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Osgood Perkins: curiosidades sobre o diretor de Longlegs

Cineasta tem o terror no sangue

09/09/2024

Osgood Perkins (mas pode chamar de Oz Perkins) está atualmente sob os holofotes por ter dirigido Longlegs: Vínculo Mortal. O filme furou a bolha dos fãs do terror para se tornar a produção independente do gênero de maior sucesso da última década (103,5 milhões de dólares arrecadados globalmente, e contando…).

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Mas os trabalhos do novaiorquino no cinema começaram ainda na infância, com apenas 8 anos, e sua relação com a sétima arte foi selada ainda na barriga de sua mãe.

Quem é a família de Osgood Perkins?

Como o sobrenome já dá pista, Oz é filho de Anthony Perkins (1932-1992), o Norman Bates de Psicose (1960), de Alfred Hitchcock. Anthony foi indicado ao Oscar® pelo seu papel coadjuvante em Sublime Atração (1956). Mas a ligação com o cinema não para por aí.

Seu avô, o homônimo Osgood Perkins, foi um astro de Hollywood nos anos 1920 e 1930, sendo o Scarface original, de 1938, o seu trabalho mais reconhecido. Não à toa, Oz cresceu numa casa frequentada por atores e atrizes, o que o fez encarar a indústria com naturalidade.

Anthony Perkins era gay, mas, no contexto de uma sociedade extremamente conservadora, casou-se com a atriz, modelo e fotógrafa Berry Berenson, que deu à luz Oz.

Tragédias em família

Anthony morreu de complicações da aids em 1992, aos 60 anos. Já Berry foi vítima dos ataques de 11 de setembro de 2001: ela estava a bordo de um dos aviões que se chocaram contra as Torres Gêmeas em Nova York.

Quando Oz Perkins começou no cinema?

A estreia de Oz Perkins nas telas foi aos 8 anos, no papel da versão jovem de Norman Bates em Psicose 2 (1983). Naquela época, tão novo, ele não tinha nenhuma pretensão de seguir a carreira como ator – estava mais interessado em brincar com action figures de Star Wars.

Trabalhos como ator e diretor

Além de Psicose 2, Oz atuou em mais 19 projetos ao longo dos anos, de Legalmente Loira (2001) até o mais recente Não! Não olhe! (2022), de Jordan Peele, no qual interpretou um diretor de comercial sobre cavalos.

Ele dirigiu quatro longas-metragens, todos de terror: A Enviada do Mal (2015), O Último Capítulo (2016), Maria e João: O Conto das Bruxas (2020) e, claro, Longlegs. Seu próximo projeto é O Macaco, previsto para 2025. Adivinha o gênero?

Ligação de Oz Perkins com o terror

Seria natural pressupor que Oz adentrou o gênero por influência do pai, certo? Na verdade, foi mais ou menos isso. O fato de Anthony também ter feito, segundo ele, muitos filmes ruins, criou dentro de Oz um sentimento contraditório em torno do terror — uma espécie de inquietação. Oz já disse em diversas ocasiões que não se considera um fã do estilo e sequer assiste a produções contemporâneas do gênero, apesar de citar Stanley Kubrick e Tim Burton como grandes inspirações. Mesmo assim, insiste no formato porque, para ele, o terror “é o gênero que permite mais invenção e que mais incentiva poesia”, por facilitar a compreensão daquilo que é “essencialmente desconhecido.”