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Você sabe o que é prosopagnosia?

"Cegueira facial" é abordada em Pedra Papel Tesoura

22/07/2024

Já imaginou passar por pessoas conhecidas, até mesmo familiares e amigos de longa data, e não reconhecer seus rostos? Ou assistir ao seu seriado favorito e ter dificuldades em distinguir os personagens que há tanto tempo fazem parte das suas tardes livres?

Embora possa parecer grosseria ou até mesmo um caso de memória ruim, essa é a realidade de um número significativo de pessoas que sofrem de prosopagnosia ou cegueira facial. A condição, que é abordada no livro Pedra Papel Tesoura de Alice Feeney, atinge cerca de 2% da população mundial, afetando a capacidade do indivíduo em reconhecer rostos, sejam eles de pessoas próximas ou não, podendo se estender para sons, formas, objetos e até cheiros.

O termo prosopagnosia vem do grego e é a junção de duas palavras: prosopon, que significa “feição”, e agnosia, “incapacidade de reconhecer”. O distúrbio neuropsicológico pode afetar as pessoas de diferentes formas. Em alguns casos, compromete a percepção dos estímulos visuais, já em outros afeta o reconhecimento de rostos familiares, a distinção entre diferentes faces e também o processamento de expressões faciais. Em alguns casos mais graves, o paciente não consegue diferenciar rostos de objetos e não reconhece o próprio reflexo no espelho.

Mas o que causa a prosopagnosia? O distúrbio pode ser causado por lesões cerebrais, como traumatismos e acidentes vasculares, na área responsável pelo processamento facial. No entanto, mais recentemente foi apontado que a condição pode também ter origens genéticas e hereditárias, sendo conhecida então como prosopagnosia congênita, estando presente no indivíduo desde o seu nascimento e muitas vezes interferindo em sua socialização a partir da infância.

A grande questão é que médicos apontam que a prosopagnosia pode ter impactos sérios na vida e sociabilidade dos indivíduos. A incapacidade de identificar e reconhecer facialmente as pessoas pode gerar estresse, baixa autoestima, dificuldades em se relacionar e trabalhar, e até mesmo acarretar o desenvolvimento de ansiedade, crises do pânico e depressão. Muitas vezes as pessoas se isolam, evitando sair de casa sozinhas e frequentar lugares públicos pelo medo de se sentirem perdidas e serem mal compreendidas. Não é o caso, no entanto, do ator Brad Pitt que, embora não diagnosticado, acredite sofrer de prosopagnosia.

E o que fazer em casos de suspeita desta condição? É recomendado que se procure um neurologista ou neuropsicólogo, que irá avaliar o paciente por meio de uma série de exames de imagem cerebral e testes neuropsicológicos, chegando assim em um diagnóstico adequado. Atualmente não existe uma cura única e específica para a prosopagnosia. Em alguns casos, no qual o distúrbio é adquirido por traumas e doenças, há a possibilidade de medicamentos, cirurgia e terapia ocupacional. Os indivíduos também podem recorrer a tratamentos que visam desenvolver estratégias compensatórias, como a memorização de características não faciais, como voz, roupas e atributos físicos específicos para reconhecer as pessoas. Desta forma, os pacientes conseguem adquirir novas formas para identificar as pessoas ao seu redor, voltando a socializar e viver suas vidas.

Pedra Papel Tesoura: dez anos de casamento, dez anos de segredos

A prosopagnosia aparece em um personagem de Pedra Papel Tesoura, obra da escritora Alice Feeney e um dos primeiros títulos do projeto E.L.A.S – Especialistas Literárias na Anatomia do Suspense, que integra a marca Crime Scene Fiction da DarkSide® Books.

Um suspense arrebatador, Pedra Papel Tesoura conta a história de Adam e Amelia Wright, um casal em crise que resolve dar uma última chance ao casamento através de uma viagem para as Highlands na Escócia. No entanto, o final de semana é drasticamente alterado quando a dupla fica presa em uma tempestade de neve que revela segredos, ressentimentos, memórias reprimidas e traições que transformam para sempre sua história. Mergulhando em temas psicológicos profundos, Pedra Papel Tesoura mantém o suspense até a última página por meio de protagonistas e narradores nada confiáveis.