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A psicologia por trás do medo de casas mal-assombradas

Hell House mergulha na tradição de mansões assustadoras

27/10/2021

Lar é onde a sua assombração de estimação está. Pelo menos é isso o que aprendemos em séculos de histórias de casas assustadoras. Hell House: A Casa Infernal integra este cânone de mansões repletas de espíritos, fantasmas e maldições, e agora faz da DarkSide® Books o seu novo lar através da coleção Dark House.

LEIA TAMBÉM: DARK HOUSE: UMA COLEÇÃO DE CASAS DIABOLICAMENTE ASSOMBRADAS

A trama de Richard Matheson se passa na imponente Mansão Belasco, que há décadas desafia todos os que ousam desvendar seus segredos. Ela é o destino de quatro membros de uma equipe investigativa, que foram convocados por um milionário determinado a derrotar as presenças malignas do imóvel.

Tema clássico das histórias de terror, casas assombradas nos intrigam tanto na ficção como na realidade. Em algumas partes do mundo, imóveis conhecidos como amaldiçoados já viraram até atração turística, atraindo milhares de visitantes todos os anos. Mas afinal, o que essas casas têm que causam tanto fascínio?

Gatilhos mentais de casas mal-assombradas

Do ponto de vista psicológico, as características destas horripilantes mansões desencadeiam sensações de pavor porque ativam gatilhos no nosso cérebro, que já existiam muito antes de construirmos casas. Estes alarmes são mecanismos importantes que nos ajudam a identificar perigo potencial e a evoluir com cautela.

Elas causam tantos arrepios não por serem uma ameaça, mas justamente pela nossa incerteza sobre esta tal ameaça. Casas foram concebidas para servirem de abrigo, são personalizadas de acordo com o nosso gosto e nossas necessidades, são o nosso porto seguro. Encará-las como um perigo manda mensagens conflitantes para o nosso cérebro e é justamente esta incerteza o que nos deixa vigilantes.

A psicologia evolutiva explica que estes mecanismos de atenção existem para nos proteger de predadores e inimigos. Por exemplo, você está andando sozinho por um parque à noite e ouve um barulho que não consegue identificar prontamente. Você fica mais atento, seus batimentos se aceleram e os níveis de adrenalina sobem. Mesmo sem saber se o som significa um perigo real ou um gato subindo numa árvore, você está pronto para fugir ou lutar

Créditos: Shutterstock

Se o barulho não representar uma ameaça real, você não perde muito pelo susto. Porém, se este mecanismo falhar diante de um predador ou um perigo de verdade, as consequências são bem piores. Na dúvida, apavore-se.

E casas podem despertar vários gatilhos, principalmente as mais antigas e rudimentares. Elas são repletas de rangidos de madeira, silvos de vento passando pelas janelas, cortinas voando como fantasmas, ecos, sons de água passando pela tubulação e pontos frios. 

LEIA TAMBÉM: POR QUE MANSÕES VITORIANAS PARECEM MAL-ASSOMBRADAS?

Mas há três características principais que ajudam a ligar os sinais de alerta do cérebro:

Sensação de armadilha: as pessoas se sentem desconfortáveis quando percebem que o seu espaço foi violado de alguma maneira, mas principalmente quando nos sentimos presos, sem a possibilidade de fugir de determinado local. Este desconforto é um sintoma do nosso hábito quase inconsciente de mapear o lugar onde estamos e sempre encontrar uma possível saída. E é isso o que torna aquelas casas isoladas, no topo de montanhas, tão assustadoras: sair dali não é uma tarefa fácil.

“Um útero com vista”: a estranha definição partiu do arquiteto Randolph Hester e significa o local que o ser humano considera ideal: um que tenha refúgio e ao mesmo tempo permita ver o que acontece lá fora. Infelizmente as casas assombradas são uma péssima combinação de pouca visão para o exterior e um refúgio que mais se parece com uma armadilha. Outra característica que consideramos assustadora em um ambiente é a forma com que ele é organizado, quanto mais fácil se perder ali, mais perigoso ele se torna. Por isso, as tradicionais casas assombradas são repletas de esconderijos, passagens secretas e cômodos inacessíveis.

Histórico do imóvel: a maioria das casas mal-assombradas tem algum tipo de lenda relacionada a ela. Alguma morte violenta, acidente mal explicado ou a clássica construção sobre um cemitério. Quanto mais antiga a casa, mais possibilidades de eventos horripilantes terem acontecido ali.

Medo recreativo: O prazer de se assustar

Apesar dos calafrios que elas rendem, casas assombradas permanecem um sucesso por uma razão bem simples: nós gostamos disso. Gostamos desta sensação de sentimentos em conflito. É mais ou menos como praticar esportes radicais, gostamos da adrenalina provocada por elas.

Um estudo publicado no periódico Emotion comprovou a satisfação resultante do medo. Foram estudadas 262 pessoas que visitaram uma atração turística que simula uma casa mal-assombrada. Ao fim da visita, metade delas relatou ter melhorado o humor. A maioria delas afirmou se sentir alegre durante a experiência na casa, enquanto algumas disseram que se sentiram mais cansadas e ansiosas.

No experimento, também foram monitoradas as atividades cerebrais dos participantes durante a realização de tarefas como desenhar, fazer contagens regressivas e olhar imagens – isso foi feito antes e após a visita à casa. Foi observado que a experiência assustadora diminuiu a atividade cerebral.

Mas isso não é algo negativo, muito pelo contrário. Esta diminuição pode significar que as pessoas estavam processando as informações com mais eficiência ou que estavam em um estado de maior relaxamento

Em um mundo com tanta correria e multitasking, talvez ler um livro ou assistir a um filme de terror seja uma ótima opção para dar aquela relaxada no fim do dia – a não ser que você more em uma casa mal-assombrada, é claro.

LEIA TAMBÉM: 7 FILMES DE TERROR COM CASAS ASSOMBRADAS

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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