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O UNIVERSO DARK DE FÃ PARA FÃ


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DarkSide® Books: Há 10 anos tocando o terror

Uma década de amor à literatura de horror e fantasia

07/11/2022

Dentro de nós, é sempre meia-noite. Gostamos do grotesco, do fantástico, do infame. Celebramos nosso lado sinistro com monstros em VHS, download de games, LPs tocados ao contrário. E, principalmente, com livros que ousamos folhear à luz de velas.

Um manifesto que mantém sua chama acesa há uma década. Dez anos que foram permeados por um terror real que desafiou as mais criativas mentes do gênero, mas que também teve espaço para acontecimentos emocionantes, dignos das mais acalentadoras fábulas.

E em todos esses momentos a Caveira estava lá, segurando a sua mão e te guiando por mundos inimagináveis. Juntos seguimos mapas do tesouro, caçamos as pistas de assassinos em série, firmamos pactos sinistros, exorcizamos demônios, embarcamos em naves espaciais, viajamos no tempo (algumas vezes), atendemos ao chamado da bruxaria e reacendemos a chama macabra dos nossos corações trevosos. 

Tudo começou num Dia das Bruxas

A história de origem da Caveira parece ter saído de um clássico dos anos 1980 nos moldes dos Goonies: dois fãs apaixonados pelo universo da literatura e do horror decidiram que era hora de construir um olhar mais apurado e profundo a um gênero tão negligenciado pelo mercado da época. Christiano Menezes e Chico de Assis decidiram que precisavam compartilhar as histórias que tanto amavam com outros fãs.

goonies

LEIA TAMBÉM: 10 CURIOSIDADES E HISTÓRIAS DIVERTIDAS DOS DEZ ANOS DA CAVEIRA

Das conversas descontraídas a cada papo de boteco e delírios etílicos, as ideias foram sendo colecionadas, e o projeto começou a ser formatado enquanto ambos cuidavam do seu escritório de design Retina 78. Chico e Chris se uniram então a um “especialista em histórias do outro mundo”, o roteirista, escritor e biógrafo de Chico Xavier, Marcel Souto Maior. Mais do que uma editora, a DarkSide® Books nasceu como se fosse uma banda de rock. 

“Vejo a banda como uma família que você escolhe. É um grupo de pessoas que você admira, cresce junto, divide lágrimas e conquistas. São mundos compartilhados que te transformam para sempre.”

Christiano Menezes (diretor editorial, que também é músico)

Desde o início a Caveira se comprometeu com os fãs de terror, fantasia e cultura pop, trazendo obras como a trilogia original de Star Wars, Tubarão, Psicose, O Colecionador, Hellraiser, Drácula, Frankenstein e tantas outras histórias que marcaram ou que ainda irão marcar os DarkSiders. Tudo isso sem nunca perder a emoção de fã a cada contrato assinado com autores que formam as bibliotecas da equipe Dark, como Stephen King e Clive Barker.

Quem disse que o terror tem que ser feio?

A DarkSide® nasceu dos anseios de fãs e desde então trata cada publicação como aquele item raro de colecionador, que merece um lugar especial após ter suas páginas devidamente devoradas. E o cuidado começa desde a escolha dos títulos até a confecção e envio dos volumes que chegam às casas dos DarkSiders. “Todos que trabalharam e trabalham na editora no processo editorial são leitores natos, amam livros e têm uma paixão e dedicação natural a eles”, garante Bruno Dorigatti, gerente editorial da Caveira.

Mais do que livros, a DarkSide® proporciona experiências completas aos fãs de suas obras, como toda boa história horripilante. Segundo Menezes, “o terror é sensorial de origem. A Dark é cheiro, toque, encantamento e curadoria. Nosso trabalho não é só editar livros, mas sim surpreender os leitores criando uma imersão que sempre nasce das palavras.”

E o aspecto visual vai além de ser apenas um produto bonito, conforme pontua o coordenador de Arte Arthur Moraes: “Quando um leitor se apaixona por uma edição bonita, não é apenas pela beleza do objeto em si, mas sim pela ligação que isso cria entre ele e todos os envolvidos na publicação da obra. Ele percebe que o mesmo respeito e carinho que ele tem por aquela história esteve presente com todas as pessoas envolvidas na criação daquela edição. Isso gera uma ligação muito forte entre os autores, leitores e editora.”

livros para o halloween

Antes mesmo de se tornar um autor publicado pela casa, Cesar Bravo já se empolgava com todas possibilidades que a Caveira poderia proporcionar para fãs que, assim como ele, sentiam falta de um pouco mais de terror no mundo editorial: “A DarkSide® chegou para atender uma demanda, uma carência que muitos leitores sentiam, tanto em títulos quanto em acabamento editorial e gráfico”. Para ele, a editora ofereceu essa morada tão aguardada e foi além.

“A DarkSide® é isso, uma tribo, um time, uma banda de rock. É realmente a casa brasileira do terror.”

Cesar Bravo

A relação com os autores também é bem pessoal, conforme explica o diretor comercial Chico de Assis. Ele menciona um episódio particular com Zé do Caixão, que é padrinho da DarkSide®: “Lembro com carinho e orgulho de meu braço apoiando a caminhada do Zé do Caixão enquanto atravessávamos a pé a Avenida Paulista. Eu tinha passado na casa dele para buscá-lo e o levei para uma entrevista. Depois, fomos direto para o lançamento no Conjunto Nacional. Teve uma mesa de debate e o salão estava lotado. Foi emocionante ver tanta gente ali para ouvi-lo falar”. Chico é tão fã do cineasta que em uma festa de aniversário da Caveira se fantasiou como ele: “Até a unha eu consegui reproduzir!”. 100% de fã para fã.

Dos clássicos ao disruptivo

Quem conhece bem a Caveira sabe que aqui não há história antiga ou transgressora demais — todas têm um lugar especial no coraçãozinho dos DarkSiders. Para a gerente editorial Marcia Heloisa, que também traduziu obras como Edgar Allan Poe: Medo Clássico, Alice no País das Maravilhas e O Mágico de Oz, há histórias que são eternas, sobretudo as que nos inspiram e nos fazem sonhar: “Os clássicos são as raízes de muitos dos nossos frutos, e retornar às nossas raízes é sempre uma jornada fascinante”.

edgar allan poe: medo clássico

Há três marcas dedicadas aos clássicos dentro da DarkSide® Books, Medo Clássico, Fábulas Dark e DarkLove Classics, e cada uma delas convida os DarkSiders a voltar no tempo, colhendo no passado sementes criativas para o futuro. E por mais que sejam histórias conhecidas, a experiência de leitura será sempre nova, acompanhando a nossa própria evolução enquanto seres humanos.

“Penso que os clássicos continuam relevantes justamente pela sua capacidade mágica de nos parecerem sempre atuais, como se acompanhassem a nossa própria história de vida.”

Marcia Heloisa

Não apenas os clássicos da literatura têm espaço no acervo Dark. Obras consagradas no cinema que foram adaptadas de livros tiveram suas histórias ressuscitadas nas páginas da Caveira, como é o caso de Psicose e O Bebê de Rosemary. Esse último é, inclusive, um dos favoritos de Marcel Souto, uma conquista que ele festejou — e muito — e que é considerada por ele um presente no aniversário dos dez anos da editora.

Nesse processo, até mesmo a nossa visão do que é o terror evoluiu, mudando as percepções e referências de quem trabalha diretamente no processo de contar histórias horripilantes. “O mundo abriu os olhos para horrores reais que estavam, de certa forma, se aproveitando da ficção para dar pancada. Acho que isso mudou, e precisava mesmo mudar”, reflete Cesar Bravo.

E é por isso que a Caveira honra os clássicos ao mesmo tempo em que garimpa e publica os novos nomes que fazem a literatura de terror, true crime e fantasia irem além, como Paula Febbe, Ilana Casoy, Alexis Henderson, Wayétu Moore, Enéias Tavares, P. Djèlí Clark, Verena Cavalcante, Becky Chambers, Kerri Maniscalco e tantos talentos que hoje já são parte da família Dark.

Essas descobertas passam pelo olhar apurado de editores como Paulo Raviere, que trouxe para os leitores obras como Saboroso Cadáver, de Agustina Bazterrica, além de ter encontrado na DarkSide® o lar para publicar seu romance Todos se Lavam no Sangue do Sol, uma obra alucinante que carrega a cidade de Salvador em sua essência.

Nem só de terror vive a Caveira

Já deu para perceber que o terror pode até ter sido o início e o meio de tudo, mas ele está longe de ser o único fim da DarkSide®. Em uma década, a editora expandiu seu leque de possibilidades e trouxe outras narrativas para o seu panteão de obras através de marcas como DarkLove, Caveirinha, Graphic Novel, Crime Scene e Magicae. “A criação de algumas marcas acaba sendo uma resposta aos desejos dos nossos leitores, que também estão desbravando o mundo conosco”, comenta Raquel Moritz, diretora de Estratégia Editorial. 

Os DarkSiders ganharam em possibilidades de mundos a serem explorados, mas isso não significa que cada um desses livros caminhe sozinho dentro da editora, como defende Dorigatti: “De alguma maneira, esses universos todos se conectam, dialogam e constroem pontes entre si”.

No true crime, por exemplo, a DarkSide® ajudou a pavimentar o caminho para o gênero no Brasil em uma parceria matadora com a escritora Ilana Casoy, que é madrinha da marca Crime Scene®. “A DarkSide® joga luz onde é sombrio. Eu também faço isso e temos um casamento perfeito: eles entendem o que eu falo e vice-versa”, declarou a autora de Arquivos Serial Killers: Made in Brazil e Louco ou Cruel.

E não é apenas botar um livro no mundo, a Caveira tem um cuidado especial com todos os públicos com quem dialoga. Paulo Raviere explica que “para cada marca, há um perfil de colaboradores, um estilo gráfico, uma linguagem específica”. Para quem não é muito fã de terror, as outras marcas criam possibilidades surpreendentes

Quando a gente muda, o mundo muda com a gente

Fora do clã DarkSide®, o mundo teve suas próprias mudanças e evoluções, interferindo diretamente no mercado editorial. O comércio de rua se viu desafiado pelo avanço do e-commerce e os livros competem com uma gama cada vez mais ampla de outras mídias. Mas quem nasceu do terror sabe que é preciso se posicionar se você quiser se tornar a final girl da história.

Lembra daquela conversa de proporcionar experiências além dos livros? Esse olhar de fã ajudou a construir uma relação ainda mais próxima com o público Dark. “Não admitimos entregar um livro que admiramos de uma forma que não nos encantaria, como fãs que somos”, garante Mike Ribera, diretor de Marketing e Operações. Arthur Moraes complementa esse raciocínio: “No final das contas, a DarkSide® é muito mais a forma que ela é percebida pelos leitores do que o que nós queremos que ela seja. E é por isso que tudo é feito com tanto cuidado e carinho”.

“A experiência de recebimento, unpacking, e leitura de um livro nosso se tornou um ritual entre os DarkSiders e temos muito orgulho disso. Essa proximidade e cumplicidade com os leitores é o que torna a marca DarkSide® única.”

Mike Ribera 

Os fãs de terror, é claro, reconhecem todo esse cuidado e observam como a editora deu uma chacoalhada nos esqueletos do próprio mercado. Um deles é Antônio Tibau, escritor e roteirista da série Vale dos Esquecidos, que também já trabalhou na DarkSide®: “Ninguém lançava capa dura (com exceção de caríssimos livros de arte). Ninguém apostava nos títulos e autores que a Caveirinha estava trazendo para o Brasil. De clássicos esquecidos a autores inovadores”.

“É importante que uma capa dialogue tanto com quem não leu o livro como por quem já é apaixonado pela obra. Então cada detalhe precisa ser pensado para que atraia a curiosidade de um novo leitor e que, depois da leitura, cada decisão tomada enriqueça a sua experiência e ele se orgulhe de ter o livro em sua estante. Além de perceber que nada está ali por acaso. Isso cria um laço de confiança e cumplicidade que une todos os envolvidos — autores, editora e leitores. Esse laço se amplia em todos os momentos que o leitor vai entrar em contato com a marca.”

Arthur Moraes

“Antes da DarkSide® tudo era garimpo”, afirma Cesar Bravo, que também vê com entusiasmo essa ampliação das possibilidades de terror e fantasia que ganhou um merecido empurrão da Caveira. “Antigamente nós tínhamos seis ou sete nomes, hoje mal conseguimos acompanhar o surgimento desses novos autores.”

Com isso, a DarkSide® hoje faz parte de um mercado editorial mais democrático, abrindo caminhos para novos autores, temas e até mesmo editoras que fogem dos grandes centros. Um cenário diferente daquele em que a Caveira nasceu. “Vejo o mercado editorial de hoje mais generoso e menos monotemático”, avalia Christiano Menezes.

“Quem disse que terror tem que ser feio? A gente enxerga beleza no sinistro, e ninguém traduziu melhor esse sentimento que a DarkSide®.”

Antônio Tibau

De fã para fã. Mesmo!

O combustível que mantém os motores da Caveira a todo vapor é sem dúvidas a troca com os fãs. Uma relação que foi cultivada com naturalidade desde o início, conforme explica Menezes: “Sempre alimentamos uma relação de fã para fã. A Dark não existiria sem essa proximidade com os leitores e sem as redes sociais”.

“Todo leitor em algum momento descobre um livro tão, mas tão incrível, que antes mesmo de terminar a leitura já começa a pensar nas pessoas a quem vai indicá-lo, a quem vai emprestá-lo. Agora imagina descobrir livros incríveis e indicá-los a centenas, milhares de pessoas. Isso é o que fazemos todos os dias.”

Paulo Raviere

Essa troca é percebida em todas as pontas da editora, desde quem tem esse contato mais próximo com os fãs, até aqueles que preparam os livros, como é o caso de Marcia Heloisa: “Sempre me emociono quando vejo as reações dos nossos leitores aos livros que publicamos. É extremamente gratificante e comovente constatar que a energia que colocamos em cada projeto alcança e faz pulsar o coração dos DarkSiders”.

E há quem já tenha atuado em várias pontas. “Que, no fim das contas, se resume a uma coisa só, porque para fazer o que fazemos com cada livro é preciso ser apaixonado de verdade pela literatura“, comenta Raquel Moritz. Seu primeiro contato com a DarkSide® foi em uma pequena livraria de sua cidade, com “um livro primoroso, claramente pensado por gente apaixonada pelo que estava fazendo, e que deixava isso transparecer da capa ao conteúdo”. Sua relação com a editora foi mudando de tempos em tempos, de leitora a parceira influenciadora, depois como estrategista de marketing, e então editora. “É muito gratificante publicar as histórias que amamos e poder dividir o mundo que descobrimos com nossos leitores. Sinceramente, trabalhar com livros é a coisa mais legal do mundo“, complementa.

Os fãs compartilham da visão apaixonada que a editora tem em cada publicação e se entusiasmam com as possibilidades criadas pela Caveira, como é o caso de Ana Laux, jornalista responsável pelo site Literatura Policial: “Antes da DarkSide® Books, apaixonados por livros de terror, suspense e true crime contavam com lançamentos dispersos. Depois, passamos a ver lançamentos constantes de obras clássicas de terror e novidades que antes não tinham a oportunidade de chegar às estantes, tudo embalado em edições magníficas que enchem nossos olhos de paixão”.

true crime

Por falar em true crime, a Caveira encontrou com os fãs do selo Crime Scene® um reduto de entusiastas ávidos por publicações do tema, como é o caso de Daniel Cruz, do OAV Crime. “Quem poderia imaginar que grandes nomes desse tipo de literatura, incluindo Schechter, Robert Ressler e Ann Rule, teriam seus livros publicados em portugês?”, exemplifica. Daniel vai além, cogitando as possibilidades que a DarkSide® possa estar abrindo para que mais pessoas dediquem-se a investigar e escrever sobre o tema: “Quem sabe neste momento, em algum lugar desse imenso Brasil, o próximo Robert Ressler ou a próxima Ilana Casoy esteja lendo um livro da Caveirinha e imaginando que é isso o que eles querem para suas vidas.”

Adriana Cecchi, do canal Redatora de M*%$#, enxerga o terror além de um punhado de histórias horripilantes, e pontua o papel da editora nesse contexto: “Considero o horror o gênero mais potente para expor críticas, medos, contextos e problemáticas por estar diretamente relacionado ao ato de aterrorizar. Ter uma editora que investe e se dedica a essas temáticas mais sombrias e transgressoras com tanta paixão e cuidado é de uma importância extrema para a literatura de terror — que, por muitas vezes, era um gênero que costumava ser menosprezado e até mesmo negligenciado no mercado editorial”.

Mas não são só as obras de terror e true crime que fascinam os DarkSiders. O primeiro contato de Madame Agatha Killer, do Lar da Agatha, foi O Circo Mecânico Tresaulti, do qual se lembra com carinho até hoje. Anos depois, ela fez sua primeira parceria com a Caveira com a HQ O Príncipe e a Costureira: “A partir desse momento, eu me senti muito respeitada e valorizada pela minha arte, o que me impulsionou a criar vários trabalhos únicos e outras parcerias com a Caveirinha”.

Para Mike Ribera, essa relação verdadeira entre Caveira, livros e fãs é o que faz toda a diferença nesse relacionamento com o público. “Se somos o que somos é por sermos apaixonados pelo mundo Dark. O ‘de fã para fã’ é real e as pessoas sabem disso. Tente enrolar, enganar um fã de verdade para ver o que acontece…”

Nunca duvide do poder dos livros

Ao longo de uma década, a editora recebeu os mais emocionantes relatos dos leitores de como as obras publicadas pela DarkSide® causaram algum impacto em suas vidas. 

Um deles aconteceu nos primeiros anos da Caveira, de uma jovem avó que havia perdido sua filha há alguns anos e estava buscando forças e formas para contar a verdadeira história para o neto, que ficou sob seus cuidados. Ela compartilhou sua experiência de forma muito profunda e agradeceu pelo envio do livro O Último Adeus para ele. Além de lidar com a dor do suicídio da filha, ela tinha dificuldade de cuidar do neto para que ele pudesse crescer sem culpar a mãe. A leitora compartilhou o quanto a leitura do livro foi transformadora na vida dos dois.

Um outro caso especial foi a mensagem de um leitor que tinha uma mãe semianalfabeta e que se apaixonou pela edição de A Menina Submersa. Ele relatou que a mãe dizia saber como era a história e os sentimentos da personagem mesmo sem conseguir ler quase nada. Contou que a mãe acariciava e folheava o livro durante horas antes de dormir.

De todos os livros da DarkSide® já devorados por Adriana Cecchi, ela destaca que Confissões do Crematório lhe causou um impacto “desgraçador”: “Me conectei de uma forma muito pessoal com algumas particularidades mórbidas da autora e principalmente com o lembrete crucial de que todos nós vamos morrer”.

Um episódio em um evento da editora prova que a Caveira já está marcada na pele dos DarkSiders: “Um jovem vendedor de livros se levantou, puxou a manga da camisa e mostrou a assinatura do Stephen King tatuada. Ele tirou da capa de um dos nossos livros. Foi a primeira tattoo. Depois dela vivem nos contando: a logo da Caveirinha, o D do Dicionário dos Demônios e por aí vai”, relembra Chico de Assis.

Vida longa à literatura, à cultura e ao terror

A cada livro lançado, a Caveira causa algum tipo de impacto. Seja nos leitores habituais, seja naqueles que ainda não se entregaram por completo às possibilidades que se escondem a cada página virada.

Para Cesar Bravo, a DarkSide® se tornou uma “semeadora de ideias”, seja com os leitores ou com o mercado. Em sua visão, a pluralidade de temas da Caveira ajuda a propagar as mais variadas narrativas em um país tão diversificado como o Brasil.

Ao olhar para trás, de tudo o que já foi caminhado nesses dez anos, Christiano Menezes carrega a certeza de que “só vale trabalhar com arte se a arte alimenta sua alma”. Nesse sentido, uma das coisas que mais lhe dá orgulho é “ter encontrado e também ter sido encontrado pelas pessoas certas no meio da floresta escura”.

“Em tempos tão sombrios, vejo na Dark o que considero a própria essência da arte: coragem e sobrevivência. Estamos repletos de vigor, imaginação e empenho, preparadíssimos para mais uma década extraordinária de livros e mais livros. E seguiremos, é claro, sempre de mãos dadas com nossos DarkSiders, prontos para escrevermos juntos mais dez anos de sonhos compartilhados e histórias imortais.”

Marcia Heloisa

No que depender da família DarkSide®, os fãs podem esperar muitas gostosuras, travessuras e histórias encantadoramente apavorantes. Coloquem mais prateleiras nas suas estantes e abram espaço para o inesperado. A Caveira ainda tem muitas revoluções para fazer! Continue apostando no escuro.

LEIA TAMBÉM: 10 LIVROS DEMONÍACOS PARA COMEMORAR O ANIVERSÁRIO DA CAVEIRA

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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4 Comentários

  • Kênia Cândido

    7 de novembro de 2022 às 17:35

    Que comemore mais 10×10 de aniversário porque a família Darkside merece. Vem resgatando livros maravilhosos que estavam fora do catálogo e nós fã de horror e terror estavam carentes. Eu acompanho a editora deste o início conquistando livros que sempre desejei na minha estante, ainda não conquistei todos mas aos poucos estou chegando lá. Parabéns Darkside!!

  • strega

    8 de novembro de 2022 às 18:19

    Amo a Darkside:! Vocês são tudo para mim: a primeira coisa para olhar pela manhã e para ansiar nas horas de folga, o folhear no intervalo do trabalho(porque eu carrego seus livros comigo) e quando eu volto para a casa, o companheiro para encher as minhas noites de paixão, emoção e, é claro(ou escuro?)…terror. Sou apaixonada por vocês e desejo ter seus livros e todos os seus produtos sempre comigo! Que a Darkside continue encantando seus leitores por muitas e muitas gerações!!!

  • Luciano xavier de Araújo

    12 de novembro de 2022 às 07:52

    Meu primeiro livro da darkside está chegando.é o dracula de bram stoker estou ansioso ele é muito luxuoso.Parabéns

  • Dan Cristoff

    12 de novembro de 2022 às 08:27

    sou muito fã de vocês. Gosto do catálogo, do respeito e da criatividade com que tratam o gênero. Postei um vídeo no meu Instagram dedicado aos livros da editora que fazem parte da minha biblioteca pessoal. Parabéns!

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