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Crianças podem ser consideradas psicopatas?

Descubra o que se sabe sobre a maldade infantil

18/07/2024

O ser humano é mau até que prove o contrário ou ele nasce bom e a sociedade o corrompe? Este dilema filosófico gera as mais acaloradas discussões até os dias de hoje, mas quando nos deparamos com casos explícitos de crueldade infantil, com direito a tortura e até mesmo assassinatos cometidos por crianças, nos sentimos mais inclinados a concordar com a primeira hipótese.

LEIA TAMBÉM: ANJOS CRUÉIS: CONHEÇA O CASO DO SERIAL KILLER ADOLESCENTE JESSE POMEROY

Como os casos reais relatados em Anjos Cruéis, de Daniel Cruz, mostra, crianças podem, sim, ser bastante cruéis. E há muito tempo cientistas do comportamento humano estudam a violência e a agressividade manifestada logo nos primeiros anos de vida, como é o caso das psicólogas Katharine Bridges, Florence Goodenough e Helen Dawe, que publicaram estudos na década de 1930 que ainda são relevantes quando tentamos entender a perversidade infantil. 

Filósofos como Jean-Jacques Rousseau e Immanuel Kant defendem que o ser humano nasce inclinado a ser bom, e que o meio social as ensina a serem agressivas. Estudos que buscam entender esse “despertar da violência”, por sua vez, levaram à reflexão de que essa maldade poderia ser uma característica intrínseca do ser humano, podendo ter origem genética. 

anjos cruéis

O fato é que crianças matam, e matam por vários motivos. Em alguns casos sem ter plena consciência do ato. Mas há, sim, episódios em que a criança sabia das consequências do que estava fazendo e mesmo assim seguiu com seus planos. Algumas são enviadas para instituições para que não possam continuar cometendo tais atos. Em relação a essas, podemos dizer que se tratam de crianças psicopatas?

O que é a psicopatia?

Se você é entusiasta da marca Crime Scene® já deve estar bem familiarizado com alguns estudos e definições que buscam entender e classificar pessoas que cometem crimes, principalmente com requintes de crueldade e de maneira seriada. Livros como Cruel: Índice da Maldade, Serial Killers: Anatomia do Mal e Mindhunter Profile: Serial Killers trazem exemplos, estudos e definições de especialistas que buscam entender como funciona a mente destes criminosos popularmente conhecidos como psicopatas.

livros crime scene

Se olharmos a classificação atual do Manual Estatístico e Diagnóstico dos Transtornos Mentais 5, conhecido como DSM-5, o que chamamos de psicopatia é definido como transtorno de personalidade antissocial. De modo geral, pessoas com este transtorno cometem atos ilegais, fraudulentos, exploradores e imprudentes para ganho pessoal ou prazer. E o mais importante: elas não apresentam empatia e nem remorso pelos seus atos.

“Psicopatas” sempre existiram entre nós e alguns de seus traços sobreviveram porque são úteis, desde que em pequenas doses, como a frieza de um cirurgião, a concentração de um atleta e o narcisismo ambicioso de muitos políticos. Porém, combinações erradas ou extremas desses traços podem produzir um indivíduo perigosamente antissocial, ou até mesmo um assassino. Mas onde as crianças entram nessa história?

Existe psicopatia infantil?

De acordo com a ciência, crianças não podem ser chamadas de psicopatas, até porque esse é um termo que carrega muito estigma e determinismo. A “psicopatia” só pode ser detectada após os 18 anos porque, antes disso, as conexões entre os neurônios ainda não estão definidas, e passam por muitas mudanças. Em vez disso, crianças “malignas” são descritas com “traços insensíveis e sem emoção”, e em alguns casos podem ser diagnosticadas com Transtorno de Conduta

tara maldita

Isso diz respeito a crianças que apresentam características como falta de empatia, remorso ou culpa; emoções superficiais; agressão e até crueldade; e uma aparente indiferença a punições. Essas crianças não têm problemas em machucar os outros para conseguirem o que querem. Comportamentos carinhosos ou empáticos provavelmente são empregados como tentativa de manipulação.

Por mais que esse comportamento possa assustar, pesquisadores acreditam que apenas 1% das crianças exibem esses traços. Aliás, os estudos e debates sobre esta condição são bem recentes. Somente em 2013 a Associação Psiquiátrica Americana incluiu traços insensíveis e sem emoção no DSM-5.

Conforme a jornalista Barbara Bradley Hagerty apura na introdução de Anjos Cruéis, mais de 50 estudos descobriram que crianças com traços insensíveis e sem emoção têm mais probabilidade de se tornarem criminosas ou exibirem traços agressivos e psicopáticos na vida adulta. 

Crianças insensíveis se tornam adultos antissociais?

Embora a probabilidade das crianças insensíveis se tornarem adultos criminosos seja maior, há outros fatores em jogo na formação de um psicopata. Pesquisadores acreditam que há dois caminhos para isso: um dominado pela natureza do indivíduo e outro pelo ambiente.

anjos cruéis

Para algumas crianças, um ambiente hostil, como pobreza, pais abusivos e bairros perigosos, por exemplo, pode torná-las violentas e frias. São crianças que não nascem insensíveis ou sem emoção. Alguns especialistas, inclusive, sugerem que se elas tiverem uma trégua do ambiente, podem ser resgatadas desse caminho

Por outro lado, há crianças com características insensíveis e sem emoção criadas por pais amorosos em bairros seguros. Grandes estudos conduzidos em vários países descobriram que o transtorno de início precoce é altamente hereditário e está ligado ao cérebro. Por mais que os pais deem o seu melhor, a criança ainda apresentará características de insensibilidade e ausência de emoção.

É importante frisar, no entanto, que os próprios investigadores sublinham que uma criança insensível não está automaticamente destinada a ser um adulto antissocial. Segundo algumas estimativas, quatro em cada cinco crianças não se tornam psicopatas quando crescem. A dúvida que ainda fica é: por que algumas se tornam adultos com uma vida normal e outras acabam nas manchetes policiais? Algo a ser investigado nas páginas de Anjos Cruéis e outros títulos Crime Scene®.

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Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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1 Comentário

  • Celina

    26 de julho de 2024 às 11:30

    Adorei saber disso eu particularmente acho que se tornam aos poucos mais já tava lá ele só liberou a maldade que já estava lá adorei vou procurar ler e saber mais do assunto

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