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Clive Barker, um artista completo

O horror em vários formatos

05/10/2021

Clive Barker é um dos grandes mestres do horror e, da sua mente doentia, saíram grandes clássicos como Pinhead e Candyman. Mas se engana quem acha que Barker está limitado a livros e filmes de horror, seu talento para o macabro se manifesta em outras áreas também, como a pintura e teatro. Mergulhe nas obras de Clive Barker com a Caveira.

O início

Clive Barker começou a se envolver com teatro quando ainda estava no colégio, em 1967, colaborando com a produção de algumas peças. Até 1977, ele havia se envolvido com pelo menos mais 8 peças, incluindo duas em que ele foi o único autor, A Clowns ‘Sodom e Day of the Dog.

Em 1978 ele se reuniu com alguns ex-colegas da escola e atores em começo de carreio para para fundar a trupe teatral de vanguarda The Dog Company. Um desses atores, Doug Bradley, mais tarde assumiria o papel icônico de Pinhead na série Hellraiser. Nos anos seguintes Barker escreveu mais doze peças, atuando também como diretor de algumas delas.

Sua carreira no teatro chegou ao fim quando ele passou a se dedicar às histórias curtas e contos que o sagrariam como um escritor respeitado.

As primeiras histórias publicadas

Na década de 80, mais precisamente em 1984, Barker começou a publicar histórias curtas, seus “Livros de Sangue”, onde extrapolava as fronteiras da dor, do prazer e da carne, implantando no fundo da mente de seus leitores horrores inimagináveis que deixavam as folhas dos livros e aterrorizava a todos. O autor Bruno Ribeiro, em sua introdução ao 2º volume de Livros de Sangue publicado pela DarkSide, escreve que: 

“As obras de Barker, especificamente os seis volumes dos seus Livros de Sangue, utilizam da crueldade como apetite voraz pela vida e uma intenção implacável de rigor e determinação. Esses livros sangrentos colocam para fora o que somos, o que importa e proclama que se não for para dar tudo – tripas, cérebro, coração e alma – então nada valerá a pena.”

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Apesar do sucesso inicial ter sido predominantemente local (o autor nasceu na Inglaterra), sua carreira só decolou mesmo quando seus livros foram lançados nos Estados Unidos e ele  recebeu elogios de ninguém menos que Stephen King:

“Eu vi o futuro do Horror… E seu nome é Clive Barker”.

Apenas 2 anos depois do lançamento de seus primeiros livros, Barker assinou o roteiro de 2 filmes, Underworld e Rawhead Rex, mas sua decepção foi tão grande com o resultado que ele mesmo dirigiu a adaptação seguinte de suas obras, o filme Hellraiser (1987).

A partir daí, Barker começou a estabelecer sua carreira como roteirista e diretor de filmes de terror, levando à criação de sua própria produtora de filmes de terror, a Midnight Picture Show (2005), em parceria com o produtor Jorge Saralegui.

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Sangue, óleo, tinta e pixels

Filho de uma artista plástica, desde cedo Barker se interessou por artes plásticas, tendo manifestado seu desejo de estudar no Royal College of Art, em Londres, desejo esse que foi abandonado por influência dos próprios pais. Foi só depois dos 40 anos de idade, e já estabelecido como um dos grandes mestres do horror contemporâneo, que Barker passou a publicar suas criações artísticas.

Pintura publicada em sua página oficial no Facebook

Além de ilustrar alguns de seus livros, suas obras ganharam exposições em galerias de arte de Los Angeles, Chicago e Nova York.

Em 2001 ele lançou “Clive Barker’s Undying”, um jogo eletrônico produzido pela DreamWorks Interactive. Explorando a temática de maldição, loucura e rituais antigos, o jogo se passa em 1923 e segue Patrick Galloway, um veterano da 1ª Guerra Mundial, que tenta salvar seu amigo de um mal antigo que habita a região. Com viagens no tempo, espaço e uma dose de magia, o jogador vai explorando os segredos da Família Covenant, que cai em desgraça com o passar dos anos.

Em 2007 foi lançado “Clive Barker’s Jericho”, jogo que explora a 1ª criação de Deus, o “Primogênito”, algo tão assustador que foi banido e deixado no esquecimento mas que se rebela e tenta escapar do exílio colocando o mundo em risco.

Um mergulho Dark

A DarkSide® Books já publicou 5 obras do autor e uma coletânea da qual ele faz parte. São elas:

Hellraiser: Renascido do Inferno – A história de um homem obcecado por prazeres pouco convencionais que é tragado para o inferno. Inspirado nas afinidades peculiares do autor, o sadomasoquismo é um tema constante em sua arte.

Evangelho de Sangue – O livro reconduz os leitores ao tempo marcado por dois de seus mais icônicos personagens, que conduzem a história em uma batalha entre o bem e o mal tão antiga quanto o tempo, onde o autor conecta a mitologia de Hellraiser ao Inferno bíblico.

Candyman – Uma das obras mais conhecidas de Barker, ganhou uma edição exclusiva pela Caveira. O livro conta a história de um assassino sobrenatural que dilacerava sem perdão todos aqueles que ousavam repetir cinco vezes o seu nome: Candyman. 

Livros de Sangue vol. 1 – Com uma escrita peculiar, provocante e poética, Barker nos leva a teatros assombrados, estações de trem escuras e vazias, penitenciárias duvidosas e promove encontros que ficarão para sempre na memória dos leitores.

Livros de Sangue vol. 2 – Dando continuidade aos pesadelos, dessa vez somos levados por novos caminhos que dão vida a visões impossíveis de esquecer com experimentos macabros, competições infernais, poderes incontroláveis, monstros impetuosos e assassinatos que clamam por resoluções.

Antologia Macabra – Um verdadeiro banquete para os leitores famintos por histórias arrepiantes, Antologia Macabra reúne 13 mestres do horror em suas melhores formas, com contos capazes de produzir pesadelos até nos mais corajosos.

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Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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