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5 Assassinas em série pouco conhecidas

Entre na mente das psicopatas em Lady Killers

10/05/2023

Desafiando a noção de que serial killers possuem exclusivamente representantes do sexo masculino, Tori Telfer reuniu uma coleção de assassinas letais e cruéis em Lady Killers. Além de uma infame galeria de mulheres homicidas, o livro traz uma análise sobre as noções da sociedade em relação a elas — muitas que demoraram para ser descobertas justamente porque seus crimes eram atribuídos a homens.

LEIA TAMBÉM: OS 6 PRINCIPAIS MITOS SOBRE SERIAL KILLERS

Algumas delas já são bem conhecidas do público. A condessa Elizabeth Bathory inspirou personagens da ficção por seus hábitos sanguinários, Aileen Wuornos teve sua história contada em um filme de Hollywood, além de outros nomes familiares, como Mary Ann Cotton e Darya Saltykova

A marca Crime Scene já possui até uma coleção própria que traz os perfis criminais destas assassinas, com obras como Lady Killers Profile: Belle Gunness e Veneno: Anjo de Bremen, uma graphic novel sobre a envenenadora Gesche Gottfried.

belle gunness

A Caveira se aprofundou nos arquivos de Lady Killers e trouxe uma lista com assassinas em série pouco conhecidas. Algumas delas com casos bem recentes. Espia só:

1. Heloísa Borba Gonçalves

O Brasil não escapa de ter a sua própria galeria infame de assassinos em série de ambos os sexos, como Ilana Casou nos mostrou em Arquivos Serial Killers: Made in Brazil. A gaúcha Heloísa Borba Gonçalves entra na categoria das assassinas viúvas-negras, em alusão às venenosas aranhas que matam os machos quando eles não têm mais utilidade.

Em 1971, quando Heloísa tinha apenas 21 anos de idade, seu amante morreu em um misterioso acidente de carro. Seis anos depois, quando ela estava casada com um advogado, observou seu marido levar cinco tiros em um suposto assalto — ele sobreviveu e a acusou de ter tentado matá-lo. Em 1983, em um novo casamento, seu marido foi assassinado apenas cinco meses após a união. Entre 1985 e 1990 Heloísa se casou com outros três homens simultaneamente — todos eles foram assassinados entre 1991 e 1992.

heloísa borba gonçalves
IstoÉ/Reprodução

Outras três mortes de homens se seguiram a estes homicídios. A mulher acumulou um patrimônio de mais de R$ 20 milhões com as mortes dos maridos e até hoje é uma das foragidas mais perigosas e procuradas do país.

LEIA TAMBÉM: LADY KILLERS PROFILE: SAIBA QUEM FOI BELLE GUNNESS

2. Dagmar Overbye

Se assassinas em série já são pouco comuns, imagine uma vinda da Dinamarca, um país conhecido pela sua segurança. Mas Dagmar Overbye desafia todas as nossas noções. Por meio de anúncios de classificados no jornal e de conversas que entreouvia, ela pegava bebês de mães pobres e os matava no início do século XX, livrando-se das evidências.

Seus crimes viraram caso de polícia quando, após ter pegado um bebê que supostamente seria colocado para adoção, a mãe se arrependeu no dia seguinte. Karoline Aegesen procurou Dagmar, mas a criminosa disse que a criança já havia sido adotada. A mãe desconfiou e chamou a polícia, que descobriu rastros dos desumanos crimes da assassina e a indiciou por múltiplos homicídios. 

dagmar overbye
Murderpedia/Reprodução

Ela confessou ter matado dezesseis bebês, mas na época os investigadores acreditavam que o número poderia chegar a 25, incluindo os próprios filhos da serial killer. Condenada, Dagmar Overbye morreu na prisão em 1929.

3. Juana Barraza

Um dos casos mais recentes abordados em Lady Killers, Juana Barraza começou a assassinar mulheres idosas em 2003 na Cidade do México, mas somente dois anos depois a polícia admitiu que havia um assassino em série em ação. Inicialmente, a investigação procurou um serial killer homem, cogitando até a possibilidade de o criminoso se travestir. 

Conhecida como “A Dama Silenciosa”, Juana Barraza foi entregue aos 12 anos de idade pela mãe a um homem que abusava sexualmente dela. Adulta, caçava suas vítimas em locais públicos, oferendo ajuda a senhoras idosas para carregar as compras até a casa delas ou oferecendo serviços domésticos. Também fingiu ser enfermeira e assistente social. Uma vez na casa destas senhoras, ela as estrangulava com o objeto tivesse à disposição.

juana barraza
Divulgação

Barraza foi capturada em 2006 e condenada a 759 anos por 49 assassinatos. É provável que o fato de ser mulher tenha atrasado a sua prisão, uma vez que os policiais estavam focados em um assassino do sexo masculino.

4. Leonarda Cianciulli

Uma esposa de coração grande, uma dona de casa eficiente, uma anfitriã receptiva a visitas, uma mãe protetora e uma cruel assassina em série: tudo isso poderia ser dito da italiana Leonarda Cianciulli. Marcada pelas palavras de uma cigana que disse que seus filhos iriam morrer, Leonarda engravidou dezessete vezes, mas sofreu três abortos e dez de seus filhos morreram ainda pequenos, restando quatro sobreviventes.

Em 1939, com a iminência da Segunda Guerra Mundial, Leonarda não queria que seu filho mais velho fosse convocado para o conflito e acreditou que evitaria isso por meio de sacrifícios humanos. A forma com que ela se livrava dos corpos envolvia utilizar a matéria para fabricar sabão e até mesmo fazer massa de bolos — que eram servidos e comidos por ela, seu filho e suas convidadas.

leonarda cianciulli

Cianciulli costumava vender os pertences das vítimas, o que começou a levantar suspeitas. Quando confrontada, ela confessou seus crimes e foi condenada a trinta anos de prisão. A assassina foi enviada a um hospital psiquiátrico, onde permaneceu por 24 anos até sua morte, em 1970.

5. Dorothea Puente

Vários psicopatas perigosos já atuaram no estado norte-americano da Califórnia, como Charles Manson e Richard Ramirez. Mas nenhum deles foi tão capaz de enganar as autoridades quanto Dorothea Puente. Escondendo-se na aparência de uma simpática vovó, ela compartilhava com John Wayne Gacy o hábito de enterrar suas vítimas no próprio terreno.

Em 1982, aos 53 anos de idade, Dorothea abriu a sua casa para homens idosos e deficientes em busca de moradia. Por um tempo ela cuidava muito bem deles, até decidir matá-los com uma overdose de drogas, enterrar seus corpos no quintal e descontar seus cheques da assistência social do governo. 

dorothea puente
Getty Images

Dorothea seguiu cometendo seus crimes até 1988, quando a polícia tocou a campainha de sua casa para saber o que ela “plantava” no quintal. Mesmo com a descoberta de oito cadáveres, a polícia ainda não acreditava que ela era a responsável por aquelas mortes, tanto é que, enquanto eles escavavam seu quintal, ela saiu pela porta da frente alegando que iria comprar café para eles… e sumiu. Foragida, foi denunciada por um senhor que tentou cortejar em um bar e acabou detida e condenada à prisão perpétua em 2004. Dorothea Puente faleceu na prisão em 2011, aos 82 anos. 

LEIA TAMBÉM: 5 FILMES PARA QUEM ADOROU LADY KILLERS

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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