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5 Motivos para ler A Sereia de Concha Negra

Navegue por esse romance apaixonante de Monique Roffey

24/11/2023

Todo o poder narrativo de Monique Roffey encontrou na DarkSide® o seu porto seguro para trazer a leitoras e leitores brasileiros os encantos de A Sereia de Concha Negra, premiado romance da escritora. O lançamento chega através do selo DarkLove, conhecido por publicar histórias que abraçam a diversidade e a criatividade de suas autoras.

Na história de Roffey, somos transportados para a ilha de Concha Negra no ano de 1976. David estava pescando quando se deparou com uma criatura inesperada: uma sereia chamada Aycayia. Antes uma bela jovem, ela foi amaldiçoada por esposas ciumentas a viver nessa forma pelo resto de sua vida. No entanto, após a sereia ser capturada por turistas americanos, David a resgata e a esconde em sua casa, descobrindo que, uma vez fora d’água, Aycayia começa a se transformar de volta em uma mulher.

Agora, David precisa se esforçar para conquistar a confiança de Aycayia enquanto ela reaprende o que é ser humana, adequando-se não apenas ao seu novo corpo, mas vivenciando também o desafio de se relacionar com os habitantes da ilha — uma tarefa difícil após séculos de solidão. À medida que David e Aycayia se apaixonam, eles enfrentam as alegrias e os perigos da vida na terra. No entanto, uma pergunta ainda persiste: a antiga sereia será capaz de escapar de sua maldição?

Se essa sinopse ainda não te fisgou de vez, trouxemos mais cinco motivos por que A Sereia de Concha Negra deveria estar nas suas metas de leitura:

1. A leitura perfeita pra quem gosta de realismo fantástico

Sabe aquela história que utiliza elementos históricos, folclore e lendas locais e acrescenta sua boa dose de ficção e magia? A Sereia de Concha Negra segue por esses mares, em um estilo parecido com outras obras publicadas pela Caveira, como Ela Seria o Rei, O Ano das Bruxas e Ring Shout.

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2. Você vai conhecer a cultura caribenha

Justamente por seguir pela linha do realismo fantástico, você vai conhecer de perto a cultura, as lendas e o folclore de Trindade e Tobago, país natal da autora. Monique Roffey se inspirou em vários aspectos da antiga lenda da sereia de Taíno: de que Aycayia é amaldiçoada por uma deusa grande, má e poderosa, Jagua, em favor de outras mulheres.

3. Traz comentários sociais e ambientais pertinentes

Além de trazer comentários sobre o colonialismo no Caribe, a autora também traz críticas sociais em relação ao que o banimento da sereia significa. “Ela não é apenas expulsa de sua comunidade, mas também banida do amor romântico. Há muito nessa história que precisava de uma releitura por uma feminista do século XXI”, comentou Roffey ao LA Times.

A autora também não se poupou de trazer comentários relacionados a questões ambientais. O que faz todo o sentido para Monique Roffey, que fora das páginas dos livros é uma ativista ecológica que luta pelo bem-estar de todos os habitantes do planeta — sejam eles humanos ou não.

4. Captura toda a criatividade implacável de Monique Roffey

Segundo a própria autora, suas outras obras costumam demandar muito tempo em pesquisa antes mesmo de começar a escrita. Já em A Sereia de Concha Negra ela fez alguns experimentos com tom de voz e ponto de vista e a história fluiu com naturalidade. Reunindo as lembranças de paisagens costeiras visitadas por ela ao longo dos anos e sonhos, ela começou a escrever sua história. “Esse livro realmente emergiu de lugares no meu inconsciente. Foi um nascimento fácil”, define.

5. É uma obra que tem vontade própria

Além do processo fluido na escrita de Roffey, A Sereia de Concha Negra enfrentou suas próprias turbulências, mas navegou seu próprio caminho a braçadas vigorosas. Primeiro, Monique lançou uma campanha de financiamento coletivo em setembro de 2019 para atrair visibilidade para o livro. Superada essa etapa, a primeira onda da pandemia de covid-19 ocorreu justamente no mês do lançamento da obra. “Então ele afundou, inicialmente, sem deixar vestígios”, definiu a autora.

Mais tarde, os bookstagrammers caribenhos começaram a fazer barulho em torno da obra. Em seguida, o romance foi finalista do Goldsmith Prize e ganhou o prêmio Costa de Melhor Romance, além de ser indicado em outras premiações literárias. “O resto é história. Os jurados que entenderam as nuances de um espaço pós-colonial gostaram. Acredito que esse seja um livro de sorte. Ele teve vontade e intenções próprias.”