Lançamento • Macabra

Lançamento: Ring Shout: Grito de Liberdade, de P. Djèlí Clark

Na América do Norte, demônios usam capuzes brancos

10/05/2022

Em 1915, o filme O Nascimento de uma Nação, de D. W. Griffith, lança um feitiço em toda a América do Norte, engrossando as fileiras da Ku Klux Klan e bebendo profundamente dos pensamentos mais sinistros dos brancos. Por todo o país eles cavalgam, espalhando medo e violência entre os vulneráveis, planejando trazer o inferno para a Terra. Mas até os demônios podem morrer.

É neste cenário que Ring Shout: Grito de Liberdade se desenvolve, com companheiros de resistência se armando com lâminas e bombas para caçar seus caçadores e mandar os demônios da Klan direto para o inferno. Situado em um mundo histórico alternativo de Macon, Geórgia, em 1922, a protagonista Maryse Boudreaux se divide entre a venda de uísque contrabandeado durante a época da Lei Seca e a luta contra os monstros a quem ela chama de “Ku Kluxes”, com sua espada mágica, a cabeça cheia de histórias e a companhia de Sadie e Cordy. Mas para enfrentar esse mal recorrente, Maryse precisa viajar entre estes universos e encarar pesadelos sobrenaturais – além dos seus próprios demônios – para tentar livrar o mundo do ódio que o consumiria.

O novo título da DarkSide® Books em parceria com a Macabra Filmes, selo que apresenta histórias ainda mais assustadoras da realidade e da ficção, arrematou os prêmios Nebula, Locus, Alex e British Fantasy, e foi finalista nos prêmios Hugo, World Fantasy, Ignyte, Shirley Jackson, AAMBC, SIBA e Hurston/Wright Foundation Legacy. Inspirado por Toni Morrison e Madeleine L’Engle, o autor P. Djèlí Clark — dono de uma narrativa brutal e ágil, mas que transborda magia e encanto — envolve os leitores nesta história de horror extremamente original, com cenas de ação ritmadas e hipnotizantes, que em breve serão adaptadas para uma série de TV por Kasi Lemmons (Harriet, 2019), com Kiki Layne (Se a Rua Beale Falasse, 2018) no papel da destemida e incansável protagonista desta obra.

A edição brasileira desta fantasia histórica dark chega aos leitores mais exigentes com tradução de Bruno Ribeiro, autor de Porco de Raça — romance vencedor em sua categoria no Prêmio Machado DarkSide®, de 2020 — e texto complementar de Anne Quiangala, doutoranda e mestra em teoria literária pela Universidade de Brasília.

Uma dança capaz de evocar as origens de uma luta que nunca terminou, obra transgressora e um dos livros mais aguardados pelos darksiders, Ring Shout: Grito de Liberdade é uma jornada brutal e criativa que proporciona reflexões preciosas em meio aos recorrentes contextos políticos e sociais conturbados, com seus males sobrenaturais e sobretudo demasiado humanos. Prepare-se para encher o inferno de capuzes brancos.

P. Djèlí Clark é escritor nascido em Nova York e criado no Texas. Já foi nomeado aos prêmios Hugo, Nebula e Sturgeon com Ring Shout, The Black God’s Drums e The Haunting of Tram Car 015. Quando não está escrevendo ficção especulativa, P. Djèlí Clark trabalha como historiador acadêmico e suas pesquisas abrangem a escravidão comparada e a emancipação no mundo Atlântico. Ele combina esse interesse pela história e pelo mundo social com ficção especulativa e escreveu artigos sobre questões que vão desde o racismo e H.P. Lovecraft até críticas de Black Empire, de George Schuyler. Atualmente, reside em um pequeno castelo eduardiano na Nova Inglaterra com a esposa, filhas e um dragão de estimação (que é estranhamente similar a um Boston Terrier). Também escreve sobre questões de ficção especulativa, política e diversidade em seu blog, The Disgruntled Haradrim. Saiba mais em pdjeliclark.com

“Esta é uma história do poder feminino negro, extraída tanto do velho quanto do novo mundo. Uma narrativa que honra a experiência negra americana em toda a sua complexidade, e ainda entrega um deleite lovecraftiano.”
— Library Journal —

“Uma das peças de ficção especulativa mais poderosas e inspiradoras que li em anos. Destemido. Totalmente destemido.”
— Tochi Onyebuchi, autor de Beasts Made of Night —

“Afiado e totalmente imaginativo.”
— Bethany C. Morrow, autora de A Song Below Water —

“Um triunfo fantástico, brutal e emocionante da imaginação. A combinação de releitura histórica e política de Clark é catártica, emocionante e fresca, lançando um feitiço narrativo tão encantador quanto adaptação de Watchmen feita pela HBO. É o tipo de reinvenção histórica que coloca o ato de contar histórias e a arte do gênero terror na vanguarda da vida literária e política.”
— The New York Times —

“P. Djèlí Clark não poderia escrever um livro ruim mesmo que tentasse. Ring Shout é fantasticamente divertido, ainda que o cerne do enredo seja absolutamente sério e importante.”
— Victor LaValle, autor de Changeling: Sombras de Nova York e A Balada do Black Tom—

“Contada com astúcia e um humor mordaz, essa história assombrosa me puxou para um mundo tão ricamente idealizado que eu não queria sair.”
— Rivers Solomon, autora de The Deep e Sorrowland —

“Ring Shout é uma obra sublime e revolucionária de body horror.”
— Sarah Gailey, autora de River of Teeth —

“Ring Shout é um soco sem medo no coração e na cabeça. Fantasia, ação infernal e personagens complexos, juntamente com um olhar inflexível sobre a natureza aterrorizante do racismo.”
— Jonathan Maberry, autor de Ghost Road Blues e Rot & Ruin —