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Conheça o cemitério Forest Lawn

Um dos maiores e mais importantes cemitérios do mundo é também um amplo parque com colinas, obras de arte, além de ser o local do descanso eterno de diversas celebridades

27/08/2019

O Forest Lawn Memorial Park é um cemitério privado localizado em Glendale, nas proximidades de Los Angeles, nos Estados Unidos, e é conhecido por ser o cemitério das celebridades americanas. Mas sua história vai muito além dos restos mortais das mais diversas personalidades que lá descansam em paz. Entre estrelas de Hollywood e nomes inesquecíveis da músicas, o Forest Lawn preserva o conceito de “parque memorial” com diversas obras de arte, museu e área verde. 

Fundado em 1906, o Forest Lawn é atualmente um dos maiores e mais importantes cemitérios do mundo com um amplo parque com colinas e sem nenhuma lápide, substituídas por identificadores no chão. O conceito de parque memorial aplicado inicialmente no Forest Lawn de Glendale se expandiu para outros dez lugares, incluindo Hollywood Hills, Coachella e Long Beach.

Em 1917, o empresário Huber Eaton assumiu a gerência do local e declarou guerra aos cemitérios tradicionais, que ele classificava como “jardim de lápides deprimentes”, conforme a agente funerária Caitlin Doughty conta em seu livro Confissões do Crematório, publicado pela DarkSide Books. Foi Eaton quem sugeriu que esculturas fossem incluídas na paisagem do Forest Lawn, em Glendale, e partir dali se estabeleceu também alguns eufemismos de negação da morte adotados pela indústria funerária norte-americana, como “partida” no lugar de “morte” e “ente querido” ao invés de “cadáver”.

LEIA TAMBÉM: PRECISAMOS FALAR SOBRE MORTE

Nomes do peso de Nat King Cole, Walt Disney e Carrie Fisher repousam eternamente no Forest Lawn, de Glendale, em Los Angeles – mas, de acordo com Doughty, nem todos eram aceitos. Uma edição de 1959 da revista Time classificou o Forest Lawn como “Disneylândia da morte” devido a suas maneira inovadoras de se lidar com a morte para a época e afirmou que negros e chineses eram lamentavelmente recusados durante esse período. 

Forest Lawn, em Glendale

Como consequência dos ritos elaborados de morte ditados por Forest Lawn, os anos 1950 foram considerados glamourosos para a indústria da morte, o que popularizou os caixões imensos e brilhantes, de preços elevadíssimos, o embalsamento elaborado, a maquiagem, o penteado e os arranjos de flores – enquanto a taxa nacional de cremação nos Estados Unidos fica entre 3 e 4%. Os tempos de excesso na indústria funerária norte-americana começaram a minguar já na década seguinte, embora em muitos outros países os preços continuem elevados, inclusive para a cremação.

Em 1937, a Forest Lawn adquiriu uma réplica da escultura David, de Michelangelo, ampliando ainda mais seu acervo de arte, mas a peça foi derrubada pelo terremoto de Sylmar, em 1971. Frederick Llewellyn, gerente geral do cemitério na época, aparece em uma imagem histórica do local inspecionando os danos causados pelo terremoto. Uma segunda réplica da escultura também foi destruída em 1994 pelo terremoto de Northridge. 

A versão atual que está no Forest Lawn, em Glendale, foi instalada em uma base projetada que permitirá que a estátua se mova com o solo durante um abalo sísmico, evitando que a obra de arte se quebre novamente. Atualmente, há visitas guiadas que detalham as obras de arte espalhadas pelas unidades de Forest Lawn e a unidade de Glendale segue sendo o local mais procurados por turistas do mundo todo interessados em arte e no tema da morte.

Réplica da escultura de Michelangelo derrubada por terremoto, no Forest Lawn, em Glendale Foto: forestlawnmuseum

O rei do pop, Michael Jackson, está sepultado no Forest Lawn, em Glendale. Cerca de dois meses após sua morte em junho de 2009, Michael Jackson foi colocado no túmulo no Terraço sagrado do Grande Mausoléu, construção inspirada no cemitério Camposanto Monumentale, em Pisa, na Itália. O cemitério norte-americano também abriga as sepulturas do músico Nat King Cole, de Walt Disney, que foi enterrado e não congelado em criogenia, como muitos acreditam. A atriz Carrie Fisher, morta em 27 de dezembro de 2016, que interpretou a Princesa Leia, em Star Wars, e a atriz Bette Davis, que interpretou Jane Hudson, no filme O Que Terá Acontecido a Baby Jane?, de 1962.

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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