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5 Influências da mitologia nórdica nos tempos atuais

O folclore escandinavo está mais presente no nosso dia a dia do que se imagina

22/06/2022

Ela está nos filmes, nas séries e nos jogos de RPG e videogame. De uns tempos pra cá a mitologia nórdica parece ter ressuscitado um pouco do prestígio que existia antes da doutrinação cristã nos países escandinavos. Há nove séculos muitas das crenças e costumes desses povos foram praticamente exterminados, até mesmo em seus países de origem, levando a um complicado trabalho de resgate desse folclore.

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Porém, há um movimento de retorno das crenças nórdicas em países como Noruega, Suécia, Islândia, Dinamarca e até mesmo nos Estados Unidos e Reino Unido. A religião chamada de paganismo nórdico está em ascensão, e pela primeira vez em mais de mil anos até um templo dedicado aos deuses nórdicos está em construção.

Mas a verdade é que a mitologia nórdica nunca sumiu por completo. Ela está presente no nosso dia a dia de uma forma tão orgânica que muitos nem desconfiam. A Caveira separou alguns exemplos que provam que todos nós somos um pouquinho vikings:

1. Literatura e cultura pop

Ok, o exemplo mais significativo da presença da mitologia nórdica atualmente vem dos filmes da Marvel. Thor, Loki e Odin se tornaram nomes populares de uns anos pra cá e os longa-metragens de super-heróis tem um peso muito forte nisso. Para muitas pessoas, possivelmente foi o primeiro contato com qualquer lampejo do folclore nórdico.

Mas a temática vai além, mesmo no mundo dos filmes e séries. Títulos como Vikings, Midsommar: O Mal não Espera a Noite e O Homem do Norte também mergulham no folclore nórdico.

Na literatura, No Coração da Bruxa é uma ótima pedida para quem quer ir além das histórias mais conhecidas, explorando personagens poderosas que também desafiam a hegemonia masculina de boa parte dos mitos e lendas. Neil Gaiman é um autor que também se dedicou a mostrar um pouco mais do folclore nórdico em livros como Deuses Americanos e Mitologia Nórdica.

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2. Vida após a morte

A ideia do herói e do sacrifício por uma causa maior, cultivada até os dias de hoje, vem muito da ideia que os nórdicos tinham quanto à vida após a morte. De acordo com a mitologia, Valhalla era um majestoso espaço que ficava em Asgard, a quem era reservado àqueles que morriam em combate.

Créditos: Shutterstock

De acordo com a crença, reis, heróis e todo tipo de guerreiro aguardariam nesse salão nobre até os eventos do Ragnarok, para o qual estariam plenamente preparados para auxiliar Odin. De modo geral, os escandinavos apoiavam a guerra como um meio de alcançar uma vida eterna com honra, uma crença que se estende em muitos pelotões contemporâneos.

3. Mitos, criaturas e arquétipos

Mas não foi apenas o mito do herói que herdamos da mitologia nórdica. Muitos deles foram cunhados para justificar fenômenos até então inexplicáveis, como os trovões atribuídos a Thor e a própria criação do universo. Sim, os nórdicos têm uma explicação bem próxima do criacionismo cristão para tudo o que existe.

Créditos: Disney/Marvel

Outro mito que ficou bem fixado em muitas culturas é o dos ciclos. Na mitologia nórdica, existiam duas carruagens, guiadas por irmãos gêmeos e que guardavam o sol e a lua. Eles precisavam correr para escapar de lobos, criando o incessante ciclo de noite e dia.

O folclore nórdico também abrigou criaturas como elfos e duendes, que mantêm personagens recorrentes em histórias de fantasia.

4. Dias da semana

Aqui não vamos falar dos nomes adotados no Brasil, mas sim aos de idiomas anglo-saxãos, como o inglês. O idioma, assim como o dinamarquês, se inspirou nas divindades nórdicas, com adaptações para nomes de astros, que constavam no calendário romano. A Caveira explica rapidamente cada um deles:

Sunday: o domingo gringo ganhou o seu nome em homenagem à deusa Sól, que significa sol (é até mais parecido em português). 

Monday: a outra metade do ciclo da noite e do dia é representada pela lua, que ganhou o segundo dia da semana em sua homenagem. 

Tuesday: a terça-feira é uma homenagem ao deus nórdico da guerra Týr.

Wednesday: no calendário romano, a quarta-feira era dedicada ao deus Mercúrio, que em alguns aspectos era equivalente a Odin. Em nórdico ele também era chamado de Woden, dando origem a Wednesday

Thursday: um dos deuses nórdicos mais populares deu o seu nome à quinta-feira. Sim, o próprio Thor! Além disso, o nome dele também é relacionado à palavra thunder, que significa trovão — afinal, Thor é o deus do trovão.

Friday: na próxima vez que você comemorar a chegada da sexta-feira, agradeça à deusa Frigg (ou Freya, já que em algumas interpretações elas originam da mesma deusa). Esse dia era dedicado à deusa, que era equivalente à romana Vênus.

Saturday: o sábado é provavelmente o mais inexplicável dos dias, pelo menos do ponto de vista mitológico. Na verdade, o nome em nórdico antigo para esse dia era Laugardagr, que pode ser traduzido literalmente para “dia da água quente” ou apenas “dia de banho”. O nome veio dos romanos mesmo, que dedicavam o dia antes do domingo ao deus Saturno, dando origem à palavra Saturday. Porém, na próxima vez que você fizer piada de que “sábado é dia de tomar banho” já sabe que há algum fundamento histórico nisso.

5. Feriados e comemorações

Se você lê o Darkblog há algum tempo, já deve ter se deparado com as origens nada cristãs de datas como a Páscoa e o Natal. Muitas das ocasiões amplamente celebradas no mundo moderno surgiram com os vikings e com os povos nórdicos e germânicos.

O Natal, por exemplo, vem do Yuletide, o festival da metade do inverno que celebrava o solstício da estação, a noite mais longa do ano, a partir da qual o sol voltaria a reinar. Já o equinócio da primavera é a época em que se celebra Ostara, um banquete que comemora o início do verão e que acabou virando a Páscoa que conhecemos.

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Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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