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Conheça a história das runas

Descubra as origens desta tradição ancestral

28/08/2024

Entre tantos métodos de adivinhação, as runas se encontram como um dos mais antigos. Localizadas ao redor do mundo e conectadas à história dos povos nórdicos, as runas são marcas angulares baseadas em antigos símbolos gravados em pedra, com origens que voltam ao século II d.C. 

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Essa relação entre as runas e a adivinhação é originária de uma visão de mundo germânica pré-cristã, a qual acreditava que a palavra falada possuía fortes poderes criativos. Ou seja, o pronunciamento destas palavras era entendido como detentor de enorme influência nas preocupações e caminhos da vida. Cada runa possui um nome, o qual indica seu significado filosófico e mágico. Isso significa que enquanto símbolos que carregam o poder em seu significado, as runas são inerentemente mágicas por sua própria natureza. 

Representando temas como lar, família, amor, saúde e destino, elas passaram a ser utilizadas para interpretar a vida e o futuro. Uma das formas mais fáceis e poderosas de adivinhação, elas não apenas respondem aos nossos questionamentos, como também fornecem uma energia revitalizante de força, cura e coragem. No entanto, engana-se quem acha que as runas não se relacionam com necessidades contemporâneas. Muito pelo contrário! Embora sejam originárias da magia do mundo antigo, elas continuam atuais. 

É por isso que a DarkSide® trouxe para os estudiosos da marca Magicae o Manual Prático das Runas, um livro instigante que convida os leitores a desvendar o seu significado e explorar seu papel como instrumento de autoconhecimento e orientação espiritual.

manual das runas

Uma breve história das runas

As runas, caracteres que formam o alfabeto rúnico, datam de muitos séculos atrás e até hoje suas origens históricas são objeto de debates entre estudiosos. No entanto, há um acordo generalizado acerca de seu surgimento, já que presumidamente foram derivadas de antigas escritas itálicas utilizadas pelos povos do Mediterrâneo, os quais viviam ao sul das tribos germânicas, no primeiro século da Era Comum. Junto a isso, acredita-se que símbolos sagrados germânicos, preservados em esculturas rupestres ao norte da Europa, também influenciaram em seu desenvolvimento. 

Tradicionalmente esculpidas em pedras, madeiras, ossos e outras superfícies duras, as runas funcionavam como letras, mas iam muito além disso. Cada uma possuía um símbolo ideográfico ou pictográfico ligado a um poder, o que significava que escrever uma runa era invocar e direcionar o que esse poder representava. Isso explica também a própria etimologia da palavra, já que nas línguas germânicas “runa” poderia significar tanto “letra” quanto “segredo”, “mistério” ou “mensagem”.

Uma das inscrições rúnicas mais antigas e conhecidas se encontra no “broche de Meldorf”. Encontrado em 1979, estima-se que o objeto foi fabricado no norte da Alemanha por volta da primeira metade do século I d.C. Contudo, não há consenso entre os pesquisadores se essas inscrições realmente são rúnicas ou romanas. As inscrições mais antigas e que são de consenso geral são as encontradas no “pente de Vimose”, localizado na Dinamarca, e a “ponta da lança Øvre Stabu”, descoberta no sul da Noruega, ambos datando de aproximadamente 160 d.C. 

ovre stabu runa

Já as pedras e esculturas rúnicas datam de um pouco mais tarde. A pedra de Kylver, localizada na Suécia, é considerada uma das mais antigas, trazendo as inscrições do chamado futhark antigo, a forma mais ancestral do alfabeto rúnico, com datação de cerca de 400 d.C. Acredita-se que provavelmente o alfabeto foi transmitido do sul para o norte da Europa por meio de grupos germânicos, os quais teriam encontrado a escrita itálica durante os conflitos e campanhas militares no sul.

Muito do que sabemos hoje sobre os significados atribuídos às runas pelos povos germânicos vem dos chamados “Poemas Rûnicos”, documentos encontrados na Islândia, Noruega e Inglaterra, que fornecem trechos sobre o que cada runa quer dizer. Por outro lado, as runas enquanto uma poderosa forma de adivinhação já apareceram nos relatos do historiador romano Tácito, por exemplo, o qual em 98 d.C. forneceu detalhes sobre como os povos germânicos utilizavam diversas formas de adivinhação e leituras de presságios. Embora frequentemente seja levantado o fato de Tácito mencionar as runas, algumas interpretações sugerem que ele apenas se referia a sinais, que poderiam também ser outras marcas. No entanto, essa relação com a adivinhação remete não às origens históricas das runas, mas sim às suas origens mitológicas, conectadas com ninguém mais, ninguém menos, do que o deus Odin

Odin e as runas

Desde o seu surgimento, as runas tiveram uma forte associação com o deus mais importante do panteão nórdico, o qual já estava estabelecido como uma divindade dominante para muitas tribos germânicas do primeiro século. Segundo o poema “Hávamál”, incluído na Edda poética, coleção de poemas nórdicos compilados no século XIII, Odin teria encontrado sua grande provação quando descobriu a existência das runas. O deus teria ficado pendurado na famosa árvore de Yggdrasil, o centro do cosmos germânico, responsável por sustentar os nove mundos. Ele teria permanecido assim, ferido e jejuando, por nove noites.  

odin runas

Foi nessa situação que, ao olhar para baixo, para as águas do Poço de Urd, fonte de sabedoria imensa, Odin viu de relance as runas, as quais residiam no local. Quando conseguiu alcançá-las, em um ato de sacrifício, o deus foi inundado por bem-estar e sabedoria.

Foi por meio desse sacrifício de Odin, que posteriormente foi trazido de volta à vida, que as runas vieram para a humanidade. De acordo com essa narrativa, suas origens não são mundanas, muito menos produto de invenção humana. As runas são interpretadas como forças eternas e pré-existentes, descobertas pelo próprio deus Odin após uma grande provação. A partir disso, entendemos também relação praticamente intrínseca entre runas, magia e sabedoria. 

Desperte esse poder ancestral

Com o passar dos séculos, o alfabeto rúnico foi sucessivamente substituído pelo alfabeto latino, principalmente devido ao avanço do cristianismo na Europa Central do século VI. Já em lugares como a Escandinávia, por exemplo, o alfabeto foi utilizado até o século XI, estendendo-se até os anos 1400 na Noruega. Apesar de terem entrado em desuso enquanto alfabeto e sofrido modificações constantes, as runas permanecem até hoje uma poderosa forma de adivinhação.

runas

É justamente por isso que a Caveira trouxe para o Brasil o Manual Prático das Runas, mais uma adição à coleção Manual Prático, que vai te ajudar a desvendar e explorar tudo que as runas têm a oferecer. Escrito pela especialista Cassandra Eason, Manual Prático das Runas é o guia ideal para os leitores da Magicae que estão em busca de uma maior conexão consigo mesmos e com o mundo ao seu redor. Uma leitura que ajuda a compreender o destino e o futuro, além de auxiliar na exploração dos mistérios e da magia do passado.

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Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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