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DarksideEntrevista

Valentina Toro: “É muito bonito ver como a imaginação nos une”

Autora de Violeta e o Pincel Encantado fala ao DarkBlog sobre arte, imaginação e sua passagem pelo Brasil

10/07/2025

A imaginação e a arte são os caminhos para imaginarmos o mundo em que queremos viver. Essa não é apenas uma das mensagens de Violeta e o Pincel Encantado, lançamento da marca Caveirinha, mas é algo em que sua autora, Valentina Toro, realmente acredita de defende.

LEIA TAMBÉM: Valentina Toro: Uma artista de força transformadora

A escritora e artista colombiana passou pela Casa Dark durante a Bienal do Livro Rio 2025, onde participou de bate-papos e sessões de autógrafo pertinho dos DarkSiders. Na ocasião, ela conversou com o DarkBlog sobre suas inspirações, a viagem ao Brasil e até mesmo curiosidades sobre a diferença de idiomas. Confira:

DarkBlog: Como você se sente com o lançamento do seu primeiro livro no Brasil?

Valentina Toro: Feliz e emocionada. No começo, estava muito nervosa por ir a outro país e em outro idioma. Mas ao chegar aqui encontrei o amor de tantas pessoas, de tantos leitores novos que receberam Violeta com tanto amor, que se tornou uma experiência incrível.

Valentina Toro

D: Quem é Violeta? O que te inspirou a criar esta personagem?

VT: Violeta é uma menina que é um pouco inspirada em mim mesma e com algumas coisas da minha infância, mas também tudo aquilo que eu queria ser quando era pequena. Ela é como um alter ego, é uma menina super sensível que se preocupa com as criaturas que vivem ao seu redor. Em seu mundo, ela interage com animais, consegue falar com eles, falar com duendes, com fadas… Ela também tem um mascote que é um dragão, que se parece muito com um cachorro que tive quando era pequena, porque ele se via como um dragão. Então, ela é inspirada em mim e em tudo o que eu queria ser, e quero que ela inspire as crianças a serem tudo o que sonham alcançar, além desta interação com o mundo e esta sensibilidade com ele.

D: Violeta e o Pincel Encantado é uma obra que combina texto e imagem de uma maneira muito sensível. Como é o seu processo criativo para trabalhar com essas duas linguagens?

VT: É um processo muito estranho porque não segue uma ordem. Às vezes desenho, às vezes escrevo, às vezes estou escrevendo algo e preciso parar para desenhar aquilo que acabei de escrever, às vezes preciso correr com um monte de ideias que tenho na cabeça e então preciso me sentar para organizá-las e estruturá-las. É um processo que pode parecer muito caótico para quem observa de fora, mas é desta maneira que vou construindo com ambas as linguagens. No final, tudo vai ganhando forma, como uma espécie de quebra-cabeças que vai se montando.

Valetina Toro

D: A arte tem um papel central na história de Violeta e o Pincel Encantado. Na sua opinião, qual é o poder da imaginação e da expressão artística na infância?

VT: Creio que o poder da imaginação é aquela voz que nos diz que, se podemos imaginar, pode acontecer. Sempre, aquele mundo que queremos ter, primeiro temos que imaginá-lo. E a arte cumpre esse papel, a arte é aquela possibilidade, aquela ferramenta mágica que temos para fazer do mundo aquele lugar bonito e amável que queremos ter.

D: Como é ver a sua obra adaptada para um novo público e em um novo idioma?

VT: Tem sido super emocionante e incrível ver o texto que eu escrevi há tantos anos em outro idioma. Ver as pessoas falando deste livro em outro idioma, de verdade, está sendo incrível. É muito bonito ver como a imaginação nos une, de alguma maneira. Porque, por mais que o idioma mude, o livro segue sendo o mesmo e segue despertando sentimentos em qualquer língua. Ver isso é muito bonito.

D: O Brasil e a Colômbia compartilham muitas semelhanças culturais, mas têm essa diferença de idioma. Em sua vinda ao Brasil, você teve alguma experiência divertida com o “portunhol”?

VT: [Risos] Sim! Inclusive ontem à noite estava pensando que a América Latina deveria se unir amanhã e decretar o portunhol como idioma oficial. É inacreditável que não conseguimos nos entender mesmo falando tão parecido. Mas sim, tem sido bem engraçado porque às vezes me falam um monte de palavras que eu não entendo. Mas tem o exemplo do “obrigado”, que eu falava para todo mundo, mas me disseram que eu posso dizer “obrigada” em vez de “obrigado” e isso foi uma descoberta. Tem sido bem engraçado.

Valentina Toro

D: Quais artistas, autores e livros marcaram a sua trajetória como contadora de histórias?

VT: Como ilustrador, meu pai foi a minha primeira inspiração. Na leitura, sempre li muita fantasia de Michael Ende, autor de A História sem Fim, que foi um dos meus livros favoritos da infância. Li muito As Crônicas de Nárnia, que também me encantava, li muito Harry Potter… sempre muita fantasia. Agora, como uma leitora um pouco mais madura, continuo lendo muita fantasia, mas mais latino-americana. Tenho fascínio pela mitologia latino-americana, o folclore, busco ler muita fantasia, inclusive terror latino-americano, porque é a minha fonte de inspiração.

D: O que você espera dos leitores brasileiros ao conhecer Violeta e o Pincel Encantado?

VT: Espero que encontrem todo o amor que coloquei neste livro. Que encontrem esse lugar seguro, tanto crianças como adultos, que descubram esse mundo que os convida a imaginar e a pensar, um mundo onde todos podemos nos ajudar e podemos construir esse lugar seguro onde queremos viver. Fico muito emocionada em saber que os leitores brasileiros terão este livro.

violeta e o pincel encantado

D: Gostaria de deixar uma mensagem final para os DarkSiders?

VT: Em primeiro lugar gostaria de deixar o meu profundo agradecimento por essa recepção tão amorosa. O Brasil é um país super caloroso e com uma cultura incrível, e é incrível ver tantas pessoas com tanto amor pelos livros em um evento tão grandioso, é impressionante. Do fundo do meu coração, obrigada por me receberem.

LEIA TAMBÉM: Dica da Caveirinha: Como criar pequenos leitores

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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