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4 Profissões da morte que você não imaginava que existiam

Conheça trabalhadores que atuam lado a lado da Ceifadora

18/07/2024

Você já pensou em trabalhar diretamente com a morte? Quando pensamos em “profissões da morte” geralmente lembramos de coveiros, agentes funerários e médicos legistas, mas, acredite ou não, essa indústria vai além.

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Em (mor.te) sf. Lembranças vivas do que fomos, Hayley Campbell nos mostra os dilemas, as paixões e as vidas destes profissionais que cuidam dos aspectos da morte. Com carisma e empatia, a autora nos apresenta a embalsamadores, agentes funerários, detetives de homicídios e até mesmo ex-carrascos com histórias tocantes que nos desafiam a reconsiderar nossas próprias percepções sobre vida e morte.

Mais do que apresentar um leque variado e inusitado de profissões que você provavelmente nem imaginava que existiam, Campbell traz um olhar humano, sensível e que nos mostra um lado da morte diferente dos tabus que a sociedade costuma alimentar.

mor.te sf

Bateu a curiosidade? Conheça algumas destas inesperadas profissões da morte.

1. Diretor de Serviços Anatômicos

Você sabe o que faz um diretor de Serviços Anatômicos? No livro, Hayley Campbell nos apresenta a Terry Regnier, que trabalha com isso há mais de duas décadas. Sua profissão consiste em lidar com os corpos que são doados à ciência na Mayo Clinic em Rochester, Minnesota.

Ele faz o registro dos doadores quando estão vivos, recebe o corpo quando a pessoa morre, preserva-o e o arquiva em um freezer. Por mais que pareça um ofício um tanto mórbido, ele segue uma rotina muito mais previsível do que quando Terry atuava como agente funerário e às vezes precisava trabalhar de madrugada para receber os corpos.

Também é um trabalho absolutamente técnico e que serve a um propósito maior. Você sabia, por exemplo, que uma pessoa que queira doar seu corpo para a ciência pode ser rejeitada? Isso acontece principalmente quando algum órgão foi retirado para uma doação parcial ou na autópsia, por exemplo. A integridade do corpo é importante para que os estudantes de medicina e pesquisadores possam ter um modelo mais próximo possível de uma pessoa viva que eventualmente esteja passando por uma cirurgia.

mor.te sf

E esse propósito é o que motiva Terry a seguir sua profissão com tanto afinco. O preparo dos corpos proporcionado por um diretor de Serviços Anatômicos é o que tem permitido avanços importantes na medicina, desde as cirurgias mais antigas — numa época em que a maioria dos “modelos” eram saqueados de cemitérios — até os avanços atuais.

2. Escultor de máscaras fúnebres

Ao longo da história, as máscaras fúnebres tiveram muitas vidas. Elas foram o domínio de reis e faraós, usadas na confecção de efígies para que a realeza morta pudesse viajar por suas terras e as pessoas pudessem prestar suas últimas homenagens a um líder imperecível. Também era uma ferramenta de referência do artista antes da invenção da fotografia, para uso na reprodução de retratos — e amplamente descartadas depois. Máscaras fúnebres também foram confeccionadas a partir de mortos desconhecidos, na esperança de um dia identificá-los. Mas por que elas ainda são produzidas hoje em dia?

máscara funerária

Nem mesmo Nick Reynolds, escultor de máscaras fúnebres há mais de duas décadas e o único a fazer esse trabalho no Reino Unido, pergunta a seus clientes por que eles querem as coisas que ele faz. Suas esculturas podem parar em cemitérios e até mesmo nas casas dos parentes enlutados, criando um ponto focal para conversar com alguém, acredite você em vida após a morte ou não. Há também os clientes que enfiam a máscara em uma gaveta que nunca abrem, enquanto outros as colocam no travesseiro ao seu lado enquanto dormem. 

Assim como todas, é uma profissão que tem seus desafios — além de, é claro, tirar o molde do rosto de uma pessoa morta. As máscaras mais desafiadoras podem vir de pessoas que tiveram seu rosto deformado no momento da morte, o que exige sua reconstrução. 

Se você tem curiosidade do processo de fabricação de máscaras fúnebres, confira o vídeo em que o próprio Nick Reynolds explica rapidamente:

3. Faxineiro de cenas de crime

Você já pensou em quem limpa uma cena de crime? Depois que o corpo está na van, as declarações foram gravadas, as impressões digitais coletadas e a fita de isolamento retirada restam apenas sujeira e silêncio. Familiares, amigos, a polícia… ninguém cuida disso. E é aqui que entram em cena profissionais como Neal Smither.

A empresa de Neal, Crime Scene Cleaners Inc., é o limiar entre a aparente normalidade e uma exibição de atrocidades. É o trabalho dele que permite colocar o imóvel no mercado imobiliário após um assassinato, ou vender o carro apreendido pela polícia.

neal smither

A experiência apareceu para ele de maneira não profissional, quando tinha apenas 12 anos e um vizinho havia cometido suicídio. A bala tinha atravessado a cabeça do vizinho e espalhado seu cérebro pela lateral da casa onde Neal passava o verão com os avós. Ele pegou uma escova de aço e uma mangueira e começou a limpar. Hoje, a maioria dos trabalhos de sua empresa envolve acumulação, infestações de ratos ou serviços relacionados a sangue. 

Além do impressionante relato de Neal em (mor.te) sf., o trabalho de limpadores de traumas também é detalhado em Nem Tudo que Resta é Lixo, que conta a história de Sandra Pankhurst, que se dedicava a esta profissão tão inusitada, mas ao mesmo tempo tão necessária.

sandra pankhurst

4. Tecnóloga em anatomia patológica

Quando você morre e a causa não é evidente, o seu corpo pode contar uma história do que o fez parar de funcionar. Profissionais como Lara-Rose Iredale são aqueles que o ajudarão a contar essa história com base nas evidências encontradas em órgãos, tecidos e até mesmo no sangue.

Conforme Hayley Campbell nos explica em (mor.te) sf., a ocupação de um tecnólogo em anatomia patológica consiste no trabalho físico de desmontar um corpo para auxiliar o patologista na investigação. São profissionais como Lara que evisceram e reconstroem o paciente, depois limpam o corpo e todos os equipamentos usados no processo. 

São aqueles a postos quando alguém vai identificar um corpo no necrotério, que lidam com familiares e funerárias e lutam com a montanha de documentos que chegam com cada morte e com o translado de corpos de um lugar para o outro.

necrotério
Imagem: Darrin Klimek | Getty Images

Parteiras de luto, carrascos, embalsamadores, identificadores de vítimas de desastres… Em (mor.te) sf. Lembranças vivas do que fomos, Hayley Campbell entrevista profissionais que atuam em todas essas áreas, sempre com um olhar absolutamente humano que nos faz enxergar a morte, e a própria vida, de maneira bem diferente. Você está pronto para viver essas descobertas?

LEIA TAMBÉM: VOCÊ SABE O QUE FAZ UMA LIMPADORA DE TRAUMAS? CONHEÇA SANDRA PANKHURST

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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