Emily Brontë pode até ter escrito somente um romance solo em toda a sua carreira, mas seu trabalho ressoa nas telonas até os dias de hoje. O Morro dos Ventos Uivantes foi adaptado pela primeira vez há um século, quando o cinema ainda nem era falado. Desde então, vários cineastas, de diversos países, trouxeram sua visão para o épico triângulo amoroso da trama da autora.
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A seguir, listamos 11 destas produções que ajudam a manter O Morro dos Ventos Uivantes uma obra atemporal e multifacetada:
Acredita-se que esta tenha sido a primeira adaptação cinematográfica da obra de Emily Brontë. Filmado ainda com a técnica de cinema mudo, o longa tem 1h30 de duração e cobre toda a trajetória narrada no livro. O filme estrelou os principais atores britânicos da época, porém, não se sabe se ainda existem cópias do filme.
A versão de William Wyler para as telonas é a adaptação cinematográfica de O Morro dos Ventos Uivantes mais lembrada até hoje. Apesar de as gravações terem sido marcadas por um clima tenso e muitos desentendimentos, o filme se tornou um clássico e levou o Oscar® de Melhor Fotografia em Preto e Branco naquele ano. Foi esta versão que inspirou a cantora Kate Bush a escrever sua música “Wuthering Heights”. O longa não cobre a história completa de Brontë.
O diretor espanhol Luis Buñuel acrescentou seu olhar sobre a obra de Emily Brontë e deu uma nova cara a ela. Escravos do Rancor é uma adaptação parcial de O Morro dos Ventos Uivantes, ambientada no México do século 19.
Na década de 1960 a história de Emily Brontë alcançou Bollywood. Apesar da história ter a essência do original, vários nomes e lugares do livro foram alterados para se aproximar das audiências indianas. O filme de 1939 de William Wyler foi a principal inspiração para o diretor A.R. Kardar e Dil Diya Dard Liya inspirou vários outros filmes do país depois de seu lançamento.
Apesar da tradução do título para português ter ficado diferente, esta versão conta a mesma história escrita por Emily Brontë, mantendo os personagens originais. É a adaptação que mais explora a possibilidade de Heathcliff ser um filho ilegítimo de Earnshaw, trazendo uma problemática possibilidade de incesto com Catherine.
Versão francesa de O Morro dos Ventos Uivantes, sob a direção de Jacques Rivette. Apesar da fidelidade ao plot de Brontë, traz algumas mudanças nos nomes e até mesmo na abordagem psicológica da trama. O roteiro deixa ainda mais difusas as percepções das personagens sobre o que é real e o que não é.
O melodramático triângulo amoroso de Emily Brontë chegou até as telonas do Japão com Arashi ga oka. A história adaptada de Yoshishige Yoshida narra a trajetória de um casal profano que entra em uma comunidade. Em determinado momento, eles são expulsos desta comunidade pelo seu caráter marginal.
O cinema filipino normalmente é caracterizado por seu forte apelo comercial às audiências locais, mas esta versão de O Morro dos Ventos Uivantes conseguiu fugir um pouco da regra. Em essência, a adaptação é considerada bem fiel ao original, com apenas alterações necessárias de nomes e cenário para melhor se conectar ao público local.
De volta à Inglaterra, esta nova adaptação de O Morro dos Ventos Uivantes marcou a estreia de Ralph Fiennes no cinema, no papel de Heathcliff. O título original do longa incluiu o nome de Emily Brontë para evitar um processo da Samuel Goldwyn Co. (que mais tarde integrou a MGM), que detinha os direitos do título pelo filme de 1939. Além de Fiennes, esta versão de Peter Kominsky é estrelada por Juliette Binoche no papel de Catherine e de sua filha.
Em uma produção conturbada, com muitas trocas de diretores e de elencos, esta relativamente recente adaptação do romance de Emily Brontë chegou a cogitar nomes de atores como Natalie Portman, Jessica Alba, Michael Fassbender e Henry Cavill, mas acabou com atores menos badalados no elenco. A história é abreviada em relação ao original, eliminando uma geração completa da trama. A produção chama a atenção por sua bela fotografia.
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8 Comentários
Carlos
31 de janeiro de 2021 às 03:21
Carlos
31 de janeiro de 2021 às 03:21
Para mim, o inesquecível é o de 1939. Não acho como assistir.
DarkSide
1 de fevereiro de 2021 às 13:30
DarkSide
1 de fevereiro de 2021 às 13:30
Alguns clássicos são realmente difíceis de encontrar.
Corina Mendes
13 de fevereiro de 2021 às 15:00
Corina Mendes
13 de fevereiro de 2021 às 15:00
Maravilhosa a capa da edição da DARKSIDE. Muito legal essa lista de filmes baseados ou inspirados no clássico. Gostaria de acrescentar ainda a versão inglesa de 1970, a primeira colorida, protagonizada por Timothy Dalton como Healhcliff antes de ser tornar mundialmente conhecido como 007. Outra curiosidade dessa versão é a atriz Anna Calder-Marshall como Cathy. O filho da atriz, o ator Tom Burke protagoniza desde 2017 a série C. B. Strike baseada nos romances de Robert Galbraith, pseudonimo de J. K. Rowling. O versão de O Morro dos Ventos Uivantes de 1970 tem ainda música de Michel Legran.
Em 1978, a BBC produziu mais uma versão inspirada no romance de Emily Bronte, dessa vez no formato de minissérie em 5 episódios, considerada a mais fiel ao livro.
Silma Pereira
31 de maio de 2021 às 17:26
Silma Pereira
31 de maio de 2021 às 17:26
O filme O Morro dos Ventos Uivantes de 1939, está disponível no YouTube, canal Domínio publico.
Sandro Lobo
29 de julho de 2022 às 18:47
Sandro Lobo
29 de julho de 2022 às 18:47
Há uma entrevista de Kate Bush dizendo que ela assistiu à série, e que foi a série mencionada pela internauta Corina Mendes que a inspirou a fazer sua belíssima canção. Depois de ter visto a série, ela resolveu ler o livro finalmente, em pesquisa. E só então compôs Wuthering Heights, que ela canta com aquela voz num agudo especial para dar um ar fantasmagórico ao eu lírico (palavras dela), e corresponder ao personagem de Brontë – que, vejam que curiosamente, nasceu no mesmo dia que Miss Bush, 140 anos antes.
Sonálya
10 de abril de 2023 às 16:20
Sonálya
10 de abril de 2023 às 16:20
preciso assistir,, netflix ou globoplay….pensem nisso….
Arhyadne
9 de julho de 2023 às 18:51
Arhyadne
9 de julho de 2023 às 18:51
Muito obrigada pela lista, ainda me falta ver algumas versões.
Esses dias assisti uma de 1998 que parece que foi feito na época direto para televisão e lembrei quando trabalhava em uma locadora de filmes que tinha uma versão produzida pela MTV, ambientando a história nos anos 2000 e pouco, se não me engano.
Douglas
24 de abril de 2024 às 16:59
Douglas
24 de abril de 2024 às 16:59
excelente artigo