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Crime Scene

As mentes psicopatas mais perturbadoras estudadas por Ilana Casoy

A maior autora de true crime do Brasil já esteve diante de Chico Picadinho e outros serial killers, além de ter acompanhado de perto diversos crimes hediondos

19/02/2019

Ilana Casoy é um dos maiores nomes nacionais quando o assunto é criminologia. Formada em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas e especializada em Criminologia pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, a autora tem treinamento em Investigação e Perícia Forense em casos de homicídio pelo U.S. Police Instructor Teams e, atualmente, é Membro Consultivo da Comissão de Política Criminal e Penitenciária da OAB SP. Ilana colaborou com o site do canal Investigação Discovery e também se dedica à ficção.

Pela DarkSide Books, a autora tem três livros amplamente lidos e elogiados que se transformaram em verdadeiros guias de estudo: Arquivos Serial Killers: Made In Brazil e Louco ou Cruel? — reunidos em um box único — e Casos de Família — são dossiês feitos pela autora para satisfazer nossa estranha sede de casos perturbadores. Buscamos justificativas? Seria apenas curiosidade? Ou queremos entender a fundo a mente dos mais cruéis assassinos? Não importa qual seja a resposta, Ilana Casoy estuda a fundo todos os casos que têm acesso e o resultado são obras completas e dados sobre a história dos maiores assassinos em série brasileiros.

Dois dos crimes que mais tiveram repercussão na história da imprensa brasileira também estiveram nas mãos de Ilana Casoy. Em Casos de Família, a autora disseca o caso Richthofen e a história do assassinato de Isabella Nardoni.

Como uma das maiores especialistas em crimes, Ilana Casoy participou de um conselho para explicar o perfil criminal no personagem principal da série Dexter, que se tornou uma das mais cultuadas dos últimos anos. Ilana também atuou como consultora da série escrita por Gloria Perez e dirigida por Mauro Mendonça Filho, Dupla Identidade, na Rede Globo. Consultora de séries e documentários para TV e cinema, a autora se dedica a uma pesquisa rigorosa para investigar assassinos em série, colaborando em casos reais com a Polícia, Perícia, Ministério Público e Advogados de Defesa.

Selecionar os casos mais perturbadores que estiveram nas mãos de Ilana não é algo simples — todos os casos estudados por ela nos revelaram até onde a crueldade e a violência humana podem chegar, mas para comemorar o aniversário da maior autora de true crime do Brasil, relembre alguns dos casos de maior notoriedade estudados por Ilana Casoy:

Arquivos Nardoni e Richthofen

Casos de crimes hediondos que são amplamente cobertos pela imprensa sempre nos impressionam pela frieza com que se desenvolveram. Os casos Richthofen e Nardoni certamente entram nessa categoria de frieza extrema. Como alguém que mandara matar seus próprios pais poderia pensar que ia escapar incólume de tal crime? Suzane von Richthofen estava em casa enquanto os irmãos Cravinhos matavam Manfred e Marísia von Richthofen. Na noite do dia 31 de outubro de 2002, Suzane abriu a porta para Cristian e Daniel Cravinhos matarem seus pais que dormiam no segundo andar da mansão dos Richthofen com golpes na cabeça. Em Casos de Família, Ilana Casoy pega o leitor pela mão e mostra seu caderno de anotações com as contradições, erros cruciais e depoimentos dos três assassinos.

No mesmo livro, Ilana também guia o leitor pelos cinco dias de julgamento do pai e da madrasta da pequena Isabella Nardoni, atirada do sexto andar do edifício London na noite do dia 29 de março de 2008. Os culpados? O pai e a madrasta.

Chico Picadinho

Ilana Casoy esteve frente a frente com um dos mais famosos serial killers brasileiros. Chico Picadinho concedeu entrevistas à autora enquanto ela escrevia Arquivos Serial Killlers: Made In Brazil e fazia parte do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica da Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Nufor). Embora seu número de vítimas seja tímido perto de outros assassinos em série, Chico Picadinho abusou da crueldade e do sadismo enquanto cometia seus crimes em meados dos anos 70. As duas mulheres assassinadas por ele foram esquartejadas e partes dos corpos foram dispensados no vaso sanitário de seu apartamento, enquanto o restante foi guardado em uma mala.

A autora investigou a infância de Chico e descobriu que sempre ele sempre se sentiu rejeitado por todos. “Sua linguagem é clara, as frases são bem construídas e sua bagagem cultural é enorme. Mas não pude deixar de notar a incapacidade afetiva, a falta de empatia e o extremo esforço intelectual para cobrir esse lapso”, definiu Ilana Casoy em.

Vampiro de Niterói

Marcelo Costa de Andrade, que ficou conhecido como Vampiro de Niterói, afirmou que escolhia crianças como vítimas de suas cruéis sessões de tortura e sodomia por serem inocentes e, após a morte, ele acreditava que elas iriam direto para o céu. Marcelo preferia os meninos por serem mais bonitos e, segundo ele, tinham a pele “lisinha”.

O apelido de Vampiro de Niterói chegou após confessar que bebia o sangue de suas vítimas para, segundo seus delírios, se tornar “tão bonito quanto elas”. Laudos psiquiátricos comprovaram que Marcelo era psicopata com doença mental grave, esquizofrenia e perversão de conduta. Ilana Casoy esteve frente a frente com ele para uma entrevista em 2003. No Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Heitor Carrilho, no Rio de Janeiro, Ilana ouviu com detalhes a maneira e as justificativas que motivaram o Vampiro de Niterói a matar. Desde 2003, ele está internado por tempo indeterminado.

 

Esses são alguns exemplos do que os leitores irão encontrar nos livros de Ilana Casoy, que completa 59 anos neste dia 19 de fevereiro. Ainda há muito o que ser investigado em relação às mentes dos criminosos e Ilana segue com seus estudos e análises na área de criminologia. A literatura true crime e os fãs do gênero só têm a agradecer.

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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4 Comentários

  • Cássia Espósito

    15 de janeiro de 2021 às 14:22

    Parabéns à Ilana, não somente pelo aniversário, mas também pelo trabalho incrível de perfilar e escrever. Sou fã, o assunto é de grande interesse meu e encontro clareza e dedicação em seus livros. Gratidão!

  • Elaine

    22 de agosto de 2022 às 17:12

    Cada dia admiro mais essa grande autora!!!!

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