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12 curiosidades sobre Bela Lugosi

Saiba tudo sobre a vida do eterno Drácula

31/07/2025

Para muitos fãs, Bela Lugosi sempre será o rosto do Conde Drácula. Nascido em 20 de outubro de 1882 no antigo Império Austro-Húngaro, o ator foi imortalizado nas telas do cinema ao interpretar o famoso vampiro de Bram Stoker em Drácula de 1931. O filme dirigido por Tod Browning não apenas abriu as portas para os chamados Monstros da Universal como também transformou Lugosi em um ícone do cinema de terror.

LEIA TAMBÉM: A evolução dos vampiros no cinema

No entanto, Bela Lugosi foi muito mais do que um intérprete de Drácula. O ator húngaro viveu uma vida curiosa e engajada, se envolvendo com diferentes tipos de atividades e sendo marcado por sua luta sindical. Conheça agora 12 curiosidades sobre o ator que conquistou nossos corações trevosos e mudou para sempre o rumo do terror nas telonas. 

1. Seu nome não era Bela Lugosi

Bela Lugosi

O caçula de quatro filhos, Bela Lugosi nasceu Béla Ferenc Dezsö Blaskó. Quando tinha onze anos, decidiu fugir de casa após seu pai ser contra seu desejo de seguir a carreira de ator. Consequentemente, o jovem Bela precisou abandonar a escola, trabalhando como mineiro e maquinista para conseguir se sustentar. Sua carreira de ator começou em 1902 em teatros provinciais onde interpretou pequenos papéis em peças e operetas. Um ano depois ele enfim se tornou Bela Lugosi, adotando o sobrenome como uma homenagem ao seu local de nascimento, a cidade de Lugoj, situada atualmente na Romênia.

2. Construiu uma longa carreira no teatro 

Em 1911, Lugosi se mudou para Budapeste onde começou a trabalhar com o Teatro Nacional da Hungria, o mais prestigiado centro de artes cênicas do país. Entre 1913 e 1919, desempenhou dezenas de papéis com a companhia, finalmente alcançando uma oportunidade para mostrar seu talento. Atuando em pequenos papéis, Lugosi participou da encenação de diversas peças clássicas, como Hamlet, Macbeth, Rei Lear e Ricardo III. Nesses anos que passou na Hungria, o ator construiu uma extensa carreira teatral, totalizando 172 apresentações nos palcos. 

Bela Lugosi

3. Lutou na I Guerra Mundial 

Em 1914, a I Guerra Mundial impôs uma pausa nas aspirações artísticas de Lugosi. Apesar de ter sido dispensado do serviço militar por participar do Teatro Nacional, o ator se alistou voluntariamente no exército austro-húngaro. Durante o próximo ano, serviu como tenente na patrulha de esqui da 43ª Divisão do Exército Austro-Húngaro, lutando contra os russos perto da fronteira com a Áustria. Enquanto servia nas montanhas dos Cárpatos, Lugosi foi ferido em três ocasiões distintas. Após isso, ele deixou as forças armadas em 1916, retornando para os palcos. De volta à vida civil, em 1917, ele passou a atuar em filmes mudos húngaros, onde era creditado com o pseudônimo Arisztid Olt. 

4. Ele mal falava inglês quando fez sua estreia na Broadway 

Após a Revolução na Hungria em 1919 e a troca de governo, Lugosi, que era conhecido por seu ativismo no sindicato de atores, foi forçado a deixar sua terra natal. Junto de sua primeira esposa, Ilona, ele fugiu para Viena, eventualmente se estabelecendo em Berlim. Em dezembro de 1920, embarcou em um navio cargueiro e emigrou para os Estados Unidos onde voltou a atuar em peças de teatro e na indústria cinematográfica, eventualmente se mudando para Nova York. Em 1922, o ator veterano foi escalado para sua primeira peça na Broadway, The Red Poppy. Na época, Lugosi não dominava a língua inglesa. No entanto, isso não atrapalhou o dedicado ator, que treinou suas falas com um tutor particular. Embora não pudesse compreender o significado do que estava dizendo, ele memorizou e reproduziu foneticamente com perfeição cada sílaba e palavra que deveria reproduzir nos palcos. 

5. Não foi a primeira opção da Universal para ser o Conde Drácula

Bela Lugosi

Em 1927, Béla Lugosi encontrou o papel de sua vida quando o produtor Horace Liveright decidiu criar uma versão estadunidense da peça Drácula, baseada no romance homônimo de Bram Stoker. Durante o verão, o ator foi escolhido para interpretar o famoso vampiro, o qual marcou um desvio drástico dos personagens românticos com os quais estava acostumado. Lugosi criou sua própria caracterização de Drácula, sendo o responsável pelo figurino, pelos maneirismos, maquiagem e pelo distinto sotaque do personagem. Um grande sucesso de público, a peça permaneceu na Broadway por um ano, eventualmente entrando em turnê pelo país em 1928. 

Impressionada pela bilheteria, em 1930 a Universal decidiu transformar a peça em um filme. No entanto, Lugosi não foi a primeira escolha do estúdio e do diretor Tod Browning para interpretar o Conde nas telonas. Na época, o ator ainda era bastante desconhecido, o que fez com que diversos veteranos como Lon Chaney, conhecido pelos darksiders por Fala Comigo, Lon Chaney, fossem considerados até que Lugosi fosse enfim escalado. Quando contratado pela Universal, o ator húngaro levou para as telonas sua caracterização do famoso vampiro, a qual se tornou sinônimo de Conde Drácula.

6. Recebia muitas cartas de fãs apaixonadas

Enquanto interpretava o Conde na Broadway, Lugosi chamou a atenção de fãs apaixonadas. Mais de 97% das cartas que recebia eram de mulheres, que ficavam admiradas com a sua performance. Em um livro promocional de imprensa lançado pela Universal em 1932, Lugosi é citado: “Quando eu estava no palco, interpretando Drácula, meu público era composto principalmente por mulheres”. Segundo ele, a maioria dos homens que iam assistir a peça haviam sido simplesmente arrastados até o local por suas companheiras. 

Bela Lugosi

7. Recusou o papel de monstro de Frankenstein

Com o sucesso astronômico de Drácula, que se tornou um dos grandes lançamentos da Universal em 1931, o estúdio rapidamente autorizou uma nova adaptação cinematográfica do livro de Mary Shelley, Frankenstein. Pela primeira vez em sua vida, Lugosi era uma estrela e parecia a escolha certa para interpretar o famoso monstro nas telonas. Contudo, após ser apresentado ao conceito original do filme, bastante diferente do produto final que temos hoje, o ator que esperava dar vida a Henry Frankenstein, não quis assumir o papel, alegando que teria poucas falas e que seu rosto estaria coberto por espessas camadas de maquiagem. Após Lugosi recusar o projeto, o papel de monstro de Frankenstein eventualmente foi dado a um ator pouco conhecido chamado Boris Karloff.  Alguns anos mais tarde, em 1943, o público finalmente conseguiu ver Lugosi interpretando o icônico monstro no filme Frankenstein Encontra o Lobisomem

Além disso, ao longo de suas carreiras, ele e Karloff apareceram juntos em oito filmes, o primeiro sendo O Gato Preto de 1934. Embora seja comumente relatado que a dupla não se dava bem, fontes afirmam que os dois mantinham uma relação profissional amigável, respeitando um ao outro, apesar de não socializarem fora do set de filmagens.

8. Atuou como Drácula apenas em 2 filmes!

Bela Lugosi

Por mais que tenha se tornado sinônimo de Drácula, ao longo de seus 50 anos de carreira, Lugosi interpretou o personagem criado por Bram Stoker apenas duas vezes no cinema. Além de dar vida ao Conde na adaptação de 1931, o ator também viveu o vampiro na comédia de terror de 1948, Abbott e Costello Às Voltas com Fantasmas. Saindo um pouco de seu icônico Drácula, Lugosi também interpretou diferentes vampiros em A Volta do Vampiro de 1943 e Mother Riley Meets the Vampire de 1952.

9. Era um grande fã de futebol, amava cachorros e colecionava selos

Grande fã de futebol, em 1935 Lugosi foi nomeado presidente honorário da Liga de futebol de Los Angeles. Sempre incentivando os jogadores e as crianças, ele era visto regularmente nos estádios e ocasionalmente era convidado até o campo para chutar a bola. Além de doar dinheiro para times de futebol da Hungria, o ator ajudou a financiar o clube húngaro, localizado em Los Angeles, Magyar. Quando o time ganhou um campeonato estadual em 1935, um jornal escreveu que os jogadores estavam “retornando para o castelo de Drácula com a taça estadual.”

Outro hobby do ator era colecionar selos. Sua quarta esposa, Lillian Arch, afirmou que ele possuía uma coleção impressionante com mais de 150 mil selos. Coincidentemente, em 1997, o Drácula de Lugosi foi homenageado pelos correios dos Estados Unidos em um selo comemorativo, integrante da coleção “Famous Movie Monsters”. Além disso, o ator amava cachorros, sendo frequentemente fotografado ao lado de seus dobermans, Hector e Pluto, e de seu pastor alemão, Bodri.

Bela Lugosi

10. Foi líder sindicalista e uma voz contra o fascismo 

Na década de 1930, Lugosi desempenhou um papel ativo na criação do Screen Actors Guild, sindicato que atualmente representa mais de 120 mil atores dos Estados Unidos, se unindo a outros nomes famosos para criar uma federação que representasse os interesses da classe.  Como o membro fundador nº 28, em 1935 ele sindicalizou o set de O Corvo, filme que co-estrelou ao lado de Boris Karloff, outro membro do SAG. Por causa disso, Lugosi passou a ser excluído por muitos diretores e produtores de Hollywood, fazendo com que precisasse aceitar papéis menores em produções B. 

Além de seu envolvimento sindical, que marcou grande parte de sua vida, Lugosi se tornou uma voz contra o fascismo. Quando o ditador húngaro Miklos Horthy se aliou a Adolf Hitler durante a II Guerra Mundial, o ator participou ativamente da formação do Conselho Húngaro-Americano para a Democracia, juntando forças para que o nazismo e o fascismo fossem dizimados em todos os lugares e protestando contra a perseguição dos judeus na Hungria. 

11. Um quiroprata o substituiu em Plano 9 do Espaço Sideral

Bela Lugosi

No final de sua carreira, Lugosi trabalhou em três produções de baixo orçamento do diretor Ed Wood, cineasta que postumamente ganhou o título de “pior diretor de todos os tempos”. Em 1953, os dois trabalharam juntos em Glen ou Glenda?, filme que inspirou o personagem de Glen em O Filho de Chucky, enquanto em 1955, colaboraram em A Noiva do Monstro. A parceria se mostrou tão produtiva que em pouco tempo Wood havia preparado cerca de meia dúzia de conceitos para novos filmes estrelados por Lugosi. Durante a primavera de 1956, o cineasta filmou rapidamente algumas cenas do ator vagando por um bairro de subúrbio e vestindo sua famosa capa de Drácula. Esta seria a última vez que Lugosi apareceria em um filme, já que o ator faleceu em 16 de agosto de 1956 aos 73 anos. 

Em 1957, as cenas de Lugosi foram inseridas no grande clássico de Wood, Plano 9 do Espaço Sideral. Uma vez que o ator não poderia concluir sua participação, o diretor contratou um substituto para a filmagem de cenas adicionais: Tom Mason, um homem que trabalhava como quiroprata de sua esposa. Entretanto, Mason era visivelmente mais alto e magro do que Lugosi, precisando então permanecer curvado durante as filmagens e escondendo seu rosto atrás de uma capa. 

12. Foi enterrado com sua capa de Drácula

Bela Lugosi

No dia 16 de agosto de 1956, o mundo perdeu seu Drácula quando Lugosi morreu de um ataque cardíaco enquanto tirava uma soneca em seu apartamento em Los Angeles. O ator tinha 73 anos e foi enterrado no Cemitério Holy Cross em Culver City, Califórnia. Ao contrário da crença popular, ele não pediu para ser enterrado com uma de suas capas de Drácula. A decisão veio de seu filho, Bela G. Lugosi, e de sua quarta esposa, Lillian Arch, que acreditavam que era o que o ator teria desejado. Foi assim que o eterno Conde foi enterrado em uma lápide simples com uma de suas icônicas capas e com seu anel de Drácula. O funeral foi pequeno e contou apenas com as pessoas mais próximas. Presente na cerimônia, o diretor Ed Wood foi um dos responsáveis por carregar o caixão do ator que marcou o cinema de terror.

Béla Lugosi e Drácula vivem!

Um clássico sangrento, Drácula não apenas mudou a vida de Béla Lugosi, que entregou uma das caracterizações mais famosas do vampiro, como também transformou para sempre essas criaturas na cultura pop. Assim como o legado do ator húngaro, o personagem continua mais vivo do que nunca, constantemente retornando para as telas dos cinemas e para as páginas dos livros. 

drácula vive

Exemplo disso é Monstros da Universal: Drácula Vive!, uma obra que pulsa com o sangue das origens desse predador imortal. Selando a aliança entre a DarkSide Books, a Macabra e a Universal Pictures, a graphic novel traz uma nova abordagem à história clássica de Bram Stoker, celebrando o visual e a narrativa do horror gótico e resgatando a aura do icônico vampiro vivido por Béla Lugosi em 1931. Com roteiro de James Tynion IV e arte de Martin Simmons, a história se inicia no asilo do dr. John Seward quando um novo paciente atormentado revela visões de um demônio à espreita, enquanto sua filha, Mina, sente-se cada vez mais atraída pelo enigmático Conde Drácula. 

Lançamento da Caveira, Monstros da Universal: Drácula Vive! é parte de uma coleção que homenageia os Monstros da Universal, dando protagonismo ao monstro que iniciou tudo. Uma história de impulso, terror e maldição onde tudo parece um pesadelo sedutor, a graphic novel não é apenas um tributo a um dos pilares do horror clássico, mas também ao vampiro mais famoso de todos os tempos e seus intérpretes cinematográficos, que vivem eternizados neste personagem imortal.  

LEIA TAMBÉM: O que sabemos sobre Drácula: Uma História de Amor Eterno

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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