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5 Casos criminais solucionados com a ajuda da psicologia forense

Quando entender a mente humana é a melhor pista

27/11/2024

Gwen Moore é uma psiquiatra especialista em assassinos e pessoas com instintos perversos. Ela passou uma década tratando e desvendando as motivações dos predadores mais depravados da Califórnia. Entre seus pacientes, estão pessoas de personalidade muito parecida com a do serial killer Bloody Heart Killer, ou BHK, o Assassino do Coração Sangrento, procurado pela morte cruel de seis garotos adolescentes.

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O papel de Gwen Moore é crucial para a trama de A Boa Mentira, thriller de A.R. Torre que faz parte da coleção E.L.A.S — Especialistas Literárias na Anatomia do Suspense. Em vez de seguir pistas tradicionais ou focar na ação policial da busca pelo criminoso, o suspense aqui se concentra nos detalhes de como são criados os perfis psicológicos de pessoas violentas.

Entusiastas do selo Crime Scene, principalmente aqueles que conhecem a coleção Mindhunter Profile, sabem muito bem a importância da psicologia forense na investigação criminal. Em Mindhunter Profile 3, a dra. Ann C. Wolbert Burgess detalha suas pesquisas para a elaboração do perfil psicológico de criminosos e como esse trabalho contribuiu com as investigações conduzidas pelo FBI.

mindhunter profile 3

Desde a época das pesquisas da dra. Burgess até os dias atuais, provou-se que a compreensão da mente criminal é uma das ferramentas mais úteis na resolução de crimes — uma ciência que é aprimorada a cada dia. Prova disso são esses cinco casos criminais reais que foram solucionados graças à psicologia forense:

1. Ted Bundy

A resolução deste caso é uma prova enervante do poder da psicologia forense em solucionar crimes hediondos — e se você leu Ted Bundy: Um Estranho ao meu Lado sabe muito bem das atrocidades que estamos falando. Bundy é um dos mais perversos e ainda assim mais carismáticos assassinos dos Estados Unidos, tendo conseguido se esquivar da Lei por anos graças a uma combinação de charme, esperteza e uma sinistra vida dupla. Ainda assim, a psicologia forense conseguiu solucionar seu infame caso.

Os psiquiatras forenses analisaram meticulosamente o comportamento de Bundy e seus padrões criminais, que revelaram uma perturbadora evolução no modus operandi do assassino. No começo, os crimes eram calculados e discretos, mas com o passar do tempo, os ataques de Bundy se tornaram mais brutais e erráticos. Os especialistas conseguiram criar um perfil psicológico detalhado, que incluiu informações fornecidas por uma ex-namorada, cruciais para a captura do assassino.

ted bundy

A criação do perfil não apenas ajudou na captura de Bundy como também o conectou a outros crimes não solucionados, dando melhor ideia sobre a dimensão dos assassinatos cometidos por ele. A colaboração entre os agentes da lei e os psiquiatras forenses no caso mostra a importância desse trabalho na resolução de casos complexos.

2. John Wayne Gacy, o Palhaço Assassino

Quem leu Killer Clown: Retrato de um Assassino sabe muito bem das atrocidades cometidas por John Wayne Gacy, o infame Palhaço Assassino que aterrorizou a região de Chicago com seus assassinatos cruéis. Enquanto reclamações e a suspeita dos vizinhos também foram cruciais em expor os crimes de Gacy, a psicologia forense teve um papel importante para garantir que ele não escapasse com uma alegação de insanidade.

conversando com um serial killer john wayne gacy

Por meio de uma série de entrevistas e uma extensa avaliação psicológica, os especialistas determinaram que os homicídios envolviam premeditação e um plano meticulosamente detalhado para ocultar os corpos das vítimas. Sem esses relatórios, as famílias talvez nunca veriam Gacy pagar por seus crimes. Aqui, a psicologia forense não apenas confirmou que Gacy cometeu seus crimes a sangue-frio, mas ajudou a criar um caso sólido contra ele nos tribunais. 

3. A explosão do Radio City Music Hall

A série de explosões no icônico Radio City Music Hall de Nova York entre 1940 e 1950 pode até ter caído no esquecimento popular, mas contou com a ajuda da psicologia forense. Para se ter ideia, o caso foi tão emblemático que foi crucial para a própria criação do FBI — e foi o trabalho do psicólogo James Brussel que ajudou a elucidá-lo.

A análise de Brussel das explosões levou a uma pista valiosa: a complexidade do conhecimento necessário para criar os explosivos apontou que o seu perpetrador seria um engenheiro, provavelmente associado à empresa de energia Con Edison. O perfil criado apontou para George Matesky, que ficou conhecido como “Mad Bomber”, algo como “Bombardeiro Maluco”.

explosões radio city music hall

A precisão do perfil criado por Brussel mostrou tanto potencial para o ramo da investigação que o caso contribuiu com o aumento da demanda por esse tipo de análise em todo o país.

4. Aileen Wuornos

Aileen Wuornos é outro caso de uma infame serial killer descoberta com a ajuda da psicologia forense. Os especialistas mergulharam na mente da assassina, descobrindo uma motivação consistente por trás de seus crimes: um medo intenso se perder sua parceira Tyria Moore.

aileen wuornos

O perfil psicológico forneceu insights valiosos sobre as ações de Wuornos: cada um de seus homicídios estava conectado a períodos turbulentos e curtas separações de Moore. Os psiquiatras forenses não apenas encontraram o motivo, mas ajudaram a determinar a cronologia dos eventos, permitindo que a promotoria construísse um caso mais sólido contra ela no tribunal.

5. Andrei Chikatilo

O reino de terror de Andrei Chikatilo assombrou a Rússia por mais de duas décadas, até que a psicologia forense entrou em cena. O criminoso foi associado à morte de 53 mulheres e crianças russas, o que deixou a polícia frustrada por muito tempo sem qualquer tipo de pista. O investigador-chefe, Viktor Burakov foi quem decidiu empregar o novo método, com a ajuda do psiquiatra forense dr. Alexander Bukhanovsky.

andrei chikatilo

O trabalho dele era elaborar um perfil do assassino, que ajudaria a afunilar a lista de suspeitos. Isso foi crucial para a investigação, pois direcionou o foco em Chikatilo. Em 1990, o assassino em série confessou seus crimes hediondos e o caso é um exemplo poderoso do papel crítico que a psicologia forense desempenha em casos complexos que estão sem solução há muito tempo.

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Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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