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10 Curiosidades assustadoras do caso do Assassino de Green River

Um capítulo aterrorizante da história do true crime

15/08/2024

No dia 5 de agosto de 1982 três corpos foram retirados do Green River, nas proximidades de Seattle. Foi desta maneira que o caso do Assassino de Green River atraiu a atenção da polícia e da população local, aterrorizada com a possibilidade de um serial killer à solta.

LEIA TAMBÉM: Conheça o caso de Green River Killer

O que nem a polícia nem a comunidade local sabiam era que levariam quase duas décadas até que o responsável por aquelas mortes fosse capturado — e que muitos outros homicídios se seguiriam durante aqueles longos anos de caçada ao assassino: 49 deles confessados, pelo menos.

Um estudo completo sobre o caso foi conduzido por Ann Rule no livro Gary Ridgway: O Assassino de Green River. Já conhecida dos DarkSiders por Ted Bundy: Um Estranho ao Meu Lado, mais uma vez a autora estava muito perto dos acontecimentos, pois morava em uma região próxima e conhecia as regiões por onde o predador perambulava.

gary ridgway

Para os leitores que já ficaram intrigados com o caso na Graphic Novel Green River Killer: A Longa Caçada a um Psicopata, escrita pelo filho de um dos policiais que atuou na força-tarefa de investigação do assassino, o lançamento Crime Scene expande a história, com foco não apenas no trabalho policial ou na vida de Ridgway, mas trazendo um olhar empático e humano para as vítimas que tiveram o infortúnio de cruzar o caminho do serial killer.

Nossa Divisão Literária de Investigação abriu os arquivos deste episódio trágico da história do true crime e trouxe algumas curiosidades aterrorizantes sobre o caso do Assassino de Green River:

1. Três homens foram presos por suspeita de serem o Assassino de Green River

A primeira prisão ocorreu poucos dias depois dos primeiros corpos terem sido encontrados no rio: em 20 de agosto de 1982. Só que enquanto o suspeito estava detido, o verdadeiro assassino sequestrou Terry Milligan, uma profissional do sexo de 16 anos que trabalhava na SeaTac strip.

green river killer

Com isso, o suspeito foi liberado e no mês seguinte a polícia deteve outro homem: Charles Clinton Clark, que tinha sido acusado de estuprar duas prostitutas. Ele confessou os crimes sexuais, mas enquanto estava detido mais um desaparecimento ocorreu: Mary Meehan, de 19 anos. 

Em outubro daquele mesmo ano, um taxista chamado Melvin Wayne, que costumava contratar serviços sexuais na SeaTac strip, foi preso e falhou no teste de detector de mentiras. Mais uma vez, enquanto ele estava preso, três mulheres foram mortas: Shawnda Summers, de 17 anos; Denise Busch, de 23; e Shirley Sherrill, de 18. Com isso, a polícia o liberou.

2. A polícia chegou muito perto de Gary Ridgway logo no início

Em 30 de abril de 1983, Marie Malvar, de 18 anos, trabalhava na rua e entrou em uma picape escura, enquanto seu namorado/cafetão assistia de perto. Quando embarcou, parecia haver uma briga entre ela e o motorista, que saiu acelerando a picape. O namorado dela seguiu o carro, mas infelizmente o perdeu de vista em um semáforo.

gary ridgway

Três dias depois do desaparecimento de Marie, um grupo de buscas que incluía seu namorado e familiares viu a picape. O grupo seguiu o veículo até uma casa e chamou a polícia, que fez algumas perguntas ao morador: Gary Ridgway. Só que ele simplesmente negou conhecer Marie e a polícia acreditou.

3. Gary Ridgway teve uma infância estranha

O pai dele era um motorista de ônibus que lhe falava sobre “vagabundas” e como o filho deveria ficar longe delas. Mas a parte estranha vem agora: Ridgway ao mesmo tempo odiava e era sexualmente atraído pela própria mãe

Um vislumbre dos crimes que ele cometeria também surgiu quando ele era jovem: aos 16 anos, Gary atraiu um menino de 6 anos para a floresta e o esfaqueou. O motivo? Ele queria ver como era a sensação de matar alguém.

gary ridgway

4. O assassino levava uma vida dupla

Ridgway serviu por pouco tempo na marinha até se casar com a primeira esposa em 1972. Seu segundo casamento durou de 1973 a 1981, e foi nesse período que ele se converteu religiosamente, pregando sobre a Bíblia de porta em porta. Porém, ao mesmo tempo ele contratava serviços sexuais na região de Seattle.

Em julho de 1980 ele foi detido por estrangular uma prostituta perto da strip, mas as acusações foram retiradas. Em 1982, Ridgway foi condenado por contratar serviços sexuais e, em outra ocasião, foi pego por uma policial disfarçada. Mesmo assim, ele conseguiu se manter fora do radar com uma vida absolutamente normal: tinha um emprego, era casado e aparentava ser inofensivo o suficiente para não levantar suspeitas.

gary ridgway

5. O assassino foi visto com uma prostituta desaparecida

Em fevereiro de 1983, antes de Marie ter desaparecido, a polícia abordou Ridgway em sua picape com uma prostituta chamada Kelli McGinness. Ele disse aos policiais que os dois estavam em um encontro e foi liberado. Quatro meses depois, Kelli desapareceu e seu corpo nunca foi encontrado

6. Ted Bundy atuou como consultor do caso

Não é apenas nos livros de Ann Rule que os casos dos dois seriais killers convergem: a polícia chegou a consultar Ted Bundy enquanto ele estava detido em uma prisão na Flórida, mais ou menos como Hannibal Lecter em O Silêncio dos Inocentes. Bundy deu a dica de que o novo local de despejo dos corpos provavelmente era próximo à casa do assassino. Com essa pista, a polícia estabeleceu um perímetro — e, sim, a casa de Ridgway estava dentro desta área.

green river

7. Gary Ridgway passou em um teste de detector de mentiras

Em maio de 1984, a polícia submeteu Ridgway a um detector de mentiras. Perguntaram-lhe se ele alguma vez provocou a morte de uma prostituta, o que ele negou — só que passou no teste. Ainda assim, muitas prostitutas entrevistadas pelos policiais afirmaram tê-lo visto com frequência na strip.

Como se isso não fosse suficiente, Ridgway faltou ao trabalho no dia em que uma das prostitutas desapareceu. Quando a polícia interrogou sua segunda esposa, ela contou algo mais do que suspeito: Gary gostava de ter relações sexuais no local onde as vítimas do Assassino de Green River foram encontradas. 

Em abril de 1987, a polícia fez uma ampla busca nos pertences de Ridgway em sua casa, trabalho e veículo. Também coletaram sua saliva para um teste de DNA, só que na época essa tecnologia não era suficientemente avançada e não conseguiram ligar seu DNA a nenhuma das vítimas, o que esfriou as investigações contra ele.

gary ridgway

8. O Assassino de Green River só foi capturado em 2001

Quase duas décadas após os primeiros assassinatos, em 2001, o caso foi reaberto. Assim que a polícia contou com nova tecnologia para análise de DNA, voltaram a analisar todo o DNA que havia disponível e informações forenses, começando com amostras de três vítimas encontradas entre 1982 e 1983, e a saliva de Gary Ridgway, coletada em 1987.

No dia 10 de setembro de 2001, os resultados saíram: todas as três amostras das vítimas eram compatíveis com o DNA de Gary Ridgway. No dia 30 de novembro daquele ano, os policiais finalmente prenderam o Assassino de Green River quando ele retornava do trabalho.

9. Fez um acordo para escapar da pena de morte

Em junho de 2003, Ridgway fez um acordo com a promotoria: para evitar a pena de morte, ele concordou em dar detalhes completos sobre os assassinatos, bem como a localização dos corpos. Segundo o xerife responsável pelo caso na época, as famílias das vítimas compreenderam que o acordo seria provavelmente a melhor decisão, para que outras 41 famílias tivessem a mesma sensação de conclusão do caso.

green river killer

10. A confissão de Gary Ridgway foi absolutamente cruel

O serial killer disse aos policiais que estava fazendo um favor ao matar aquelas prostitutas. Segundo ele, vitimar prostitutas era mais fácil porque ele poderia matar várias sem ser pego. Seu modus operandi envolvia detectar uma garota de programa na rodovia e observá-la à distância, antes de dirigir até o seu encontro e abordá-la.

Claro que, com um caso que se estendeu por anos, essas mulheres estavam mais desconfiadas de serem abordadas pelo assassino. Para transmitir alguma sensação de segurança, ele mostrava a elas sua identidade e uma foto de seu filho. Depois de levá-las a um lugar isolado e ter relações, ele as estrangulava.

O assassino ainda admitiu descartar os corpos em grupos, normalmente perto de algum lugar que o ajudasse a lembrar da localização. Ridgway ainda confessou que às vezes voltava a esses locais para praticar necrofilia com as vítimas. Ele confessou ter assassinado entre 75 e 80 mulheres, mas a polícia somente foi capaz de confirmar 49 delas.

LEIA TAMBÉM: O que o Green River Killer, Ted Bundy e Hannibal Lecter têm em comum?

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Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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1 Comentário

  • Claudio Augusto Martins de Almeida

    11 de outubro de 2024 às 06:58

    muito bom amei demais o Blog sobre o Livro Gary Ridgway O Assassino de Green River Maravilhoso 10 coisas sobre um Caso difícil e emblemático
    Snacks na Caveira

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