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8 Curiosidades sobre Toni Cade Bambara

Autora de Gorila, meu Amor era uma importante ativista

24/03/2023

Toni Cade Bambara é uma das autoras mais inovadoras e audazes da literatura mundial. Em Gorila, Meu Amor, obra publicada pela marca DarkLove, ela narra diferentes histórias com vivências negras singulares, com a sensibilidade de quem conhece muito bem aquelas situações.

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Nascida em 25 de março de 1939, Toni cresceu em locais como o Harlem, o Queens e New Jersey, cercada de influências que definiriam os seus rumos tanto como escritora como ativista social. Ao longo de toda a sua vida, Bambara se envolveu em diferentes atividades e contribuiu com um mundo mais inclusivo. 

Em 1995 ela faleceu em decorrência de um câncer de cólon, mas seu legado permanece vivo nas páginas de seus livros e nas histórias imortais que contou. Conheça um pouco mais da vida extraordinária da autora:

1. Ela mudou o nome para honrar suas origens

O nome com que a escritora foi batizada ao nascimento era Miltona Mirkin Cade, mas aos 6 anos de idade ela decidiu que seu primeiro nome seria Toni. Mais tarde, já nos anos 1970, ela fez outra mudança no nome para incluir o sobrenome de um grupo étnico da África Ocidental: Bambara.

A escolha do novo sobrenome ocorreu após ela ter encontrado “Bambara” escrito como parte de uma assinatura em um caderno que ela encontrou entre os pertences de sua bisavó. Com o novo nome, Toni sentiu que representava “o acúmulo de experiências” com o qual ela finalmente tinha descoberto o seu propósito no mundo.

toni cade bambara

2. Queria ser médica e trabalhou em um hospital

Bambara frequentou o Queens College em 1954, onde a maioria dos universitários eram brancos. Inicialmente, ela planejava se tornar médica, mas sua paixão pelas artes a influenciaram a se formar em Letras.

Durante os anos 1960, ela chegou a trabalhar no serviço social de Nova York e também como diretora de recreação na ala psiquiátrica do Metropolitan Hospital.

3. Chegou a estudar na França e na Itália

Com uma vibrante vida universitária que se dividia entre literatura, dança e teatro, Toni Cade Bambara chegou a estudar por um tempo em Florença, na Itália, e em Paris, onde fez um curso de mímica. Ela conquistou seu master na Faculdade Municipal de Nova York em 1964.

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4. Além de escritora, foi documentarista e professora universitária

Já deu pra perceber que a mente fervilhante de ideias e sua paixão pelas diferentes manifestações artísticas jamais permitiriam que Bambara fizesse a mesma coisa por toda a vida, não é mesmo? Ela ensinou Inglês em programas voltados à população negra, foi assistente de professora da Universidade Rutgers, foi professora convidada de Estudos Afro-Americanos na Universidade Emory e na Universidade de Atlanta, onde também lecionou na Escola de Serviço Social. 

Bambara também foi produtora residente em centros de arte universitários. A partir de 1986, ela deu aulas de roteiro para filmes na Filadélfia e também conduziu palestras e leituras na Livraria do Congresso e no Instituto Smithsonian.

Toni Cade Bambara editou livros até publicar a primeira coletânea de autoria própria: Gorila, Meu Amor. Ela continuou publicando histórias próprias e em 1980 lançou seu primeiro romance Os Comedores de Sal, que recebeu o American Book Award. Nos anos 1980, ela se concentrou na escrita de roteiros e produções televisivas com mensagens sociais.

gorila meu amor

5. Foi uma importante ativista do feminismo negro

Bambara trabalhava com comunidades negras para fomentar ideias como feminismo e consciência negra. Conforme ela se tornou parte do corpo docente do City College, trabalhou para que a instituição fosse mais inclusiva. Para isso, ela queria que mais disciplinas fossem criadas, como um curso de nutrição que ensinasse aos alunos mais sobre suas culturas. Bambara também trabalhou para que o ambiente acadêmico fosse mais inclusivo através de ementas que abordassem problemas políticos e sociais na comunidade e em suas culturas.

Além disso, a autora participou em diversas comunidades e organizações ativistas. Seu trabalho influenciou os movimentos dos direitos civis e de nacionalismo negro nos anos 1960. Uma dessas organizações foi a Black Arts Movement, além de toda a sua contribuição em prol do feminismo negro.

6. Viajou para Cuba e Vietnã em tempos conturbados

Na primeira metade dos anos 1970, ela arriscou viajar para países como Cuba e Vietnã — lembrando que nessa época os dois países tinham sérias disputas políticas com os Estados Unidos. O objetivo das viagens era estudar como as organizações políticas de mulheres funcionavam

Essas experiências foram colocadas em prática no fim dos anos 1970 quando se mudou com a filha para Atlanta, onde Bambara foi uma das fundadoras do Coletivo Sulista de Escritoras Afro-Americanas.

7. Era fortemente inspirada pela cultura de rua de Nova York

Em suas obras literárias, ela se inspirou na cultura das ruas de Nova York, principalmente graças à sua experiência dando aulas de “garveyistas, muçulmanos, pan-africanistas e comunistas tendo como pano de fundo e a cultura do jazz”. Sua antologia The Black Woman [A mulher negra] foi a primeira coletânea feminista focada em mulheres afro-americanas.

Em Gorila, Meu Amor, ela reuniu quinze contos narrados em primeira pessoa e escritos com o ritmo e a oralidade das comunidades negras. As personagens das histórias refletem o comportamento de Bambara, descrito como “dramático, frequentemente extravagante, com uma propensão para emoções autênticas”.

8. Foi influenciada por artistas de jazz

Como uma boa entusiasta das artes, a música também era parte importante da vida de Toni Cade Bambara e acabou influenciando o seu trabalho. Amante do jazz moderno, a escritora se inspirou nas músicas de Sun Ra e John Coltrane, que forneceram um modelo estrutural e estético para a sua escrita. 

Essa influência é perceptível no trabalho da escritora quando ela desenvolve situações não lineares, que se constroem tal qual as improvisações de uma melodia. O recurso era utilizado por Bambara para focar no personagem e na construção de um senso de lugar e atmosfera.

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Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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