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10 adaptações de A Pequena Sereia para o cinema

De animações ao terror, conheça as versões do clássico

13/03/2025

Os contos de fadas de Hans Christian Andersen são conhecidos no mundo todo. Por meio de suas histórias caprichosas, que muitas vezes adquirem tons sombrios, Andersen deixou um legado na imaginação popular e continua fascinando gerações até hoje. Embora o autor tenha falecido pouco antes do cinema ser inventado ao final do século XIX, suas obras acabaram fornecendo um material praticamente inesgotável para o audiovisual. 

LEIA TAMBÉM: 7 Curiosidades Dark de A Pequena Sereia original

Um dos melhores exemplos disso é A Pequena Sereia originalmente publicado pelo autor dinamarquês em 1837 como parte de uma coletânea. Enquanto muitos de nós fomos apresentados a história da jovem sereia por meio das lentes da Disney e de sua animação homônima de 1989, essa versão está longe de ser a única que existe por aí. Entre curtas e longas metragens, live-actions e animações, histórias infantis e enredos mais pesados, A Pequena Sereia teve diversas encarnações cinematográficas ao longo dos anos. Confira algumas delas a seguir.

1. A Pequena Sereia (1968)

Dirigido por Ivan Aksenchuk, A Pequena Sereia (Rusalochka em russo) é uma animação soviética que utiliza o estilo avant-garde para contar a famosa história. Com uma proposta bastante interessante, o curta começa com uma multidão de turistas visitando Copenhague e a estátua da Pequena Sereia que realmente existe no local. Logo em seguida, o foco do filme muda para um peixe abaixo da linha d’água que zomba dos seres humanos por acreditarem que o amor existe e as sereias não, sendo exatamente o oposto. Ele então prossegue para contar a história do filme.

Esta versão de A Pequena Sereia permanece bastante fiel ao conto original, com apenas algumas alterações. Assim como a animação da Disney, o filme enfatiza o fato de a sereia cantar para o príncipe quando o resgata, assim como também adiciona uma ligação entre os dois quando a Bruxa do Mar conta que a bisavó da protagonista se apaixonou e casou com um humano. A animação também finaliza com uma mensagem que segue o final original do conto. Enquanto o peixe condena a decisão da sereia como tola, o guia turístico enaltece sua coragem. 

2. A Pequena Sereia (1975)

Adaptação do estúdio japonês Toei Animation, A Pequena Sereia de 1975 segue de perto o conto original, mantendo até mesmo o seu fim trágico. Aqui a Pequena Sereia ganha o nome de Marina, a mais nova das princesas sereias, que deseja nadar até a superfície para sanar sua curiosidade. Uma noite, ela e seu amigo, o golfinho Fitz, fogem em uma aventura até as águas mais rasas onde encontram um príncipe comemorando aniversário junto da tripulação de seu navio.

A partir disso, os eventos se desenrolam da mesma forma que a história original, com Marina se apaixonando pelo jovem. Com um final devastador, o filme mescla músicas da década de 1970 com uma trilha sonora mais clássica, que se alinha à sua ambientação no século XIX. Além disso, o filme foi feito em forma de anime e traz um estilo de animação desenhado à mão que com certeza merece ser conferido. 

3. A Pequena Ninfa do Mar (1976)

Dirigido por Karel Kachyňa, A Pequena Ninfa do Mar é um filme live-action produzido na antiga Tchecoslováquia. Embora siga fielmente a história original, a principal diferença aqui é justamente o visual das sereias, que não são retratadas com caudas de peixe, mas sim como ninfas aquáticas. A descrição clássica vira até motivo de piada no filme quando o Rei do Mar ridiculariza a forma como os seres humanos imaginam as sereias. Nisso, o filme investe em um visual mais etéreo e surreal de tais criaturas, que utilizam longos vestidos fluídos e cabelos belamente decorados com itens de naufrágios.

Outra mudança significativa desta versão é que a Pequena Sereia se encontra noiva de um príncipe tritão, apaixonando-se pelo príncipe humano quando sobe à superfície pela primeira vez. A Pequena Ninfa do Mar também reproduz o destino trágico da protagonista, que aceita seu destino e se sacrifica pelo amado, o que resulta em uma triste cena de flores florescendo no mar.

4. A Pequena Sereia (1976) 

No mesmo ano de A Pequena Ninfa do Mar, a história de A Pequena Sereia também foi adaptada em outro filme live-action, desta vez produzido pela União Soviética. Dirigido por Vladimir Bychkov, o longa reimagina o conto, ao mesmo tempo em que mantém elementos da história original por meio de escolhas estéticas e narrativas. Ambientado no século XIII, o filme mostra as sereias sendo encaradas como criaturas malignas pelos seres humanos justamente por serem responsáveis por naufrágios.

Apesar disso, a protagonista salva um príncipe de um navio e se apaixona perdidamente por ele. Nessa versão, ela também recebe ajuda de um homem local, chamado Sulpitiius, que encontra uma bruxa que a transforma em humana em troca de seu cabelo azul esverdeado, o que faz com que possa manter a sua voz. Agindo como uma figura paterna, Sulpitiius entrega uma nova dinâmica na história e no final é o seu sacrifício que permite que a jovem não caia nas mãos da Bruxa. Contudo, o desfecho ainda está longe de ser feliz e termina com um tom bastante agridoce. 

5. A Pequena Sereia (1989)

Provavelmente a adaptação mais conhecida da história, A Pequena Sereia da Disney manteve os elementos principais do conto de Andersen, acompanhando uma jovem sereia que deseja ir para a superfície onde se apaixona por um humano e abre mão de sua voz para ganhar pernas. No entanto, a clássica animação de 1989 mudou muitos aspectos da história. A maior e mais notável é o final, já que a princesa, nomeada de Ariel, consegue ser feliz para sempre ao lado do príncipe Eric.

Além da animação caprichada e da incrível trilha sonora, o filme introduziu personagens memoráveis, como Úrsula, originalmente a Bruxa do Mar, e os amigos de Ariel, Sebastião e Linguado. Além disso, o longa ganhou dois Oscars e é creditado como ter iniciado um período de ouro nas animações da Disney. O filme também originou uma franquia composta por séries de televisão, sequências e até um musical de sucesso.

6. A Pequena Sereia (1998)

Produzido pela Burbank Animation, responsável pela adaptação de inúmeros contos de fada clássicos, esta animação de 1998 opta por contar a história por uma lente ambiental. A princesa, nomeada de Miranda, sobe à superfície para ensinar uma lição aos seres humanos, que despejam lixo no oceano e afetam a vida aquática de seu povo. Contudo, quando ela chega em terra firme se apaixona perdidamente pelo príncipe William.

Diferentemente do conto original, o acordo que a jovem sereia faz com a Bruxa do Mar é muito mais suave, de forma que perde a sua voz por apenas um ano. Além da mensagem ambiental, o filme também se destaca por inserir uma trama de conspiração de assassinato contra William, o que adiciona um pouco de drama ao mesmo tempo em que mantém o tom descontraído do desenho.

7. A Atração (2015)

Dirigido por Agnieszka Smoczyńska, A Atração é para aqueles espectadores que adoram contos de fadas sombrios com uma boa dose de horror e musical. Em uma reformulação de A Pequena Sereia, o filme conta a história de duas irmãs sereias que emergem das águas e se juntam a uma banda de rock. No entanto, uma delas, Silver, eventualmente se apaixona por um dos membros da banda, que a rejeita por não a enxergar como uma mulher, mas apenas como um peixe.

Para tentar conquistar seu amor, ela passa por uma cirurgia radical para substituir sua cauda por pernas humanas, perdendo sua voz no processo e sendo novamente rejeitada. Enquanto isso, sua irmã, Golden, desenvolve uma sede por sangue. Ambientado na década de 1980, A Atração traz momentos verdadeiramente assustadores e sangrentos, aliados a um ótimo design de produção e maquiagem.

8. Little Mermaid (2016)

Adotando uma narrativa mais moderna e madura do conto, Little Mermaid é um filme indie dirigido por Roxie Blum e Matt Martin que mistura drama, fantasia e romance. Com um tom arrojado, esta versão mostra a sereia enfrentando diferentes obstáculos após chegar à terra. Seu pretendente original não é tão gentil quanto pensava; ela quase é assaltada e tem um pouco de sorte ao ser contratada para dançar em um clube de strip-tease, logo sofrendo com a pressão de ser uma dançarina.

Uma das grandes diferenças entre o conto original e o filme é justamente a atuação da Bruxa do Mar, que assume o papel de tentar sabotar a protagonista em sua jornada. Embora traga um final agridoce para a personagem, Little Mermaid encerra em um tom um pouco mais esperançoso e positivo, com a jovem se desprendendo de sua relação com seu pretendente. 

9. A Pequena Sereia (2023)

Em 2023, A Pequena Sereia foi mais um dos clássicos animados da Disney a ganhar um live-action. Com direção de Rob Marshall, o filme trouxe a cantora Halle Bailey no papel de Ariel e seguiu de perto o roteiro da animação musical de 1989, mantendo muitas das alterações feitas na adaptação do conto original para o público infantil.

Além de um elenco composto por nomes conhecidos como Daveed Diggs, Awkwafina, Javier Bardem e Melissa McCarthy, o filme trouxe novas músicas e também um aceno à história original, inserindo uma famosa citação do conto de Andersen, sobre sereias não possuírem lágrimas, em sua cena de abertura. A citação é incorporada na história de forma que Ariel sempre fica perto, mas nunca derrama nenhuma lágrima ao longo do enredo. É apenas ao final do filme, após ter se tornado humana, que conseguimos vê-la chorar.

10. The Little Mermaid (2024)

Um ano após a refilmagem da Disney, The Little Mermaid pega carona na atual moda de transformar histórias infantis em sangrentos filmes de terror. No longa, dirigido por Leigh Scott, acompanhamos o Dr. Eric Prince, um arqueólogo que descobre uma antiga civilização nas profundezas do Caribe onde encontra artefatos ligados à uma maldição milenar.

Posteriormente, Eric é apresentado à uma mulher misteriosa, que se parece com uma sereia que ele e sua equipe encontraram no mar, por quem se apaixona perdidamente. No entanto, logo ele descobre que algo está terrivelmente errado. Embora utilize o título do conto original de Andersen, o filme segue por um caminho muito diferente e não se safou das críticas, sendo massacrado por críticos e espectadores. 

Um conto de fadas eterno, agora ilustrado por Loputyn

Mais de um século após a sua publicação, A Pequena Sereia continua habitando a imaginação popular e servindo de inspiração para diferentes tipos de filmes. Em 1984, o filme Splash – Uma Sereia em Minha Vida trouxe uma das comédias românticas mais icônicas da década ao contar a história de uma sereia que decide andar pela terra para encontrar o homem por quem se apaixonou anos antes. Já o filme francês Uma Sereia em Paris, por exemplo, traz uma excêntrica história de amor sobre um jovem parisiense que salva uma sereia, enquanto a comédia chinesa, As Travessuras de uma Sereia, segue uma sereia enviada ao mundo humano para assassinar um empresário, apenas para se apaixonar por seu alvo.

Responsável por apresentar ao mundo uma história eterna e fascinante, agora A Pequena Sereia também ganhou uma nova edição na DarkSide® Books, ilustrada pela renomada artista italiana Loputyn, conhecida pelos DarkSiders por Lendas Japonesas e Francis. Capturando a alma melancólica da sereia que anseia pela vida humana, Loputyn leva sua sensibilidade, delicadeza e estilo único para o conto de Hans Christian Andersen, transformando essa narrativa clássica em uma verdadeira obra de arte. Com o texto traduzido diretamente do dinamarquês, A Pequena Sereia é uma experiência imersiva, um convite para que o leitor redescubra a essência poética e sombria desta história inesquecível.

a pequena sereia

LEIA TAMBÉM: 8 Diferenças entre A Pequena Sereia original e a versão da Disney

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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