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Quem foi a assassina Lizzie Borden?

Dama Mortal estará na próxima temporada da série Monstro

13/10/2025

A terceira temporada nem tinha estreado ainda quando a Netflix já anunciou quem seria o tema do próximo segmento da série Monstro, produção antológica de Ryan Murphy que até o momento dedicou seus roteiros aos crimes de Jeffrey Dahmer, dos Irmãos Menéndez e mais recentemente de Ed Gein. A quarta temporada terá uma lady killer no centro das mortes: Lizzie Borden.

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Além da assassina em questão, a Netflix já divulgou alguns dos nomes do elenco, como Ella Beatty (Feud), Billie Lourd (Star Wars: O Despertar da Força) e Jessica Barden (O Lagosta). Beatty será a intérprete da assassina, enquanto Lourd será a irmã mais velha e Bardem uma amiga de Lizzie Borden.

Além delas, também foram anunciados Vicky Krieps no papel da empregada, Rebecca Hall como madrasta de Lizzie e Charlie Hunnam como seu pai. A produção começa neste outono em Los Angeles.

Lizzie Borden Monstro Netflix

Mas afinal, quem foi Lizzie Borden?

Mesmo cem anos depois, o caso Lizzie Borden segue fascinando investigadores do true crime. Antes de Monster ela já havia inspirado programas de televisão, musicais e até uma cantiga infantil. O caso da assassina é um dos 40 que estão no livro Damas Mortais, de Jennifer Wright. Mas por que essa história ainda causa tanta comoção?

Em 1892 Lizzie Borden teria assassinado seus pais com um machado, golpeando-os várias vezes. O caso causou choque não apenas pela violência em si, mas por se tratar de um crime brutal ocorrido com uma família abastada e respeitada. As filhas, Lizzie e Emma, frequentavam a igreja local e estavam envolvidas com trabalho de caridade.

No dia 4 de agosto daquele ano, Lizzie contou com tranquilidade à empregada da família, Bridget, que havia encontrado o corpo do pai golpeado brutalmente até a morte na sala de visitas. Já o corpo da madrasta, Abby, foi encontrado no quarto de hóspedes, que ficava no andar de cima.

damas mortais

As evidências apontavam todas para Lizzie, que não escondia o ódio pela madrasta e não conseguiu fornecer um álibi consistente para o momento do crime. Além disso, na semana anterior a madrasta havia se consultado com o médico da família sob suspeita de estar sendo envenenada dentro de casa — e não ajudou nada o fato de Lizzie ter tentado comprar ácido prússico um dia antes dos assassinatos. 

A defesa apontou que ela não estava coberta de sangue quando relatou o assassinato. Contudo, dias depois, ela queimou um vestido que afirmou estar manchado de tinta, uma maneira bem suspeita de descartar uma roupa. Para completar, uma machadinha foi encontrada no porão dos Borden sem o cabo.

A motivação do crime segue sendo tema de debate. Alguns biógrafos modernos suspeitam que Lizzie possa ter sofrido abuso dos pais, algo que teria sido abafado na época. Existem suspeitas até mesmo de que ela tenha sido vítima de incesto. Além disso, era uma mulher de 32 anos que ainda morava com os pais, algo incomum para a época — o assassinato poderia ser interpretado como sua única saída para ter alguma independência.

lizzie borden

Uma criminosa acima de qualquer suspeita?

Lizzie Borden provavelmente só não foi condenada à morte por ser uma mulher abastada e que performava feminilidade. Um dos apelos feitos por seu advogados usava como argumentos a maneira como ela havia sido criada e seu “caráter irrepreensível até aqui”. Além disso, durante o julgamento foi sustentado diversas vezes que uma mulher que era voluntária da igreja não seria capaz de cometer homicídio, quem dirá um assassinato a machadadas.

Aos olhos do júri, ela realmente não parecia uma assassina. Mesmo com evidências apontando para sua culpa, ela foi inocentada com bastante rapidez: o veredito saiu em apenas 35 minutos. O Boston Globe, ao noticiar o desfecho do julgamento, relatou alegremente que ela “viveria e seria amada, salvo qualquer acidente moral, por muitos anos”.

Ela pode até ter sido inocentada no tribunal, mas o estigma de ser vista como uma assassina perdurou. Em 1913, o Pennsylvania Standard noticiou que ela levava uma vida reclusa, acompanhada apenas de empregados e da irmã. Aliás, nem isso: por volta de 1905 Emma se mudou sob a alegação de que as condições eram absolutamente insuportáveis”. Segundo a irmã, Lizzie era a mulher livre mais isolada da Nova Inglaterra.

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Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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