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The Slayer: pesadelos, gore e premonições

Uma ótima surpresa para os fãs de terror

18/07/2025

Todo cinéfilo de horror sabe que entre os muitos critérios para a escolha de um filme, o nome ocupa uma das primeiras posições. Foi dessa forma que Sexta-Feira 13 começou a chamar a atenção, assim como A Volta dos Mortos Vivos, e não nos esqueçamos de A Morte do Demônio e O Exorcista — e isso é só uma amostra de uma lista interminável e irresistível. O filme de hoje, principalmente em seu título original em inglês (e mais principalmente para os fãs de Heavy Metal), foi um caso que fisgou nossa atenção pelo nome.

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The Slayer

The Slayer, terror norte-americano independente dirigido por J.S. Cardone, foi rebatizado em português como The Slayer: O Assassino, ou ainda O Esquartejador. O filme chegou ao mundo em 1982 e recebeu, no Reino Unido, a honrosa fama de ser um filme “desagradável”. Bem, se a intenção era desestimular um fã de horror, é quase certo que o tiro saiu pela culatra…

Começamos o filme testemunhando um assassinato. Ao que parece o agressor é uma criatura, um monstro. A coisa mata uma mulher e se encaminha para uma segunda, e então descobrimos que o que vimos é um pesadelo, vivenciado por uma artista chamada Kay. Ela explica ao marido que é um pesadelo recorrente, onde alguém a persegue. Também descobrimos nessa primeira sequência que Kay faz uso de tranquilizantes, e que ela é tida como uma pessoa complicada e depressiva pela família.

 The Slayer

Kay e seu marido, David, estão prestes a sair de férias com o irmão de Kay, Eric, e sua esposa, Brooke. O local escolhido para o descanso é uma ilha, onde as mulheres poderão relaxar e os homens poderão pescar. David está animado, assim como seu cunhado, mas Kay sente-se relutante, em parte por precisar se afastar de suas pinturas. E existe um elemento nocivo, como se ela pressentisse algo ruim nos próximos dias.

the slayer

Como a ilha é bastante inacessível, eles chegam em um avião monomotor. Brooke, cunhada de Kay, odeia a ilha assim que coloca os pés na areia. O clima é frio, o lugar está completamente desabitado durante a baixa temporada, mas Kay sente que já conhece a ilha, como se já tivesse estado nela algum dia. O piloto do avião explica que ela não é a primeira e não será a última a se sentir dessa forma, porque a ilha é um lugar com o qual muitas pessoas sonham. Para melhorar o humor dos recém-chegados, eles ainda precisam caminhar alguns quilômetros para chegar na casa onde irão se hospedar.

The Slayer

Durante o percurso, Kay reconhece um antigo teatro abandonado que, segundo ela, também existe em uma de suas pinturas. Os três ao seu lado estranham o comentário, mas a caminhada continua logo em seguida. Kay insiste, e afirma que suas pinturas nascem de seus sonhos.

The slayer

Enfim chegam à casa. Por fora, ela não parece grande coisa, como todo o resto daquele início de férias, mas por dentro a história é outra. Além de grande e espaçosa, a casa é super bem decorada, mobiliada, está pronta e abastecida para seus hóspedes. Enquanto Kay se sente confusa com o que vê, os outros três seguem conhecendo os cômodos e se maravilhando com a casa. Tudo está preparado para recebê-los, geladeira abastecida, diferentes tipos de bebidas, lareira e promessas de noites quentes e divertidas.

The Slayer

O encanto sofre uma interrupção quando o piloto do avião retorna para avisá-los de uma possível tempestade. O homem insiste que permanecer na ilha pode ser perigoso, diz que já morou por lá e que as tempestades chegam por todos os lados, causando estragos e impossibilitando qualquer avião de pousar. Como é de se esperar em um filme de horror, o aviso é desprezado e o homem vai embora.

The Slayer

A essas alturas, apesar das promessas de medo e desgosto, começamos a relaxar. The Slayer não parece tão desagradável assim. Então, um pescador é assassinado na ilha, com um gore ensanguentado, detalhista e eficiente, em plena luz do dia. 

the slayer

Mesmo sem imaginar o que aconteceu com o pobre pescador, Kay segue se sentindo cada vez mais triste e assustada, cercada pela aura de pesadelos que a atormentam desde a infância. O casamento entre ela e David também não vai bem, e ele a culpa pelo afastamento do casal. Durante a noite, eles se reconciliam, mas David acorda de madrugada com o ruído da tempestade, e é atraído pelo esquartejador. David é assassinado de forma bastante inovadora, e o gore mais uma vez nos fisga como um gancho. Habilmente, o matador fica com o corpo para si, então ninguém na casa vê o que aconteceu.

Kay tem um pesadelo horrível (é bem impactante mesmo) com David, e se convence que alguma coisa terrível aconteceu com ele. Eric e Brooke não acreditam nela, dizem que David deve estar explorando a ilha, e que ela está fazendo um escândalo à troco de nada.

The Slayer

Com a chegada da noite, Brooke também fica preocupada, mas Eric, irmão de Kay, insiste que ele deve “estar por aí”, mesmo depois de procurá-lo pelo dia todo sem conseguir nenhuma pista de seu paradeiro. A busca se estende por todo o dia seguinte, dessa vez com a ajuda de Kay, que toma um caminho diferente de Eric, atraída pelas ruínas do antigo teatro da ilha — e pelas coisas que via em seus sonhos e transformava em arte.

the slayer

O suspense em The Slayer é uma crescente, e aliado aos crimes já revelados, é inevitável que nos preocupemos com os personagens. Da mesma forma, também se cria a suspeita que um deles possa ser o assassino.

Kay encontra um cadáver sem cabeça no teatro abandonado, o que restou de David. Seus familiares não podem mais duvidar dela, mas Kay está fora de controle, e Eric pede que sua esposa coloque algumas pílulas no café de Kay, para que ela durma e os deixe agir com alguma sobriedade. Eric planeja usar sinalizadores para chamar ajuda.

The slayer

Longe de adormecer, Kay insiste que sabe quem matou David, ela diz que viu tudo em um sonho. Eric se enfurece mais uma vez, ele não consegue acreditar no que a irmã diz. Kay acredita que os pesadelos que cultiva desde a infância são, além de premonitórios, uma criação de realidade, ela se sente responsável pelas tragédias.

The slayer

Com mais tranquilizantes, Kay finalmente pega no sono e Eric se convence de que o responsável pelas mortes só pode ser o piloto do monomotor, que os avisou sobre a tempestade, mas que provavelmente ficou na ilha, com o intuito de atacá-los. Eric decide ir até o píer e disparar mais sinalizadores, mas tudo o que ele consegue é encontrar uma morte bastante desagradável.

The Slayer

O fato é que é melhor pararmos por aqui, antes que mais surpresas desagradáveis, chamadas spoilers, nos encontrem, mas podemos afirmar que The Slayer é uma ótima surpresa aos fãs de terror. Com um suspense muito bem construído, um gore convincente e um mistério que se aprofunda a cada minuto, esse filme merece nossa atenção até a subida dos créditos.

The slayer

The Slayer ainda apresenta uma correlação curiosa com Nightmare on Elm Street, que nasceu dois anos depois, mas não estamos acusando ninguém de coisa alguma, apenas estabelecendo um paralelo interessante entre as mentes criativas dos dois filmes.

E se prepare, porque o plot twist final é bom demais, e algumas imagens e intenções podem ficar guardadas em sua mente por muito tempo. Muito tempo mesmo…

E não esquecemos do trailer:

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Sobre Cesar Bravo

amplificador cesar bravoCesar Bravo é escritor, criador de conteúdo e editor. Pela DarkSide® Books, publicou Ultra Carnem, VHS: Verdadeiras Histórias de Sangue, DVD: Devoção Verdadeira a D., 1618 e Amplificador.

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