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5 Lições valiosas de O Jardim Secreto

Obra de Frances Hodgson Burnett encanta leitores de todas as idades

21/02/2025

O que três crianças em uma isolada propriedade inglesa podem nos ensinar sobre coragem, companheirismo e o encanto do mundo? Segundo Frances Hodgson Burnett, muito mais do que você imagina. Em 1911, a autora presenteou o mundo com O Jardim Secreto, uma história doce e delicada sobre o poder transformador da magia, da natureza e da amizade.

E agora a fábula de Hodgson ganhou ainda mais vida com a arte de Maud Begon na graphic novel de O Jardim Secreto. Esta magnífica adaptação captura a crueldade e a gentileza do romance, ao mesmo tempo em que revive o charme da história.

Capaz de tocar os corações desde crianças até os adultos mais maduros, O Jardim Secreto é uma história atemporal, que encantou e continua fascinando diferentes gerações de leitores. Muito disso se deve às lições valiosas que aprendemos com seus personagens. Confira algumas delas e inclua esta joia na sua coleção:

1. Temos muito a aprender com as crianças

Aqui um dos nossos principais exemplos é Dickon, que fazia amizade com os animais e se importava com eles da mesma maneira que fazia com sua mãe, irmãos e amigos. Ele acreditava tanto no lado bom da vida que ele acabou se tornando exatamente isso: mesmo sendo um garoto pobre que vivia no chalé da propriedade, Colin e Mary o consideravam uma pessoa “mágica” e queriam ser como ele.

Dickon traz muitos dos valores comuns às crianças, uma despreocupação genuína sobre precisar dar sempre a sua melhor versão, ou até mesmo com o futuro. As crianças, assim como o personagem, vivem o momento e só se importam com aquilo que lhes traz alegria. Você consegue se lembrar como era viver somente para rir e brincar?

A responsabilidade da vida adulta vem carregada de preocupações com o futuro, ao ponto de nos esquecermos de aproveitar o presente. O Jardim Secreto tem um exemplo bem prático disso: no dia em que Mary e Colin decidem deixar de lado seus pensamentos ansiosos, eles saem e se encontram em um belo jardim escondido. Lá, eles só conseguem pensar em coisas boas, e é assim que a mágica acontece.

2. Você é capaz de qualquer coisa se deixar seus medos para trás

Isso foi algo que Dickon disse a Colin quando ele quis levantar e andar, após ter permanecido por um longo período na cadeira de rodas. De fato, não havia nenhum problema com as pernas do menino, mas ele sempre acreditou que elas eram fracas demais para fazer qualquer coisa e tinha medo do que poderia acontecer se decidisse usá-las.

Não só Colin foi capaz de se levantar dentro do jardim secreto, como acabou conseguindo andar. Isso lhe deu muito mais confiança para acreditar em si mesmo e o fato foi visto por ele e pelos demais como uma espécie de mágica.

3. Acredite na mágica que nos cerca

Falando em mágica, O Jardim Secreto é um convite a acreditar na magia que existe ao nosso redor, principalmente por meio da figura de Dickon. Só que a mágica do menino não era a dos moldes das histórias fantásticas, ela consistia na sua capacidade de se comunicar com pássaros, raposas, esquilos e outros animais. Dickon também tinha uma habilidade extraordinária com plantas — algo que as nossas bruxas naturais do mundo real conhecem muito bem.

Mary e Colin ficavam impressionados com o que Dickon era capaz de fazer, mas não se davam conta de que não havia nada sobrenatural nisso: eles também possuíam algum tipo de magia dentro de si. Foi o otimismo de Mary que inspirou Colin a sair de casa e a mudar sua crença em uma “morte iminente”. A própria transformação de Colin de um menino mimado e pessimista para um garoto confiante e otimista foi vista pelos demais como se ele tivesse despertado a mágica que havia dentro de si.

4. A curiosidade alimenta nossa mente

Já parou pra pensar o que seria da ciência sem a curiosidade humana? Se não quiséssemos entender como funciona o universo à nossa volta? Em uma escala menor, Mary é um ótimo exemplo de como sua curiosidade ajudou a manter sua mente sadia mesmo em circunstâncias tão desafiadoras, como viver órfã, longe de tudo e de todos.

Sua curiosidade ficou ainda mais aguçada quando ela soube da existência do jardim secreto. Ela queria muito encontrá-lo. Ela acreditou tanto que poderia encontrá-lo, que acabou encontrando mesmo. E sabe o que é melhor nisso tudo? Nada de ruim aconteceu com ela por querer encontrar o local. Mary e seus amigos devolveram a vida ao jardim, e consequentemente a si próprios. Aqui a curiosidade não matou o gato.

5. Você gostaria da pessoa que você é?

Ok, essa é mais uma reflexão do que uma lição, mas é um questionamento que a mãe de Dickon faz à sua filha Martha quando ela costumava reclamar de outras pessoas. Afinal, se você se conhecesse do ponto de vista de outra pessoa, gostaria da sua companhia?

A resposta para essa pergunta exige certa dose de empatia e de reconhecer que não é certo julgar os outros somente por suas ações porque você também possui seus defeitos. Em tempos de vidas editadas nas redes sociais, é sempre importante lembrar que não sabemos tudo que o outro está passando, e por isso não é nosso papel fazer julgamentos.