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Conheça o deus Apolo

Mergulhe na mitologia de Guerra, Adorável Guerra

14/02/2025

Deus grego da profecia, da cura, do arco e flecha, da música e da poesia, Apolo foi um dos mais importantes deuses gregos da Antiguidade. Considerado uma das divindades mais veneradas e influentes da Grécia Clássica, ficando atrás somente de Zeus, ele recebeu inúmeros atributos e funções, sendo recorrentemente citado na Ilíada de Homero. 

LEIA TAMBÉM: 7 Influências da mitologia grega nos quadrinhos

Mas engana-se quem acha que Apolo ficou preso no mundo grego de séculos atrás. Além de ter sido representado em diversas obras de arte modernas, o deus também foi transformado em personagem na literatura, no cinema e até mesmo em jogos. Em 1997, por exemplo, ele foi dublado por Keith David na clássica animação da Disney, Hércules. Já em 2010, o deus apareceu duas vezes no cinema, sendo interpretado por Luke Evans no filme Fúria de Titãs e por Dimitri Lekkos em Percy Jackson e o Ladrão de Raios. No mesmo ano, Apolo teve uma breve participação no jogo God of War III lançado em 2010 para o PlayStation 3.

Esse importante deus grego também é uma das divindades retratadas em Guerra, Adorável Guerra, romance que integra a marca DarkLove. Ambientada entre as duas guerras mundiais, a obra de Julie Berry conta a história de quatro mortais cujos destinos e corações encontram-se na palma das mãos dos deuses do Olimpo, os quais narram sua multifacetada jornada de amor que transcende a violência e a devastação da guerra. 

guerra adoravel guerra

Mas afinal de contas, quem foi Apolo? Por que ele era tão importante para os gregos da Antiguidade? Vem que a Caveira te conta tudo que você precisa saber sobre essa divindade. 

As origens do deus da profecia 

Um dos doze deuses do Olimpo, Apolo é filho de Zeus e de Leto, deusa titânide de segunda geração, e irmão gêmeo de Ártemis, deusa da natureza e da caça. De acordo com as versões mais populares, os irmãos nasceram na ilha de Delos em um parto bastante atribulado devido aos ciúmes de Hera. Segundo a lenda, Hera ficou tão furiosa com o caso de seu marido com Leto, que proibiu que a deusa titânide desse à luz em terra. Ela também teria proibido que Ilítia, a deusa dos partos, ajudasse Leto, de forma que as dores do nascimento duraram por dias, até que, agarrada a uma palmeira, ela conseguiu enfim dar à luz aos filhos gêmeos.  

No entanto, quem cuidou de Apolo quando bebê não foi Leto, mas sim a deusa Têmis, que o alimentou com ambrosia e néctar. Segundo os Hinos Homéricos, foi por isso, que após derrotar a serpente Píton que vivia em Delfos, Apolo estabeleceu um oráculo no local em honra a Têmis. 

Especificamente sobre a serpente Píton, uma das mais importantes narrativas envolvendo Apolo, esta havia sido enviada por Hera para perseguir Leto durante sua gravidez. Quando adulto, o deus tornou-se um exímio arqueiro e utilizou seu arco e flecha para matar a gigantesca serpente que residia no monte Parnaso, atirando três flechas nela: uma em seu olho, outra em seu peito e a última em sua boca. A morte de Píton rendeu à Apolo fama e reconhecimento. A população de Delfos, próxima ao Monte Parnaso, ficou tão grata que construiu um templo em sua homenagem, que ficou conhecido como Oráculo de Delfos e se tornou seu santuário mais importante. Por Apolo ser o deus da profecia, as pessoas iam até o local lhe prestar homenagens e cultos, assim como obter previsões do futuro. 

apolo

Além de ser a divindade grega da cura, do arco e flecha, da música, da poesia e da profecia, por volta de V. a.C., Apolo passou a ser conhecido como o deus do Sol, assumindo as funções do deus Hélio. A divindade também era conhecida por diferentes nomes e títulos de culto, como Febo, “resplandecente”; Hekebolos, “aquele que dispara longe” e que destaca seu papel como arqueiro; Pítio, que remete ao fato de ter derrotado a monstruosa Píton; Hiator, “curandeiro”; Mousagetes, “líder das musas”, que reforça seu estreito vínculo com as Musas; e Dafneforos, “laureado”, uma referência ao louro, sua planta sagrada.  

Os amores de Apolo

De acordo com a mitologia grega, Apolo teve incontáveis amores e filhos. O deus teve interesses amorosos tanto masculinos quanto femininos, envolvendo-se com Jacinto, que por acidente matou com um disco, e com Ciparisso, que morreu em luto por seu adorado cervo. Apolo então transformou Ciparisso em um cipreste a árvore do luto, lhe permitindo lamento eterno, e uma flor — que mais tarde levaria seu nome — brotou de onde Jacinto morreu.

Contudo, as histórias amorosas mais famosas envolvendo Apolo são as com mulheres que o rejeitaram. Uma delas foi a ninfa Dafne. Após matar Píton, Apolo ridicularizou o deus do amor, Eros, enquanto este praticava suas habilidades com o arco e flecha. Incomodado, Eros se vingou do deus da profecia fazendo com que se apaixonasse por uma mulher que não o desejava. Foi assim que o deus do amor lançou uma flecha de ouro, que fez Apolo se apaixonar perdidamente por Dafne. Em seguida, ele lançou uma flecha de chumbo na ninfa, causando-lhe profunda aversão por todos que se apaixonassem por ela. 

apolo e dafne

Quanto mais Apolo tentava conquistar Dafne, mais ela o desprezava horrorizada. Certa vez, o deus a perseguiu por um bosque e desesperada, a ninfa pediu que seu pai, Peneu, a transformasse em outro ser, para que assim ninguém mais se apaixonasse por ela. Desta forma, Dafne foi transformada em um loureiro. Ao perceber o que tinha acontecido, Apolo permaneceu devoto à amada e anunciou que o louro era sua planta favorita. Foi assim que decidiu dar coroas de louro para todos aqueles que realizassem atos louváveis e heroicos, as quais se transformaram em símbolos importantes para os gregos e romanos. 

Outro relacionamento fracassado de Apolo foi com Cassandra, princesa troiana filha do rei Príamo e irmã de Heitor e Páris. Segundo o mito, Apolo teria se apaixonado pela princesa, conhecida por sua beleza, oferecendo-lhe o dom da profecia em troca de seus afetos. Cassandra teria aceitado a proposta do deus do Olimpo, mas após ter recebido o dom recusou-se a cumprir sua parte do acordo, rejeitando Apolo. Enfurecido, o deus retirou-lhe o dom da persuasão, fazendo com que, embora Cassandra pudesse prever o futuro, ninguém acreditasse em suas profecias. É a partir dessa história que foi elaborado um termo bastante importante na psicologia, o Complexo de Cassandra, abordado na história de Os Doze Macacos

cassandra

A partir de inúmeros outros relacionamentos, Apolo teve filhos. Seus descendentes mais famosos foram Asclépio, a quem ensinou a arte da cura, e os divinos bardos, Lino e Orfeu, este último bastante conhecido pela habilidade de tocar a lira (a qual herdou de seu pai) e por ter ido ao mundo dos mortos de Hades resgatar sua amada Eurídice. 

Desavenças com Zeus e outros seres

Conhecido pela personalidade forte, Apolo entrou em diversos confrontos. Um dos mais importantes foi com seu próprio pai, Zeus,que lhe puniu severamente. Tudo começou quando Asclépio, um dos filhos de Apolo e deus grego da medicina e da cura, conseguiu trazer um de seus pacientes de volta à vida, enfurecendo o deus do mundo dos mortos, Hades. Para apaziguar a situação, Zeus decidiu mediar e punir Asclépio, matando-o com um raio

Irado com a morte do filho, Apolo decidiu se vingar do pai, matando os três ciclopes responsáveis por terem produzido o seu famoso raio. Como consequência, Apolo foi condenado pelo deus dos deuses a viver por um ano como um homem mortal na região da Tessália. Ali foi bem recebido pelo rei Admeto, que desfrutou posteriormente de suas boas graças. 

Outra história importante envolvendo Apolo foi sua rixa com o Sátiro Mársias e com Pã, que lhe desafiaram para duelos musicais. Famoso por suas habilidades musicais, especificamente com a lira, o deus venceu os dois seres. No caso de Mársias, Apolo o puniu de forma terrível, amarrando-o em uma árvore e esfolando-o vivo. Já no caso de Pã, foi o rei Midas (sim, aquele mesmo do toque de ouro) quem sofreu a punição mais cruel. Quando Midas questionou a vitória de Apolo perante Pã, o deus enfurecido lhe deu orelhas de burro. 

apolo

Apolo também aparece na famosa Guerra de Troia. Segundo o mito, foi ele quem ajudou Páris a acertar a flecha no calcanhar de Aquiles. 

Apolo entre os romanos e suas representações

O culto a Apolo foi introduzido em Roma por volta de V a.C. e a divindade foi a única da mitologia grega a permanecer com o mesmo nome entre os romanos. Na mitologia romana, Apolo era muito conectado a epidemias e pragas, sendo adorado como um curandeiro. Na época de Augusto, por exemplo, o deus foi adotado como a divindade pessoal do imperador. 

Fisicamente, tanto no mundo romano quanto no mundo grega, Apolo era frequentemente representado como um homem jovem, imberbe e bastante atlético. Seus instrumentos favoritos são a lira e a cítara, enquanto sua arma é o arco e flecha. Recorrentemente, o adeus é associado a animais como a serpente e o corvo e suas árvores sagradas são o louro e a palmeira.  

Quer saber mais sobre Apolo e outras personalidades importantes da mitologia greco-romana? Em Origens da Mitologia: Uma Enciclopédia de A a Z, a pesquisadora Annette Giesecke se debruça sobre as fontes e os personagens mais conhecidos dessas histórias que continuam nos fascinando até hoje. Ricamente ilustrada por Jim Tierney e com centenas de definições que abordam desde os deuses e deusas mais famosos do Olimpo até herois e heroínas, ninfas, espíritos e monstros, Origens da Mitologia apresenta mais de 700 personagens e lugares que compõem o precioso panteão da mitologia greco-romana.  

mitologia grega e quadrinhos

Com referências cruzadas e genealogias, Origens da Mitologia é uma enciclopédia mágica indispensável aos DarkSiders que desejam saber mais sobre a mitologia grega. Uma obra clássica que vai te levar por um passeio incrível por antigos templos, guerras lendárias e personagens icônicos. 

LEIA TAMBÉM: 12 Filmes para conhecer a mitologia grega

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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1 Comentário

  • Mário Henrique

    16 de fevereiro de 2025 às 15:44

    Excelente texto.

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