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11 Assassinos reais que inspiraram O Colecionador de Monstros

Thriller se inspirou no true crime

14/05/2025

Não é de hoje que predadores reais servem de inspiração para escritores e roteiristas criarem personagens assustadores e perturbadoramente verídicos. Ed Gein, por exemplo, inspirou obras como Psicose e O Silêncio dos Inocentes. Mas e quando vários assassinos viram referência, como uma espécie de coleção macabra do modus operandi de um criminoso?

Foi isso o que Sam Holland fez ao costurar a intrincada teia de crimes e investigações de O Colecionador de Ossos, um thriller psicológico perfeito para os investigadores da marca Crime Scene e que chega aos DarkSiders na terceira temporada do projeto especial E.L.A.S — Especialistas Literárias na Anatomia do Suspense.

Na trama, um serial killer está à solta, e seu ritual é tão perverso quanto rigoroso: reproduzir os métodos brutais dos assassinos mais infames da história. Seu objetivo? Construir a coleção perfeita. Cada crime, uma homenagem. Cada vida, um troféu.

Determinada a descobrir a verdade, a detetive Karen Elliott mergulha em um jogo mortal de pistas e mentiras. Obstinada e perspicaz, ela é a única capaz de enxergar além das aparências e confrontar o horror que se esconde nas sombras. O assassino frio e calculista, que constrói sua obra-prima de horror com precisão mórbida, parece estar sempre um passo à frente. Quanto mais Karen se aproxima dele, mais ela percebe que esse caso é pessoal — e que a caçada pode custar muito mais do que a justiça.

Mas quais são os criminosos que esse serial killer pretende homenagear? Conheça os casos estudados por Sam Holland para compor seu assassino em O Colecionador de Monstros:

1. O Estrangulador de Hillside

Esse foi o apelido dado ao misterioso assassino que atuou em Los Angeles entre outubro de 1977 e 1978. Eles sequestraram, estupraram, torturaram e estrangularam pelo menos dez jovens mulheres e meninas, deixando seus corpos nas colinas da região. A investigação descobriu não se tratar de um, mas de dois assassinos: os primos Kenneth Bianchi e Angelo Buono Jr.

2. Charles Manson e Família

O infame líder cultista da Família Manson também é um dos “monstros colecionáveis” do livro. Conhecidos por uma série de assassinatos na Califórnia em 1969, os membros do culto seguiam a doutrina manipuladora de Charles Manson, que pretendia iniciar uma guerra racial apocalíptica. O crime mais famoso foi o assassinato brutal da atriz Sharon Tate, grávida de oito meses, e de outras pessoas que estavam na casa, além do casal LaBianca. Detalhes sobre a mente perversa do assassino estão em Manson: A Biografia e no livro Helter Skelter, focado nos crimes e no julgamento do caso.

3. Ed Kemper

Também conhecido como “Assassino de Colegiais”, Ed Kemper atuou na Califórnia no início dos anos 1970, com uma série de assassinatos marcados pela brutalidade e também por atos de necrofilia. Ele começou matando seus avós aos 15 anos de idade. Após ser solto, Kemper matou dez mulheres, em sua maioria jovens universitárias, e também sua mãe, que ele assassinou e decapitou. Para abordar as vítimas, ele se valia de sua fala mansa — apesar dos mais de 2 metros de altura — e se passava por um caroneiro amigável. Ele se entregou após o assassinato da mãe.

4. O Estripador de Yorkshire

Fora dos Estados Unidos, Peter Sutcliffe assassinou brutalmente treze mulheres entre e tentou matar outras sete na Inglaterra entre os anos de 1975 e 1980. Conhecido como o “Estripador de Yorkshire”, o assassino atacava com golpes de martelo e depois mutilava os corpos de suas vítimas, muitas vezes com uma faca ou chave de fenda. Este caso também ficou conhecido por escancarar as graves falhas na investigação policial, incluindo o desprezo pelas vítimas — em sua maioria profissionais do sexo —, e a obsessão dos investigadores por uma carta falsa de um homem que se passava pelo assassino.

5. Jeffrey Dahmer

Um dos serial killers mais infames dos Estados Unidos dispensa apresentações — principalmente dada a recente visibilidade do caso na série de Ryan Murphy. Entre 1978 e 1991 o “Canibal de Milwaukee” cometeu dezessete assassinatos, com foco em jovens, em sua maioria, negros e imigrantes. Além de homicídio, seus crimes incluíam estupro, desmembramento, necrofilia e canibalismo. Um estudo completo deste caso está no livro Jeffrey Dahmer: Canibal Americano, de Daniel Cruz. O selo Crime Scene possui outras duas obras com abordagens mais pessoais do caso, de quem conviveu com o assassino: Meu Amigo Dahmer, graphic novel de Derf Backderf, que estudou com Dahmer, e Meu Filho Dahmer, escrito pelo pai dele, Lionel.

6. Bruce George Peter Lee

Entre 1973 e 1979, Bruce George Peter Lee teria sido responsável por mais de onze incêndios, que teriam resultado em 26 mortes — apesar de ele ter confessado esses números, a sua veracidade é questionada. O modus operandi do incendiário e assassino em série envolvia atear fogo em casas durante a madrugada, muitas vezes enquanto as vítimas estavam dormindo. Inicialmente vistos como acidentes ou atos isolados, os incêndios só foram ligados a Lee após sua prisão e confissões detalhadas.

7. O Assassino de Golden State

Considerado um divisor de águas na criminalística e no uso da genética forense, o caso do “Assassino de Golden State” envolve uma série de treze assassinatos, cinquenta estupros e cerca de 120 invasões domiciliares em diversas regiões da Califórnia entre 1974 e 1986. Por muito tempo, acreditou-se que a autoria era de vários criminosos, até que, décadas depois, foi identificado um único autor: Joseph James DeAngelo. Ele costumava invadir casas à noite, muitas vezes amarrar casais, abusar sexualmente das vítimas e depois desaparecer sem deixar rastros. O caso só foi solucionado em 2018 graças a um teste de DNA genético investigativo feito a partir de bancos de dados genealógicos. DeAngelo era um ex-policial e foi condenado à prisão perpétua em 2020.

8. O Assassino do Zodíaco

Um dos casos mais misteriosos e conhecidos, principalmente graças às referências na cultura pop, o “Assassino do Zodíaco” atuou no norte da Califórnia entre 1968 e 1969, embora tenha reivindicado outros crimes. O que mais chamou a atenção para este caso foi sua comunicação com a mídia e a polícia por meio de cartas cifradas. O “Zodíaco” buscava notoriedade e zombava das autoridades em suas correspondências. Outro motivo que torna este caso tão comentado é o fato de a identidade do assassino nunca ter sido oficialmente confirmadas, embora vários nomes já tenham sido fortemente considerados.

9. Gary M. Heidnik

Heidnik chocou os Estados Unidos ao manter mulheres em cativeiro em seu porão na Filadélfia entre 1986 e 1987. No total, ele sequestrou seis mulheres, todas negras, com a intenção de criar uma espécie de “harém” e gerar filhos com elas. Duas morreram: uma de desnutrição e outra assassinada e desmembrada por Heidnik. Ele as mantinha acorrentadas e alimentadas com ração de cachorro ou restos humanos. Foi descoberto quando uma das mulheres conseguiu escapar e alertou a polícia. O caso é estudado em detalhes no livro Heidnik Profile: Cordeiro Assassino e serviu como uma das inspirações para o assassino Buffalo Bill de O Silêncio dos Inocentes.

10. Harold Shipman

Também conhecido como “Dr. Morte”, Harold Shipman foi possivelmente um dos serial killers com o maior número de vítimas no Reino Unido. Atuando como médico clínico geral entre 1975 e 1998, ele assassinou pelo menos 215 pacientes. Suas vítimas eram em sua maioria mulheres idosas, assassinadas com injeções letais de morfina e cujos atestados de óbito — assinados por ele, claro — apontavam causas naturais. Seu modus operandi permitiu que ele atuasse por anos sem chamar a atenção, mas o assassino foi pego após falsificar o testamento de uma paciente.

11. Robert Hansen

Entre 1971 e 1983 este serial killer aterrorizou a cidade de Anchorage, no Alasca. Levando uma vida aparentemente comum, Robert Hansen sequestrava mulheres, levava-as em seu avião particular para a floresta e as caçava como animais: libertando-as para depois persegui-las com rifle e faca. Acredita-se que ele tenha estuprado e assassinado entre 17 e 21 mulheres, enterrando seus corpos em locais remotos. O caso inspirou o filme Sangue no Gelo, estrelado por Nicolas Cage e John Cusack.