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Como Tabitha King completou o livro Chamas Vivas

Autora finalizou obra iniciada por Michael McDowell

21/03/2024

Uma casa construída a quatro mãos, onde o gótico sulista dos Estados Unidos ganha vida nas sombras. Um manuscrito inacabado. Uma parceria que incendeia a imaginação. Chamas Vivas chega à DarkSide® Books com a união das mentes de grandes mestres do suspense e do terror: Michael McDowell e Tabitha King.

LANÇAMENTO: CHAMAS VIVAS, DE MICHAEL MCDOWELL E TABITHA KING

Ambos já são conhecidos dos DarkSiders. Tabitha King entrou para a família Dark com Pequenas Realidades, um suspense enervante e surpreendente. A autora, que é esposa de Stephen King, tem como marca registrada personagens cheios de camadas, descrições vivazes e histórias que discorrem sobre a natureza humana.

Michael McDowell estreou nas estantes da Caveira com Elementais, livro que faz parte da coleção Dark House, focada em residências diabólicas. O escritor é responsável por vários romances focados no gótico sulista dos Estados Unidos. McDowell também é conhecido por suas contribuições cinematográficas com Tim Burton, sendo um dos criadores dos universos de Os Fantasmas se Divertem e O Estranho Mundo de Jack.

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Amigo de longa data da família King, Michael McDowell também trabalhou no filme A Maldição, adaptado de um livro de Stephen. Chamas Vivas acabou não sendo finalizado pelo próprio autor, que faleceu em 1999.

Uma colaboração além da vida ganha forma

Várias centenas de páginas já tinham sido escritas por Michael McDowell, mas Chamas Vivas ainda era uma história inacabada no momento de sua morte. A missão de dar continuidade à narrativa chegou a Tabitha King através de Ralph Vicinanza, seu agente de direitos estrangeiros, que tinha sido abordada pela editora de McDowell, Susan Allison. Foi ela quem perguntou se a escritora estaria interessada em completar o trabalho inacabado do autor.

Antes disso, King nunca tinha visto o manuscrito ou falado com o autor a respeito da obra. Ainda assim, a autora não hesitou em assumir o projeto, pois não conseguia imaginar um desfecho melhor para dar continuidade ao livro do amigo.

A escritora ganhou carta branca para dar continuidade à história — com possibilidade de até mesmo modificar o que McDowell já havia escrito. Assim que recebeu o projeto, ela assumiu a postura de uma verdadeira colaboradora de Michael. “Ele era um escritor generoso, que colaborou com vários outros escritores ao longo da vida”, lembra Tabitha.

A imersão no universo criado por Michael McDowell

Antes de começar a escrever de fato, a autora leu tudo o que McDowell havia feito até então. Também pesquisou os cenários do romance: Nova Orleans, onde o assassinato ocorre, além de Tallassee, no Alabama, e Pensacola, na região da Flórida.

Como grande parte da história se passa no fim dos anos 1950 e início dos 1960, King buscou suas próprias memórias da época, relembrando os principais eventos e mudanças culturais do período. “Não exigiu muito de mim”, explica, “eu talvez tivesse uma vantagem injusta sobre Michael por realmente ter sido uma menininha em 1958.” Por outro lado, Tabitha não havia sido criada no Sul.

Assim que estava devidamente imersa na ficção, a escritora cedeu o controle à personagem, com a convicção de que, no fim das contas, a história sempre se origina em seus personagens. Segundo a autora, Michael McDowell não deixou anotações ou qualquer tipo de pista que indicasse um final fechado para a história, muita coisa ficava apenas no ar.

Como uma verdadeira colaboração literária de mestres, Chamas Vivas deve muito de seus mistérios e inquietações tanto a Michael McDowell, que criou seu enredo e universo, como a Tabitha King, que empregou toda a sua habilidade com as palavras para entregar a obra completa que os DarkSiders poderão conferir de perto.