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8 Seres peculiares da mitologia eslava

A Fabulosa Casa com Pernas é baseado nas antigas crenças do Leste Europeu

25/05/2022

O livro A Fabulosa Casa com Pernas apresenta ao leitor o aspecto mágico da mitologia eslava. Na história, Baba Yaga é uma guardiã que guia os mortos no seu momento de passagem. Só que para isso ela precisa se mudar constantemente, o que se torna uma tarefa mais simples graças à sua casa com pernas.

Baba Yaga é uma criatura que existe mesmo no panteão eslavo, descrita como uma mulher deformada e feroz que voa pelos céus montada em um almofariz. Ela utiliza magia de uma forma bem semelhante às bruxas da cultura pop e, como uma boa praticante da magia, é muito inteligente. 

LEIA TAMBÉM: LANÇAMENTO: A FABULOSA CASA COM PERNAS, DE SOPHIE ANDERSON

Além dela, a mitologia dos países do Leste Europeu, como Polônia, Rússia e Sérvia, é rica em deuses, espíritos, demônios e criaturas – cada um dele com um papel fundamental nas antigas crenças desses povos. As principais divindades são conectadas a uma árvore cuja raiz é Deus – chamada de Pântano ou Swantewit. Tais seres eram representados em figuras esculpidas em madeira.

Os deuses são divididos entre claros e escuros, ou seja, aqueles que estão do lado da luz e do sol e aqueles que ficam do lado da escuridão e do frio. Nesse contexto, o fogo possui um papel importante, pois é associado ao sol e à maioria das divindades consideradas boas. Enquanto isso, o frio tem ligação com a morte e com os deuses negativos. De acordo com a mitologia eslava, os humanos seriam os netos de Dajbog, um dos deuses da luz.

São dezenas de entidades que compõem o panteão dos antigos povos eslavos, mas a Caveira separou alguns deles para você conhecer um pouco melhor essa cultura tão rica:

1. Dajbog

Considerado um dos principais deuses da mitologia eslava, Dajbog é uma das divindades solares e possivelmente era considerado um herói cultural. É considerado um deus eslavo autêntico, além de ser mencionado em diversos manuscritos medievais. É um dos poucos deuses eslavos dos quais foram encontradas evidências de adoração em tribos do Leste Europeu.

Créditos: Andrey Shishkin

Uma escultura de Dajbog foi erguida na Ucrânia em 2001, mas foi destruída em poucos dias diante de objeções da Igreja. Em 2016 um ídolo à sua imagem foi instalado por pagãos eslavos na Rússia. Dajbog significa “o deus doador”.

LEIA TAMBÉM: CONHEÇA BABA YAGA, UMA DAS FIGURAS MAIS CONTROVERSAS DO FOLCLORE ESLAVO

2. Chernobog

Quem já leu ou assistiu a Deuses Americanos, de Neil Gaiman, está familiarizado com essa divindade eslava que está no grupo dos deuses antigos. Chernobog é um deus que representa todo o mal, morte, caos e azar. Ele tem como opositor seu irmão Belbog, que representa bondade, felicidade e vida. 

Créditos: Disney

Creditava-se a Chernobog a regência de metade do ano, com um governo que começava no solstício de inverno e terminava no de verão, quando Belbog assumia – conferindo ainda mais significado à noção eslava de bem e mal diante do calor e do frio, mas como forças que também representavam equilíbrio. A entidade também foi representada no musical da Disney Fantasia.

3. Polevik

O espírito russo dos campos, planícies e do meio-dia, Polevik, tinha uma aparência que variava de acordo com a localidade, indo de um homem vestindo de branco à aparência de um velhinho feio e até mesmo adotando a imagem de um ser negro como a terra, com a cabeça cortada de grama verde e sem roupas.

Créditos: Goria ML

Diferentemente da predominante dualidade eslava, um Polevik poderia ser benevolente ou maligno (não existia apenas um). Ele gostava de desviar camponeses das plantações e estrangulava os bêbados que dormiam no campo, já que detestava a preguiça. 

Por outro lado, ver um Polevik era considerado um presságio e eles também ajudavam as colheitas. Para garantir a boa vontade de um deles era preciso deixar uma oferta de dois ovos e um galo velho que não pode mais cantar. 

4. Cikavac

Essa criatura mítica era imaginada como uma ave com um bico longo. Você poderia adquirir um Cikavac ao tomar o ovo de uma galinha preta, que havia sido carregada por uma mulher debaixo do braço por 40 dias. Durante esse tempo, a mulher não poderia se confessar, rezar, cortar as unhas ou lavar o rosto. 

Feito isso, o Cikavan sugaria o mel das outras colmeias e o leite do gado dos outros, trazendo-o ao seu proprietário. Além disso, a criatura cumpriria qualquer desejo de seu dono e o daria a capacidade de entender a língua animal.

5. Zorya

As Zoryas da mitologia eslava são duas deusas guardiãs conhecidas como Auroras. São elas que guardam e vigiam o cão do dia do juízo final, Simargl. De acordo com a crença, o cão está acorrentado à estrela Polaris, e se essa corrente se quebrar, ele irá devorar a constelação, causando o fim do universo.

Créditos: Andrey Shishkin

As duas representam a Estrela da Manhã e a Estrela da Noite. Ambas servem ao deus Dajbog, que em alguns mitos é descrito como o pai das Zoryas. As duas também aparecem em Deuses Americanos, recebendo uma terceira irmã: a Estrela da Meia-Noite, que é mencionada em algumas versões do mito.

6. Vesna

Essa personagem mitológica é associada à juventude e à primavera principalmente na Croácia, Sérvia, Macedônia do Norte e Eslovênia. Seu nome é uma forma poética se referir a essa estação do ano nas línguas eslovena, tcheca e eslovaca, enquanto no russo, polonês ucraniano e bielorusso “Vesna” é a palavra literal da primavera.

Créditos: Bernhard Rode

Na mitologia eslava, belas mulheres chamadas de Vesna moravam em palácios no topo de montanhas, onde discutiam o destino dos humanos e das plantações. Elas eram confinadas aos castelos através de um círculo mágico, podendo sair em carroças de madeira para os vilarejos somente no mês de fevereiro.

7. Kupala

Considerada a deusa polonesa das ervas, feitiçaria, sexo e do verão, Kupala era também a Mãe d’Água, associada às árvores e flores. A celebração à deusa ocorre no solstício de verão, um dia sagrado que honra os elementos fogo e água. 

Créditos: Wojciech Gerson

Segundo a tradição polonesa, na festa à Kupala devem ser queimados fogos no fim do dia e as pessoas devem tomar um banho ao ar livre no pôr do sol, além de cantar e dançar com alguém especial até a meia-noite, horário em que as mulheres solteiras entram na floresta para procurar uma flor de samambaia que lhes trará sorte. 

8. Bannik

Bannik é o espírito dos banhos na mitologia eslava. Sua moradia era a casinha anexa ao local onde as pessoas tomavam seus banhos naqueles tempos. Esse local não poderia ter imagens cristãs.

Créditos: Ivan Bilibin

Para agradar o ser, as pessoas deixavam um pouco da água de seus banhos para que o Bannik pudesse se banhar em seguida. Após três banhistas, ele reservava o cômodo para si – mas atacava qualquer um que lhe importunasse durante o banho.

LEIA TAMBÉM: ENTENDA QUEM SÃO AS RUSALKA NA MITOLOGIA ESLAVA

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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2 Comentários

  • Sandro Jarbas Malheiros

    22 de setembro de 2022 às 18:16

    Muito legal o texto. Escrevo contos de terror e fantasia e é sempre bom ler matérias assim. Fornecem uma lista enorme de material pra explorar.

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