Emily Brontë produziu um marco na literatura mundial. A mais reservadas do trio de irmãs escritoras é responsável pelo romance épico O Morro dos Ventos Uivantes, publicado recentemente pela DarkSide® Books. Marcado pela complexidade de suas personagens e suas intrincadas relações ao longo de décadas, o livro é uma forte influência em muitos dos trabalhos de tempos atuais.
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Apesar de ter recebido duras críticas durante o seu lançamento no século 19, O Morro dos Ventos Uivantes se tornou um clássico da literatura inglesa e pode ser analisado sob diferentes óticas, desde a construção de um protagonista que atende ao arquétipo do herói Byroniano até interpretações da psicanálise.
Uma obra tão rica deixa um legado do qual se desconhecem fronteiras. O Morro dos Ventos Uivantes já inspirou muitos outros trabalhos na literatura, teatro, cinema e até mesmo na música. Conheça alguns deles:
Este é provavelmente um dos trabalhos criativos mais conhecidos inspirados no livro de Emily Brontë. A cantora compôs e lançou a música quando tinha apenas 18 anos e a escolheu para ser o primeiro single de seu álbum de estreia, apesar da gravadora ser contra. A canção foi inspirada pelo filme de 1939 adaptado do livro, uma forte influência na adolescência da cantora.
A música aborda o ponto de vista de Catherine, quando ela implora na janela de Heathcliff para que ele a deixe entrar. A letra utiliza citações da personagem no refrão e em demais versos. Em 1993 a música foi regravada pela banda Angra.
O triângulo amoroso entre Bella, Edward e Jacob também é inspirado na trama de O Morro dos Ventos Uivantes. Aliás, a autora não esconde a influência e cita várias referências ao clássico, com direito a uma citação completa da protagonista para seu amado Edward.
Em Eclipse, após beijar Jacob, Bella ainda se compara a Cathy, protagonista do romance de Emily Brontë, por também se encontrar dividida entre o amor de dois pretendentes. O trio principal ainda compartilha algumas características com as personagens de O Morro dos Ventos Uivantes.
Uma curiosidade: Crepúsculo fez tanto sucesso que levou os fãs da saga de Stephenie Meyer a pocurarem o livro da irmã Brontë. A publicação chegou a receber uma edição especial com uma chamada de que era “o livro preferido da Bella”.
Um clássico pode muito bem gerar outros clássicos. Apesar de não haver nenhuma constatação de que F. Scott Fitzgerald tenha se inspirado em Emily Brontë para escrever O Grande Gatsby, são inegáveis as semelhanças na trama das duas obras.
Jay Gatsby é um protagonista misterioso, que alcançou fama e sucesso e ostenta sua riqueza através de extravagantes bailes na sua casa. Como ele conseguiu tudo isso em um período tão curto de tempo é um fato desconhecido para as demais personagens, mas o motivo de ele chamar tanta atenção logo se torna claro: querer impressionar a mulher que ele ama, Daisy. Gatsby e Daisy também vivem um triângulo amoroso, já que ela é casada com Tom Buchanan. Assim como Catherine, ela decide se casar por dinheiro.
O livro já recebeu diversas adaptações para o cinema, sendo a mais recente o filme de Baz Luhrmann, lançado em 2013, com Leonardo DiCaprio e Carey Mulligan.
O clássico também faz sucesso no Japão e a escritora Mizumura Minae se inspirou na história de Emily Brontë para ambientá-la em outro cenário. Em A True Novel a história começa na Nova York dos anos 1960, onde um imigrante japonês chamado Taro tenta a vida na metrópole.
Através de flashbacks e histórias repletas de camadas, a autora revela a jornada de Taro, que era um órfão que eventualmente alcançou fortuna e sucesso, apesar dos preconceitos de classe. Ele também tem uma obsessão por sua amada.
Além da temática amorosa, a obra aborda a ocidentalização do Japão e a ascensão da classe média.
Um álbum da banda Genesis foi inspirado pela obra de Emily Brontë: Wind & Wuthering, de 1976. Além do título do disco, a obra inspirou o nome de duas músicas contidas nele: “Unquiet Slumbers for the sleepers…” e “… In that quiet Earth”. Os dois títulos fazem alusão às últimas frases do livro.
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