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Protagonistas icônicas do terror

Conheça 15 filmes comandados por elas

17/09/2025

Mulheres sempre estiveram presentes em filmes de terror. Seja trabalhando em frente ou atrás das câmeras, há décadas que elas dominam o gênero e o levam para novos caminhos criativos e temáticos. De Milicent Patrick, responsável pela criação do design de O Monstro da Lagoa Negra, passando pelas garotas finais dos slashers até as novas scream queens, como Mia Goth e Sydney Sweeney, a resposta é a mesma: o terror sempre foi feminino.

Embora muito tenha sido dito nos últimos anos sobre como o gênero vem sendo uma ótima porta de entrada para jovens atrizes e para cineastas que desejam mergulhar em temáticas sobre as diferentes experiências de ser mulher no mundo, isso sempre foi verdade. De certa forma, o terror é um gênero que sempre se mostrou interessante para aqueles que desejavam explorar os cantos sombrios, as contradições e as muitas e diferentes experiências da feminilidade.

Talvez seja por isso que o gênero seja povoado por tantas protagonistas icônicas, as quais rapidamente se tornaram favoritas dos fãs e representantes do terror cinematográfico como um todo. A Caveira separou quinze delas para você conhecer ou relembrar:

1. Ellen Ripley em Alien – O Oitavo Passageiro (1979)

Resultado da união entre terror e ficção científica, Alien – O Oitavo Passageiro é um filme lendário por inúmeros motivos e um deles é justamente o protagonismo da tenente Ellen Ripley, vivida por Sigourney Weaver. Dirigido por Ridley Scott, o longa segue uma tripulação espacial que durante uma missão se torna alvo de um perigoso alienígena, precisando lutar para sobreviver e escapar com vida. Enquanto a grande maioria dos filmes de ficção científica da época eram protagonizados por homens, Alien – O Oitavo Passageiro surpreendeu os espectadores ao transformar Ripley em sua sobrevivente solitária, a tornando uma das melhores garotas finais de todos os tempos. Imortalizada por Sigourney Weaver, Ripley inspirou gerações de personagens femininas motivadas e que não têm medo de lutar para sobreviver.

2. Cecilia em O Homem Invisível (2020)

Uma versão moderna da obra de H.G. Wells e de sua famosa adaptação cinematográfica de 1933, O Homem Invisível segue Cecilia Kass, uma mulher que acredita estar sendo aterrorizada pelo ex-namorado abusivo, que estaria utilizando um traje invisível para atormentá-la. Quando sua sanidade passa a ser questionada, ela precisa então reunir provas de que o que está acontecendo é real. Abordando temas como gaslighting, violência doméstica e isolamento, O Homem Invisível é um filme desconfortável, ancorado justamente no protagonismo de Cecilia, interpretada por Elisabeth Moss, uma personagem resiliente que evolui de vítima a sobrevivente, eventualmente assumindo o controle do seu próprio destino.

3. Sidney Prescott em Pânico (1996)

Uma das características mais marcantes dos slashers sempre foi a presença das garotas finais, as últimas sobreviventes que encontram uma maneira de escapar ou derrotar o assassino que dizimou todos os seus amigos. Como um dos filmes mais revolucionários do subgênero, Pânico também inovou com sua garota final, a icônica Sidney Prescott, vivida por Neve Campbell. Quebrando as regras deste arquétipo, Sidney rompe com a ideia de inocência e fragilidade, assumindo uma atitude de sobrevivência que envolve lutar, atormentar seus agressores e até mesmo se vingar deles. Potencializada pela atuação de Campbell, que se tornou uma adorada scream queen, Sidney foi alçada a ícone do terror, sendo ainda mais desenvolvida nas sequências, as quais exploram sua superação de traumas, e mostrando a todos os outros Ghostfaces que vieram depois que quem manda nesta franquia é ela.

4. Erin em Você é o Próximo (2011)

Mostrando como jantares em família podem ser aterrorizantes, Você é o Próximo acompanha Erin, vivida por Sharni Vinson, uma jovem que viaja para conhecer a família de seu namorado, apenas para presenciar a reunião ser interrompida por um trio de assassinos mascarados. Contudo, para a surpresa de todos, a recém-chegada logo assume o comando da situação, demonstrando habilidades extraordinárias de sobrevivência na luta contra os visitantes indesejados. Um filme de invasão domiciliar bastante original dirigido por Adam Wingard, Você é o Próximo se destaca pelo protagonismo de Erin, que não apenas revela habilidades implacáveis, como também surge como uma das personagens mais duronas do gênero, sendo praticamente impossível não torcer por ela.

5. Grace em Casamento Sangrento (2019)

Interpretada por Samara Weaving, Grace é uma jovem noiva que finalmente se casou com o amor de sua vida, Alex Le Domas. No entanto, o romance entre os pombinhos acaba rapidamente quando ela é apresentada ao estranho ritual dos Le Domas, sendo perseguida pelos membros de sua nova família em um jogo mortal de Esconde-Esconde. Essa é a premissa de Casamento Sangrento, uma comédia de terror sangrenta que apresentou uma das garotas finais mais adoradas dos últimos tempos. Longe de se acovardar ou esconder, Grace surpreende todos ao revidar e virar a situação, começando a perseguir seus algozes, incluindo seu próprio marido. Uma personagem carismática e sarcástica, Grace conquistou um lugar no coração dos fãs e vai retornar na sequência do filme, Casamento Sangrento 2, previsto para 2026.

6. Carrie White em Carrie – A Estranha (1976)

Uma das melhores adaptações de Stephen King, Carrie – A Estranha se destaca pela performance angustiante de Sissy Spacek, que capta perfeitamente o isolamento e a tristeza da personagem principal, vítima de violências constantes tanto na escola quanto em sua própria casa. Contudo, as coisas mudam quando a jovem descobre possuir habilidades telecinéticas, que entram em cena no fatídico baile da escola. Mais de cinquenta anos depois, Carrie White continua sendo uma das personagens mais populares do terror e sua imagem coberta de sangue um dos momentos mais icônicos do cinema. A performance triunfante de Spacek, aliada a uma personagem que se vinga e destrói tudo ao seu redor, contribuiu para que Carrie se tornasse um ícone do gênero.

7. Laurie Strode em Halloween (1978)

Se a garota final se transformou em um dos arquétipos mais famosos do terror foi tudo por causa de uma personagem, que iniciou essa onda de sobrevivência feminina: Laurie Strode. Interpretada pela scream queen Jamie Lee Curtis, a jovem apareceu pela primeira vez em Halloween, longa de 1978 dirigido por John Carpenter, enfrentando um dos grandes vilões do mundo slasher, Michael Myers. Enquanto Halloween é um filme histórico que levou o subgênero para novas direções, Laurie influenciou uma quantidade imensa de outras garotas finais. Destemida e corajosa, a jovem babá não tem medo de proteger os outros, colocando a segurança das crianças antes da sua e lutando até o fim pela sua sobrevivência. Inúmeras outras sobreviventes vieram depois dela, mas no mundo do terror existe apenas uma Laurie Strode.

8. Adelaide em Nós (2019)

Protagonizado por Lupita Nyong’o, Nós acompanha Adelaide Wilson, uma mulher que viaja com o marido e os dois filhos para uma temporada de férias na Califórnia. Porém, a tranquilidade da família é interrompida pela chegada de quatro estranhos, que revelam ser fisicamente iguais aos Wilson. Dirigido por Jordan Peele, Nós aborda questões como traumas infantis, dualidade e identidade, acompanhado por um ótimo elenco, uma bela cinematografia e um clímax inesperado. No entanto, o maior destaque do filme é a atuação dupla de Nyong’o, que brilhantemente dá vida a protagonista Adelaide, uma mãe disposta a tudo para proteger sua família, e Red, sua enervante e assustadora doppelgänger.

9. Jane e Blanche em O Que Terá Acontecido a Baby Jane? (1962)

Baby Jane deu origem ao que ficou conhecido como Hagsploitation

Baseado no livro homônimo de Henry Farrell, O Que Terá Acontecido a Baby Jane? não apenas revigorou a carreira de Bette Davis e Joan Crawford, como também imortalizou duas personagens icônicas nas telonas, Jane e Blanche Hudson. Um filme de terror que aborda envelhecimento, decadência, rivalidade entre irmãs e loucura, O Que Terá Acontecido a Baby Jane? acompanha uma antiga estrela infantil, interpretada por Davis, que atormenta sua irmã paraplégica em uma decadente mansão em Hollywood. Com um clima lúgubre e melancólico, que abriu as portas para o subgênero hagsploitation, o filme se destaca por sua dupla de protagonistas, interpretadas por duas das atrizes mais importantes da história do cinema. Enquanto a performance de Crawford cimenta Blanche como uma mulher fragilizada, a de Davis eternizou Baby Jane como uma das personagens mais emblemáticas de todos os tempos, simbolizando a capacidade da atriz de evocar simultaneamente medo e simpatia.

10. Anna em Possessão (1981)

Dirigido por Andrzej Żuławsk, Possessão acompanha Mark, vivido por Sam Neill, um espião que volta para casa após uma de suas muitas viagens à trabalho apenas para descobrir que sua esposa, Anna, interpretada por Isabelle Adjani, quer o divórcio, passando a exibir um comportamento cada vez mais estranho. Claustrofóbico, grotesco e impactante, Possessão se destaca pela excelente performance dupla de Adjani. Com uma presença magistral e poderosa, a atriz francesa se compromete totalmente com a ruína de sua personagem, exibindo a deterioração de sua sanidade mental e oferecendo uma performance corporal extrema. Anne é desarticulada, histérica e caótica, o que torna Possessão um dos filmes mais angustiantes e indigestos de todos os tempos.

11. Jennifer e Needy em Garota Infernal (2009)

Com roteiro de Diablo Cody e direção de Karyn Kusama, Garota Infernal conta com uma dupla de protagonistas memoráveis: a popular líder de torcida, Jennifer Check, vivida por Megan Fox, e sua melhor amiga, Needy Lesnicki, interpretada por Amanda Seyfried. Amigas desde a infância, as duas têm sua amizade posta à prova após Jennifer ser possuída por um demônio sedento por sangue, o qual tem a propensão a se alimentar dos garotos da cidade. Um filme sobre puberdade, sexualidade feminina e relacionamentos na adolescência, Garota Infernal também se destaca por suas protagonistas, que impulsionam a história e fornecem o tom de toda a narrativa.

12. Dani em Midsommar (2019)

Estrelado por Florence Pugh, Midsommar acompanha Dani, uma estudante universitária sofrendo pela morte da família, que viaja com o namorado e seus amigos para a Suécia, com o objetivo de participar das festividades locais. É claro que se tratando de um filme de Ari Aster logo as coisas tomam um rumo bastante inesperado e sombrio. Embora tenha se destacado por seus temas, seu visual e suas mensagens, a grande força de Midsommar é a performance de Pugh como Dani. Com a atriz abraçando uma ampla gama de emoções, o filme faz nossa protagonista passar por vários traumas emocionais, marcados por dor e horror, até chegar no famoso clímax, o qual entrega um momento digno de “bom para ela”.

13. Thomasin em A Bruxa (2015)

Filme de estreia do diretor Robert Eggers, A Bruxa acompanha uma família na Nova Inglaterra do século XVII que é expulsa da comunidade local e obrigada a viver nos arredores de uma grande floresta. No entanto, logo seus membros passam a vivenciar uma série de incidentes bizarros, sendo alvos de uma força maligna que tem como foco a filha adolescente da família, Thomasin. Com um elenco poderoso, A Bruxa foi o filme responsável por colocar Anya Taylor-Joy no mapa de Hollywood, tudo isso graças ao desempenho estelar da jovem atriz. Apresentando os dois lados da moralidade, a jornada de Thomasin é quem conduz a narrativa de A Bruxa, desafiando questões como identidade e explorando a possibilidade de transcender as expectativas da sociedade.

14. Pearl em Pearl (2022)

Funcionando como uma prequel de X – A Marca da Morte, Pearl retoma a vilã do primeiro filme, mergulhando em suas origens e sua juventude no ano de 1918. Presa na fazenda de seus pais enquanto espera o retorno de seu marido da guerra, a protagonista sonha em se tornar uma estrela e deixar sua vida pacata para trás, não hesitando em matar qualquer um que se coloque em seu caminho. Funcionando como um grande estudo de personagem, que foca na mente fraturada de Pearl e sua espiral de loucura, Pearl é sustentado na atuação de Mia Goth, que transformou a protagonista título em uma figura instantaneamente magnética e icônica.

15. May em May – Obsessão Assassina (2002)

Estrelado por Angela Bettis, May – Obsessão Assassina acompanha a história de May, uma jovem traumatizada pela infância difícil que após inúmeras tentativas fracassadas de se conectar com as pessoas ao seu redor, decide construir um amigo para chamar de seu. Explorando a forma pela qual a solidão pode ser uma experiência devastadora que leva à loucura, May – Obsessão Assassina é daqueles filmes que depende inteiramente da atuação de sua protagonista. A performance de Bettis mistura estranheza com momentos cômicos e angustiantes, sendo difícil não sentir simpatia pela personagem, apesar dos horrores que ela comete ao longo da história.

E aí, qual dessas personagens é a sua favorita? Conta para a Caveira nos comentários!