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O que é o bebop e por que ele revolucionou o jazz

Subgênero foi eternizado por Thelonious Monk

07/10/2024

No apagar de luzes da década de 1930, Thelonious Monk e um grupo de jovens músicos negros revolucionou o jazz ao adicionar ao gênero um ingrediente ousado chamado “bebop”. Essa combinação é uma das curiosidades apresentadas na graphic novel Thelonious Monk! Uma Revolução Musical na Alma, de Youssef Daoudi, que chega ao Brasil aqui na coleção DarkSide Records.

LEIA TAMBÉM: A relação de Robert Crumb com a música

O que é bebop?

Bebop é um estilo de jazz marcado pela improvisação, em contraponto à bem comportada organização das big bands que dominavam o cenário musical desde os anos 1920.

O subgênero surgiu no bairro do Harlem, em Nova York, onde instrumentistas fora do mainstream se reuniam em casas noturnas para experimentar outras formas de se tocar o jazz convencional.

O que caracteriza o som do bebop?

Mudanças repentinas no tom e no tempo; batidas aparentemente fora do lugar; progressão inesperada de acordes; harmonias complexas; andamentos rápidos. Essas são algumas características esperadas do bebop. O objetivo não era necessariamente fazer o público dançar, mas brincar com técnicas.

Livres da estrutura das grandes bandas comerciais, pequenos grupos de músicos e seus respectivos instrumentos — saxofone, trompete, piano, guitarra, contrabaixo e bateria — podiam revezar solos improvisados no meio da música. Sem partitura e sem ensaio. Teve aí o início do que consideramos o jazz moderno.

Da diversão à política

Além Monk, alguns precursores do bebop foram Charlie Parker, Dexter Gordon, Buddy DeFranco, Miles Davis, Bud Powell, Charlie Christian e Art Blakey. Só nome pesado.

Eles divergiram do que até então era considerado jazz popular, muitas vezes tocado só por pessoas brancas. O que começou como um experimento virou um movimento de vanguarda. A diversão evoluiu para política. Os músicos buscavam formar uma identidade musical negra e garantir seu espaço no cenário cultural.

O resto é história. O “jazz progressivo” não existiria sem o bebop, cujas improvisações e ritmos soltos influenciaram até mesmo a linguagem da geração beat de autores como Jack Kerouac e Allen Ginsberg. Até hoje, nomes do hip hop creditam seu estilo ao bebop.

LEIA TAMBÉM: 7 Músicas para ouvir lendo Thelonious Monk!

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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