Nesse Dia da Mulher, a Caveira selecionou 5 mulheres de alma DARK para os DarkSiders ficarem de olho. Todas elas falam de horror, esteja ele nos livros, cinema ou em ilustrações, provando que, assim como as final girls, elas não têm medo de nada. Cada uma respondeu uma pergunta sobre esse universo, confira.
Brenda é ilustradora profissional com foco em ilustrações infantis. Recentemente ela passou a se dedicar ao Terror Lúdico, uma forma de despertar alguns terrores esquecidos na infância (e também de apresentar o terror aos pequeninos). Brenda também mostra seu processo de criação no canal do Youtube e dá aulas sobre o assunto.
DB: Quando o terror entrou na sua vida e como ele se juntou ao seu estilo de ilustrações?
BB: O terror entrou na minha vida com o filme: Lobisomem Americano em Paris, eu tinha entre 5 ou 6 anos na época. Meus tios cinéfilos alugaram a fita cassete do filme para assistirem e permitiram que eu visse também, e eu amei! Tem outro filme bem marcante na minha infância que é o da Múmia, eu sei que não é de terror, mas eu sentia um medo muito forte daquela múmia, mas ao mesmo tempo era apaixonadíssima pela história, pelos personagens, assistia milhões de vezes e nunca enjoava, não enjoei até hoje, vivo assistindo! Acho que o que me traz memórias tão afetivas de ver filmes de terror com meus tios é que ficávamos abraçados morrendo de medo juntos haha, e depois ficávamos falando uma boa parte da noite sobre o filme! E foi assim que tudo começou 🙂
Eu sou ilustradora digital e o terror voltou com tudo pra minha vida numa conversa com esses mesmos tios, deles me contando de como a gente se divertia vendo esses filmes, eu e minha tia apaixonadíssimas pelo vampiro Lestat no filme Rainha dos Condenados! E foi aí que uma chavinha virou na minha cabeça e pensei: será que dá? Tava na minha cara o tempo todo o tanto que eu amava esse universo, e nunca tinha ilustrado ele, então pra testar eu criei uma coleção de crianças fantasiadas no halloween pra pedir doces, e deu muito certo pra mim, eu me senti muito bem desenhando uma vampira, um Frankenstein, um lobisomem, uma freira demoníaca, e eu estava amando tanto fazer aquilo! Parece que tudo faz sentido, sabe? Eu gostei dessas histórias de terror a minha vida inteira, e hoje eu as ilustro nos meus livros, porque como grande fã de terror que eu sou, eu amo ler histórias desse universo e agora amo ver os meus personagens ilustrados nessas histórias!
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Adriana Cecchi é apaixonada por cinema, literatura e caos, o que a levou a criar o blog Redatora de M*%$# que, desde 2009, levanta questionamentos e “desgraçamentos” através de arte e realidade. Dri também está no Youtube, onde posta vídeos analisando filmes de “terror gostoso”, paranoia pura, ficção transgressiva, filosofia, humor mórbido e quadrinhos.
DB: Quais são suas 3 cineastas favoritas dentro do terror e por que?
DC: É muito difícil escolher apenas 3 cineastas, mas são elas: Julia Ducournau, Gabriela Amaral Almeida e Mary Harron.
Julia Ducournau é cáustica e imprevisível. Uma característica muito forte em seus trabalhos é a transformação corporal de seus personagens. Um drama tão denso que se manifesta de forma física e dilacera tudo ao seu redor, assim como em seu mais recente trabalho “Titane”. Atualmente minha cineasta favorita, Ducournau equilibra com maestria e visceralidade o humor ácido ao horror corporal para tratar de assuntos sensíveis.
Gabriela Amaral Almeida é uma inspiração e uma referência do cinema de horror. Gosto de como as narrativas dela são feitas de forma pulsante e reverberam o medo de várias maneiras. “O Animal Cordial”, por exemplo, aborda o horror social em sua essência mais profunda (e sangrenta), um slasher com gore e elementos do giallo, que aborda temas sobre violência, desigualdade, trabalho e relações humanas.
Mary Harron é diretora de um dos meus filmes favoritos: “Psicopata Americano”, que coloca em evidência a masculinidade frágil inserida em um universo de aparência onde a futilidade impera e a sociedade está entorpecida em seu próprio vazio. A cineasta faz isso de forma brilhante, incomodativa e brutal.
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Bárbara é artista plástica e trabalha como oraculista, magista e mentora espiritual. Suas redes sociais têm muito conteúdo sobre espiritualidade, tornando o conhecimento acessível a qualquer um. Foi pensando nesse ato de compartilhar conhecimentos que ela se juntou ao Coven Magicae e dividiu um pouco do seu saber mágico com os DarkSiders.
DB: Que outras bruxas (brasileiras ou não) te inspiraram no começo do teu caminho mágico?
BM: Sinto que no começo de nosso caminho mágico, sempre há algumas figuras que nos inspiram. Sejam míticas, sejam aquelas bruxas que nos abriram os caminhos. Quando conheci a bruxaria, fui direto pro blog Oficina das Bruxas, da Rosea Bellator, que é uma referência para mim até hoje. Mas para além das bruxas de caldeirão e vassoura, uma história que é uma inspiração para mim desde o começo é o do uso da magia natural pelas minhas ancestrais, ainda que não chamassem por esse nome. Costume do interior de Minas, cultivado por minha avó e a mãe dela e a mãe da mãe dela, o uso de chás e plantas como medicina. É a simplicidade da bruxaria que sempre comento nos textos e posts e que tanto me encanta. A inspiração se dá na simplicidade, para mim. E isso aprendi antes mesmo de me entender bruxa.
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Camilla e seus Livros, como é conhecida nas redes sociais, é uma criadora de conteúdo que busca refletir junto com seus seguidores sobre assuntos que envolvem sistemas de poder, raça, gênero e sociedade. Ela também coordena o desafio “Lendo Escritores Negro-Brasileiros” onde, ao longo do ano, os participantes são desafiados a ler 12 autores negros de diferentes categorias e participar de debates.
DB: Quais autoras negras são referência para você e todo mundo deveria conhecer?
CD: Escritoras como Carolina Maria de Jesus, Eliana Alves Cruz, Ana Maria Gonçalves, Conceição Evaristo são escritoras negro-brasileiras que através da literatura conseguem nos mostrar o Brasil do passado e do presente, atravessamentos que são sentidos e vividos apenas pelas pessoas negras e também a nossa cultura, herança de África, tão rica, tão linda e cheia de sabedoria. Afinal, não somos só dores, somos arte, potência, inteligência beleza.
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Conhecida como Namanita nas redes, Nádia é uma leitora voraz que tem dedicado muito do seu tempo aos livros. A criadora do blog Além do Livro transformou suas redes sociais em um espaço para encontro e troca de experiências entre leitores, compartilhando resenhas, dicas de leitura, listas de livros, maratonas e desafios.
DB: Em que momento você notou que a Literatura se tornou uma parte tão importante da sua vida?
NT: Foi quando entendi que as histórias dos livros podem ser ficção, mas nem por isso deixam de ser reais – muito pelo contrário! A literatura me inspira a encontrar a melhor versão de mim mesma e, assim, quem sabe, contribuir para que o mundo seja um pouquinho melhor. É ela que me traz tantas respostas, ao mesmo tempo em que nunca permite que eu pare de perguntar e questionar. Em muitos momentos, as histórias são uma válvula de escape, uma pausa da realidade às vezes tão difícil. Mas as dores, as alegrias e os aprendizados que vivenciamos nas páginas de um livro são verdades que levaremos para sempre dentro de nós <3
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2 Comentários
Isabela
8 de março de 2022 às 20:26
Isabela
8 de março de 2022 às 20:26
Amo acompanhar a Nádia! Um gosto trevoso igual ao meu e ótimas indicações! haha Já amava a Darkside, mas li diversos livros a mais por indicação dela! ❤️