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8 filmes com parques de diversão assustadores

Onde a diversão vira terror

26/12/2025

Com suas montanhas-russas, rodas-gigantes e carrosséis encantadores, parques de diversão são concebidos como lugares repletos de riso, emoções e alegrias. Feitos para serem compartilhados com os amigos ou família, tais locais prometem diversão e momentos inesquecíveis para aqueles que os visitam. No entanto, quando as luzes se apagam, a história pode ser um pouco diferente.

Desde muito cedo, o cinema de terror parece ter entendido que existe algo de potencialmente assustador em parques de diversão. Enquanto algumas produções se concentram nos visuais estranhos e inquietantes desses locais, outras exploram justamente a premissa de uma experiência divertida que rapidamente se transforma em momentos de puro terror.

Entre parques temáticos abandonados, atrações amaldiçoadas, acidentes inexplicáveis e assassinos mascarados, a Caveira separou oito filmes que mostram todo o terror dos parques de diversão.

1. O Parque Macabro (1962)

Um dos primeiros filmes a abordar esse cenário, O Parque Macabro é um clássico do terror psicológico. Dirigido por Herk Harvey e escrito por John Clifford, o longa acompanha Mary Henry (Candace Hilligoss), uma mulher traumatizada por um acidente de carro que tenta reconstruir a vida em uma cidade desconhecida. Contudo, algo parece errado e ela se sente cada vez mais atraída para um parque de diversões abandonado, onde encontra figuras fantasmagóricas e um homem misterioso. Com uma atmosfera sinistra e visuais perturbadores, O Parque Macabro é uma joia do cinema independente, produzido em apenas três semanas com um orçamento de apenas 33 mil dólares. Subvertendo o gênero como conhecemos e nos levando por um abismo existencial, o filme de 1962 é uma experiência sensorial entre o real e o imaginário, oferecendo um olhar brilhante sobre a solidão, o luto e o mundo ao nosso redor.

Atravessando décadas como um sussurro fúnebre entre os fãs de terror, O Parque Macabro chegou recentemente na DarkSide® Books em uma parceria com a Macabra Filmes. Parte da coleção DarkRewind, a novelização oficial escrita por Andy Rausch convida os leitores a atravessar novamente o véu em uma edição inédita que oferece um tributo à força do horror silencioso. Com posfácio especial e finais alternativos — escritos exclusivamente para o livro —, O Parque Macabro é uma experiência assustadora e contemplativa que honra o filme original e mostra que o medo não é feito apenas de sangue e monstros.

2. Pague para Entrar, Reze para Sair (1981)

Entre O Massacre da Serra Elétrica e Poltergeist – O Fenômeno, o cineasta Tobe Hooper produziu um slasher atmosférico que mostra como uma ida a um parque de diversões pode rapidamente se transformar em um pesadelo sombrio. Lançado em 1981, Pague para Entrar, Reze para Sair conta a história de um grupo de adolescentes que visita um parque de diversões e decide passar a noite escondido no trem-fantasma.

No entanto, para o seu azar, os jovens rapidamente começam a ser perseguidos por um terrível assassino que esconde seu rosto deformado sob uma máscara de Frankenstein. Ambientando quase exclusivamente em um parque de diversões, Pague para Entrar, Reze para Sair transforma o local em um mundo de pesadelos e mortes horríveis. Utilizando elementos de metaficção e fazendo referências a clássicos como Psicose e Halloween, o filme é um item obrigatório da filmografia de Tobe Hooper, levando o espectador por um labirinto de terror e imagens bizarras.

3. Premonição 3 (2006)

Após aterrorizar o público com um avião e depois com um caminhão carregado de toras de madeira, o terceiro filme da franquia Premonição decidiu ambientar sua habitual sequência de destruição e morte em um parque de diversões. Dirigido por James Wong, Premonição 3 começa com um grupo de estudantes do ensino médio comemorando sua formatura e decidindo embarcar na famosa montanha-russa Devil’s Flight.

No entanto, como já é costume na franquia, um deles têm a premonição de um terrível acidente, saindo do brinquedo e salvando algumas vidas pelo caminho. É claro que não demora para que a morte resolva perseguir os sobreviventes e ceifar suas vidas por meio de mortes horríveis e bastante criativas. Com seu emblemático cenário, Premonição 3 capitalizou sobre um medo real de montanhas-russas, nos fazendo pensar duas vezes antes de nos aventurarmos por tais atrações.

4. Parque do Inferno (2018)

Uma refrescante homenagem aos slashers clássicos, Parque do Inferno acompanha um grupo de seis amigos que visita um parque de diversões itinerante com a temática de terror. Para o seu azar, eles são acompanhados por um serial killer mascarado que utiliza as atrações locais para cometer crimes brutais. À medida que exploram o parque, os adolescentes começam a perceber o horror que se desenrola ao seu redor, precisando lutar para saírem vivos dali. Entre labirintos, brinquedos e apresentações ao vivo, Parque do Inferno utiliza com eficácia seu cenário, brincando com os limites tênues entre as atrações assustadoras do parque e a ameaça real que está à espreita. Dirigido por Gregory Plotkin e com participação de Tony Todd, o filme é uma experiência divertida e aterrorizante repleta de sustos inesperados.

5. The Funhouse Massacre (2015)

Comédia de terror dirigida por Andy Palmer, The Funhouse Massacre gira em torno de um perigoso grupo de assassinos psicopatas que escapa de um hospital psiquiátrico e assume o controle de uma atração temática de Halloween onde encenações de assassinatos acontecem como parte do show. Aproveitando para cometer uma verdadeira chacina, eles então transformam o local em uma casa de horrores enquanto o público acredita estar assistindo a efeitos especiais. Com mortes criativas, muito sangue, vilões caricatos e efeitos exagerados, The Funhouse Massacre é um aceno a clássicos do terror trash dos anos 80. Contando com um senso de humor absurdo, o filme ainda conta com a participação especial de Robert Englund, o eterno Freddy Krueger de A Hora do Pesadelo.

6. Nós (2019)

Em seu segundo longa-metragem, Jordan Peele apresentou um parque de diversões à beira-mar como porta de entrada para um mundo aterrorizante que se esconde abaixo da superfície. Partindo dessa premissa, a história de Nós se inicia em 1986 com a pequena Adelaide visitando o parque com os pais. No entanto, tudo muda quando ela se aventura sozinha por um labirinto de espelhos, eventualmente encontrando uma sósia de si mesma. É justamente esse evento traumático que desencadeia a trama do filme, quando acompanhamos uma Adelaide adulta (vivida por Lupita Nyong’o) enfrentando um grupo de sósias ameaçadoras que põe em risco sua vida e a de sua família. Embora o parque de diversões não seja o cenário principal de Nós, o local é central para a narrativa e possui um papel simbólico na trama.

7. Ghoulies II (1988)

Em 1985, o primeiro Ghoulies se tornou um sucesso surpreendente ao capitalizar sobre o gênero de bichinhos descontrolados popularizado por Gremlins. Como era de se esperar, as pequenas criaturas retornaram três anos depois em uma sequência intitulada Ghoulies II. O filme acompanha os antagonistas endiabrados até um parque de diversões itinerante onde se escondem em uma das atrações. Inicialmente encarados como parte do show, eles se tornam um sucesso estrondoso, até que eventualmente revelam seu verdadeiro lado, transformando os visitantes em suas vítimas. Longe de ser uma obra-prima, Ghoulies II ainda é um filme divertido que utiliza com maestria o cenário do parque de diversões, levando o público por perseguições em brinquedos, labirintos e outras atrações conhecidas.

8. The Amusement Park (1975)

Redescoberto em 2017 após ter sido dado como perdido por muitos anos, The Amusement Park é um filme de 1975 dirigido pelo pai dos zumbis, George Romero. Produzido em 1973 e exibido dois anos depois, o longa acompanha um idoso, interpretado por Lincoln Maazel, que durante um dia relativamente normal é aterrorizado em um parque de diversões, embarcando então em um pesadelo psicodélico. Misturando suspense psicológico, terror e drama, The Amusement Park aproveita ao máximo sua locação. Inicialmente encomendado como um filme educacional sobre o abuso de idosos, o longa converte um lugar inocente e alegre em palco de trauma e violência, fazendo o público embarcar em uma viagem para lá de indigesta.