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6 Mulheres pioneiras do terror que você precisa conhecer

Criadoras e criaturas que tornaram o mundo mais aterrorizante

19/04/2022

Mulheres sempre fizeram parte do gênero terror. E nem estamos falando das scream queens, atrizes que foram imortalizadas pelo gênero como Janet Leigh, Jamie Lee Curtis, Neve Campbell e Samara Weaving. Há séculos escritoras, roteiristas, diretoras e artistas contribuem com o terror com uma visão única para o gênero.

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Sim, elas não são apenas vítimas ou vilãs dessas histórias: seu protagonismo também acontece nos bastidores, por mais que nem sempre os créditos apareçam. Antigamente, escritoras de terror frequentemente assinavam com algum pseudônimo masculino ou com nomes de gênero neutro, para que os leitores não soubessem que aquela história assustadora havia saído da mente fértil de uma mulher. Já pensou o escândalo?

Com o tempo e a gradativa evolução da sociedade (que ainda tem muito chão pela frente, a gente sabe) alguns nomes se tornaram mais conhecidos e receberam os devidos créditos, ainda que tardiamente e com uma repercussão restrita aos aficionados da área. Isso não significa, é claro, que escritoras e cineastas não enfrentem preconceito ao contar histórias horripilantes.

Para inspirar mais mulheres a participarem dos bastidores do terror, a Caveira separou uma lista assustadoramente poderosa de escritoras, artistas e cineastas que foram e são verdadeiras pioneiras do gênero. Sente só o poder:

1. Milicent Patrick

A artista plástica foi uma das primeiras animadoras da Disney e trabalhou na concepção visual da Criatura em O Monstro da Lagoa Negra, um dos filmes da era de ouro dos monstros da Universal Studios. Para capitalizar em cima do seu trabalho, o estúdio a enviou em uma turnê de divulgação do filme.

Créditos: Universal International

Porém, essa visibilidade incomodou o chefe do departamento de maquiagem, Bud Westmore. Além de ter tirado completamente o nome de Milicent dos créditos do filme, substituindo-a por ele próprio, a artista foi demitida assim que retornou da turnê. Durante anos essa importante contribuição passou anônima, até que Mallory O’Meara contasse a história no livro A Dama e a Criatura, publicado pela DarkSide® Books.

2. Elizabeth Gaskell

Romancista, contista, biógrafa e vitoriana macabra. Elizabeth Gaskell teve a infância marcada pela morte: perdeu a mãe e seis dos sete irmãos. Após seu casamento aos 22 anos e a mudança para Manchester ainda perdeu dois filhos, o que a inspirou a escrever seu primeiro romance.

Créditos: The History Collection / Alamy

Com uma carreira marcada por poemas, contos, livros de não ficção, artigos e até uma biografia sobre a família Brontë — ela era melhor amiga de Charlotte —, Elizabeth Gaskell também dedicou seu talento a histórias de terror, como “O Conto da Velha Ama”, que está na antologia Vitorianas Macabras. A história publicada em 1852 traz a visão de uma velha ama que recorda acontecimentos sinistros de sua juventude em uma mansão assombrada por eventos do passado.

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3. Margaret Brundage

Embora a ascensão das revistas pulp tenha sido dominada por autores como H. P. Lovecraft e Robert Bloch, foi uma mulher que definiu a estética de uma das publicações mais influentes do gênero. Margaret Brungate, que começou a carreira como uma ilustradora de moda para jornais, passou a ilustrar a revista Weird Tales em 1933.

Créditos: chicagology.com

Ela foi originalmente contratada pelo editor Farnsworth Wright para produzir ilustrações para a revista de aventuras Oriental Stories, mas não demorou muito para que fosse escalada para a Weird Tales, a mais popular da editora. Ao todo, ela foi responsável por 66 ilustrações de capa entre 1933 e 1945.

4. Nia da Costa

Sim, é possível ser uma pioneira do terror mesmo nos dias de hoje. Nia da Costa fez história em 2021 quando se tornou a primeira diretora negra a ter um filme que estreou em primeiro lugar nas bilheterias norte-americanas. A produção em questão foi A Lenda de Candyman, sequência inspirada na adaptação de 1992 de Candyman, conto de Clive Barker (que também foi publicado pela DarkSide®). 

Créditos: Getty Images

Além de dirigir o longa, Nia da Costa assina o roteiro, ao lado de Jordan Peele e Win Rosenfeld. O faturamento da estreia de A Lenda de Candyman foi de 22 milhões de dólares (lembrando que isso ocorreu em tempos de pandemia), o que praticamente cobriu os custos da produção. 

5. Mary Shelley

Filha da famosa autora feminista Mary Wollstonecraft, Mary Shelley teve a vida assombrada pela perda precoce da mãe, apenas alguns dias após o parto, e pela morte de alguns de seus filhos. Ela conhecia o terror de perto e juntou isso ao seu interesse por ciência para escrever Frankenstein, considerada uma das primeiras e mais influentes obras de ficção científica.

Créditos: Richard Rothwell / Imagem de domínio público

Mas não apenas isso, Mary foi pioneira ao misturar a ciência com o terror, abrindo caminho para que outros autores fizessem o mesmo, criando um subgênero de identidade própria. Embora inicialmente, em 1818, ela não tenha se identificado como autora da obra (afinal, não era de bom tom uma dama escrever tal tipo de história), hoje a reconhecemos como uma das escritoras mais influentes do terror.

6. Thea von Harbou

Um dos maiores clássicos do Expressionismo alemão no cinema é Metrópolis, fortemente associado ao cineasta Fritz Lang, que dirigiu o filme. O que nem todo mundo sabe é que foi Thea von Harbou, esposa de Lang, que escreveu o livro original e também foi responsável pelo roteiro, em parceria com o cineasta.

Créditos: Becker & Maass / Imagem de domínio público

Mais do que a criadora da trama, Thea foi fundamental na produção do filme, e não apenas no set. Harbou chegou até a ajudar a preparar as refeições do elenco e da equipe de produção. Uma mulher multitarefa que todos deveriam conhecer melhor.

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Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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