror, romance e mistério, a obra se tornou uma referência constante na cultura popular, adaptada para os cinemas pela primeira vez em 1925. No entanto, entre tantas versões e reimaginações marcantes da obra há uma que parece ter alcançado vida própria: o musical criado por Andrew Lloyd Webber em 1986.

Um dos espetáculos mais assistidos e reproduzidos da história do teatro, O Fantasma da Ópera conquistou fãs e deslumbrou plateias pelo mundo todo. Em quase 40 anos desde sua estreia, ele se tornou uma menção obrigatória quando o assunto é a clássica história do prodígio musical mascarado. Para comemorar a chegada do clássico de Gaston Leroux na DarkSide® Books, a Caveira separou 10 curiosidades sobre esse icônico musical.

o fantasma da ópera

1. Não foi a primeira adaptação musical do livro de Gaston Leroux

Embora a adaptação de Andrew Lloyd Webber seja a versão musical mais conhecida da obra de Leroux, ela não foi a primeira. Na verdade, duas versões antecederam a reimaginação de Webber. Uma década antes, em 1976, Ken Hill, ex-colaborador de Webber, idealizou a primeira adaptação musical do livro, uma versão muito mais voltada para a comédia do que para o drama e suspense. Supostamente, Webber esteve presente em uma das apresentações, o que lhe inspirou a criar uma produção mais suntuosa da história em uma parceria com o letrista Charles Hart. 

Andrew Lloyd Webbe

Há ainda outra versão musical de O Fantasma da Ópera, concebida por Maury Yeston e Arthur Kopit em 1983. Apesar de ter sido formulada antes da versão de Webber, Phantom só estreou nos palcos em 1991 e nunca foi encenado na Broadway. No entanto, o musical inspirou a minissérie de 1990 protagonizada por Charles Dance

2. É um dos musicais mais bem sucedidos de todos os tempos

Sinônimo de teatro da Broadway, o musical na verdade estreou em 1986 no West End em Londres. Com o sucesso foi uma questão de tempo até que a produção cruzasse o oceano Atlântico. Por mais que Webber quisesse que a estreia no exterior acontecesse no Canadá, ele acabou persuadido a levar o musical para a Broadway. Desta forma, em 9 de janeiro de 1988, O Fantasma da Ópera estreou no teatro Majestic em Nova York.

o fantasma da ópera

O resto é história. Até sua última performance em Nova York, em setembro de 2023, O Fantasma da Ópera foi o show mais longo em cartaz da história da Broadway e atualmente é o segundo musical mais longo do West End, atrás apenas de Os Miseráveis, estando em cartaz desde setembro de 1986. Ao longo de suas performances, junto de turnês e outras versões, O Fantasma da Ópera gerou uma receita mundial de mais de 6 bilhões de dólares. Em 2019, já havia sido visto por mais de 140 milhões de pessoas, exibido em mais de 41 países e traduzido para 15 idiomas, incluindo o português. 

3. Um integrante do KISS já interpretou o Fantasma 

O integrante do KISS, Paul Stanley já foi um dos rostos escondidos pela icônica máscara do Fantasma. Em 1999, a estrela do rock interpretou o personagem nas apresentações finais da produção musical de Toronto, que ficou dez anos em cartaz. Em entrevistas, Stanley contou que ficou fascinado pelo personagem após assistir ao musical na Broadway e quando teve a oportunidade foi correndo fazer um teste para participar da produção. O integrante do KISS relatou que o papel atingiu um acorde pessoal em sua vida e lhe rendeu um nova percepção pessoal, já que a história do músico atormentado que esconde o rosto desfigurado atrás de uma máscara ressoava com sua própria jornada com a microtia (uma malformação congênita no ouvido externo). 

Stanley não foi a única estrela do rock envolvida com o musical de O Fantasma da Ópera. Muito antes da estreia em 1986, enquanto desenvolvia a música “Phantom of the Opera”, Webber criou um vídeo musical para testar a recepção do público e escalou para o papel Sarah Brightman como Christine e o roqueiro britânico Steve Harley como o Fantasma. Depois disso, Harley foi cotado para desempenhar o papel principal nos teatros, mas por não possuir experiência de atuação os produtores optaram por Michael Crawford, que se tornou o primeiro Fantasma dos palcos. 

4. A história da icônica máscara do Fantasma 

Uma das características mais emblemáticas do Fantasma é justamente sua famosa máscara branca, a qual cobre metade de seu rosto desfigurado. No entanto, os fãs podem estranhar que nas obras de divulgação e em todo o merchandising do musical a máscara é bastante diferente, projetada para cobrir todo o rosto do personagem. Isso aconteceu porque originalmente a máscara cobriria todo o rosto do ator, tal qual a utilizada nas adaptações cinematográficas de O Fantasma do Ópera. Contudo, isso se mostrou uma tarefa muito difícil para Michael Crawford, que deu origem ao personagem no West End e na Broadway, que teve sua visão de palco e microfone obstruídos. Logo, uma nova máscara, cobrindo parcialmente seu rosto, foi criada por Maria Bjornson enquanto Christopher Tucker preparou uma maquiagem para lá de realista, consolidando o visual que todos conhecemos do Fantasma. 

o fantasma da ópera

Ao longo de quase 40 anos, mais de 300 máscaras foram feitas. Todas são produzidas especialmente para os intérpretes a partir de moldes de seus rostos. Já a aplicação da maquiagem e da máscara é um processo complexo que leva cerca de duas horas todos os dias. O ator precisa passar por um processo que inclui ajuste de próteses, aplicação de maquiagem, fixação de duas perucas, dois microfones e duas lentes de contato. 

5. Números impressionantes

Cada performance de O Fantasma da Ópera envolve diretamente cerca de 120 pessoas, entre elenco, técnicos, equipe de produção e orquestra. Na Broadway, o musical foi interpretado 13.981 vezes até ser encerrado em 2023 e mais de 15 mil vezes em West End, onde permanece em cartaz. Com tanto tempo na ativa, isso fez com que o Fantasma fosse interpretado por 16 atores diferentes na Broadway e 19 intérpretes em Londres. Entre todos eles, Howard McGillin detém o recorde com mais de 2.500 performances, assumindo o papel entre 1999 e 2009 na Broadway. Já Norm Lewis fez história e se tornou o primeiro ator negro a dar vida ao Fantasma em maio de 2014 com Emilie Kouatchou sendo a primeira mulher negra a interpretar Christine em 2022. 

o fantasma da ópera

Durante as apresentações são utilizadas 111 perucas, 230 figurinos, 180 kg de gelo seco e 281 velas, combinados com dez máquinas de neblina e fumaça. O teatro Majestic em Nova York contava com 150 alçapões – que permitiam que os personagens sumissem e aparecessem misteriosamente – e 24 alto falantes escondidos, que conferiam ao Fantasma sua atmosfera fantasmagórica.

6. O candelabro é uma réplica do da Ópera de Paris

Um dos itens mais estonteantes do musical é justamente o candelabro, o qual é protagonista de dois momentos chaves do show, marcados por sua ascensão e queda. O acidente do candelabro que encerra o primeiro ato de O Fantasma da Ópera está presente na obra de Gaston Leroux, o qual foi inspirado por uma tragédia que ocorreu na Ópera de Paris em 1896 quando um dos contrapesos que segurava o enorme lustre se soltou, o fazendo despencar do teto e atingir fatalmente uma pessoa. 

o fantasma da ópera

O musical, inclusive, utiliza uma réplica fiel do candelabro da Ópera de Paris. A versão original, utilizada na produção de Londres, foi construída por cinco pessoas e demorou quatro semanas para ser concluída. No total, o candelabro possui 3 metros de largura, pesa uma tonelada e conta com 6 mil miçangas. Uma peça extremamente complexa, ele raramente apresenta algum mau funcionamento. Caso isso aconteça, o elenco é instruído a seguir a história normalmente.

7. Existe uma sequência chamada Love Never Dies

Em 2010, O Fantasma da Ópera ganhou uma continuação intitulada Love Never Dies, a qual por sua vez é baseada no romance O Fantasma de Manhattan de Frederick Forsyth. Criada por Andrew Lloyd Webber, com letras de Glenn Slater, a história se passa dez anos após o musical original e acompanha Christine, agora casada com Raoul, indo para Coney Island, nos Estados Unidos, se apresentar em um novo show dirigido por um misterioso compositor.

love never dies

Embora tenha mantido os valores de produção e a qualidade das músicas, Love Never Dies não conquistou o público e a crítica especializada, que apontaram que o musical tirava o propósito dos personagens e destruía a história original. Em 2012, uma versão foi filmada na Austrália, estrelada por Ben Lewis e Anna O’Byrne, o que possibilitou com que mais fãs conhecessem a peça. No entanto, as críticas ainda foram negativas e os planos de uma produção na Broadway foram rapidamente cancelados. 

8. Imprevistos acontecem… 

O famoso barco que transporta Christine para o covil do Fantasma ao som de “Phantom of the Opera” já fez a viagem mais de 25 mil vezes. O barco é guiado por um membro da produção que utiliza um controle remoto sem fio parecido com um grande joystick Atari. Inclusive, quando O Fantasma da Ópera estreou na Broadway muitas vezes a frequência do controle recebia interferências de táxis que estavam pela rua em frente ao teatro. Embora seja uma parte essencial do show, o barco não está imune a imprevistos e mau funcionamento. Um dos problemas mais comuns é ele parar no palco antes de o Fantasma e Christine terminarem sua jornada pelo lago subterrâneo.

Caso isso aconteça, o ator é instruído a escoltar Christine para fora do barco e levá-la o restante da viagem a pé. Depois disso, a produção se encarrega de tirar o barco manualmente. Uma das histórias favoritas da equipe aconteceu com o ator Colm Wilkinson na produção original de Toronto. Uma noite, quando o barco travou no centro do palco, Wilkinson simplesmente saiu, se posicionou na frente dele e o levantou com os braços, levando o objeto até sua marca final no covil do Fantasma. Tudo isso permanecendo dentro do personagem, é claro. 

o fantasma da ópera

Outra história famosa aconteceu com Michael Crawford, dessa vez quando o Fantasma já havia saído do barco. O palco possui buracos no chão para que as velas subam enquanto o personagem guia Christine por seu covil. Para tudo acontecer corretamente, o ator precisa se posicionar em uma marca determinada. Neste dia, Crawford pisou cerca de dez centímetros para o lado e subitamente uma vela começou a subir por uma de suas pernas. Além de imprevistos com o barco e com o lustre, há duas histórias envolvendo também o mau funcionamento da maquiagem do Fantasma! Um dos momentos mais dramáticos de O Fantasma da Ópera envolve a cena em que o personagem é desmascarado, revelando seu rosto horrivelmente desfigurado. Dois atores diferentes, Crawford e Hugh Panaro, foram surpreendidos quando, durante uma cena de beijo, suas próteses labiais ficaram grudadas na atriz que interpreta Christine.

9. Um Fantasma já casou com uma Christine

Quem disse que O Fantasma da Ópera não pode ser uma história de amor? Gary Mauer e Elizabeth Southard, que interpretaram o Fantasma e Christine em diversas turnês do musical nos Estados Unidos entre 2004 e 2006, são casados na vida real e têm dois filhos juntos. Eles se conheceram quando Mauer interpretava Raoul na produção da Broadway e Southard era substituta do papel de Christine, de forma que a dupla fez diversas apresentações juntas. Conhecidos por terem uma química incrível nos palcos, os dois são um raro exemplo de casal que interpreta papeis principais lado a lado.

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10. Uso de manequins, dublês e muitos truques

O Fantasma da Ópera é um musical cheio de truques impressionantes. Ao longo da performance são utilizados diversos dublês que dão a ilusão dos personagens desaparecem ou se movem rapidamente pelo palco. No início da canção “Phantom of the Opera”, a Christine e o Fantasma que se deslocam pelas rampas como se estivessem descendo para o subsolo são dois dublês, já que os atores principais estão posicionados no barco controlado remotamente. Na cena do baile de máscaras, o Fantasma também é interpretado brevemente por outro ator, para assim conseguir desaparecer e aparecer em outro lugar. Em outro momento, durante o balé de Il Muto o Fantasma que aparece lançando sombras durante a performance também é um dublê, sendo que o ator principal já está posicionado no querubim do telhado para a música “All I Ask of You”. 

o fantasma da ópera

Por outro lado, durante a performance de “Masquerade”, o musical também utiliza manequins para dar a ilusão de ótica de que há mais pessoas no palco. No entanto, em outra cena, quando Christine encontra um manequim vestido de noiva no covil do Fantasma, a boneca é interpretada por uma atriz de verdade, que utiliza uma máscara de plástico e se inclina para a frente. Outro ponto alto do musical são os efeitos práticos, como na cena do cemitério em que o Fantasma aparece subitamente. Acontece que o ator está o tempo todo escondido dentro de uma cruz, que é oca e possui espaço para que ele espere seu momento. Já na última cena, quando o personagem desaparece do trono com um pano, trata-se de uma cadeira com encosto falso, que permite ao intérprete sair por um alçapão sem o público ver. 

O Fantasma da Ópera está aqui… na DarkSide Books!

Lançamento da marca Medo Clássico, O Fantasma da Ópera finalmente chegou na DarkSide® Books em uma edição sombria e imortal com o texto integral traduzido do francês, ilustrações restauradas e um conteúdo exclusivo que analisa todo o legado e impacto do romance de Gaston Leroux. Um dos títulos mais pedidos ao longo dos 13 anos da Caveira, a edição honra as origens deste clássico da literatura que fascina gerações, assim como suas reencarnações musicais e cinematográficas. Prepare-se para desvendar os mistérios do Fantasma, desbravar os subterrâneos da Ópera de Paris e render-se à música da noite. O Fantasma da Ópera está aqui, entre nós. 

o fantasma da ópera

LEIA TAMBÉM: O Fantasma da Ópera: como o livro foi transformado em um musical

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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