Se você é fã do selo Crime Scene® já deve estar familiarizado com alguns nomes de assassinos em série: Ted Bundy, BTK, John Wayne Gacy, H. H. Holmes e Gary Heidnik, por exemplo. Porém, apesar de famosos, estes serial killers estão longe de figurar entre os mais letais.
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Saber o número total de vítimas de um assassino deste tipo não é uma tarefa simples, até mesmo daqueles que foram identificados e julgados. Também é bem possível que a identidade do serial killer mais letal seja desconhecida. Alguns métodos de tirar a vida de alguém são tão sorrateiros que o ato nem sempre é encarado como assassinato.
Um exemplo é o dr. Harold Shipman, um médico inglês que matava seus pacientes durante a assistência em saúde. Ele chegou a ser condenado por quinze mortes, mas quantas outras podem ter ocorrido e a causa ter sido atribuída a algum fator clínico?
Desconsiderando este tipo de assassino e levando em conta o número de vítimas identificadas, descobrimos quais são os serial killers mais letais do mundo moderno:
Número conhecido de vítimas: 138
Possível número total de vítimas: mais de 300
Também conhecido como “A Besta”, Luis Garavito fez vítimas na Colômbia, no Equador e na Venezuela entre 1992 e 1999. Além de matar pessoas, ele também abusava e estuprava crianças e cometia necrofilia. Suas vítimas eram crianças e pré-adolescentes, principalmente garotos, que tinham entre 6 e 13 anos de idade e viviam em situação de vulnerabilidade social.

Para atraí-los, Garavito costumava oferecer presentes, dinheiro, doces ou propostas de trabalho. Além disso, ele se disfarçava de padre, fazendeiro, mendigo, vendedor ambulante, traficante, professor, entre outras possibilidades para dificultar sua identificação.
Em abril de 1999 foi preso sob acusações de tentativa de estupro, mas meses de interrogatório o ligaram ao elevado número de crianças desaparecidas. Ele confessou o assassinato de 138 crianças e foi acusado de 172 mortes, no total. Sua sentença soma 1.853 anos de prisão, a mais longa em toda a história da Colômbia.
Número conhecido de vítimas: 110
Possível número total de vítimas: mais de 300
Também da Colômbia, Pedro López foi apelidado de “Monstro dos Andes” e cometeu seus crimes no Peru e no Equador, além do próprio país. Ele atuou entre 1969 e 1979, período no qual matou centenas de vítimas, segundo ele próprio, embora tenha sido acusado por 110 assassinatos.

Seu alvo eram meninas entre 8 e 12 anos de idade, que ele estuprava e matava. López foi preso em 1980 no Equador e confessou seus crimes no país. Depois disso confessou os assassinatos no Peru e na Colômbia, alegando ter feito mais de 300 vítimas.
Segundo um documentário biográfico da A&E, em 1994 ele foi solto de sua sentença no Equador por bom comportamento, porém, foi detido por imigrar ilegalmente para a Colômbia, onde ele também foi preso por assassinato. López foi mantido em uma instituição psiquiátrica até 1998 por ter sido considerado insano. Porém, naquele ano uma nova avaliação o considerou são, o que lhe rendeu liberdade com algumas condições. Só que Pedro López fugiu. Desde 2002 ele é procurado pela polícia por ter cometido um novo assassinato. Até 2021 seu paradeiro permanece desconhecido.
Número conhecido de vítimas: 100
Possível número total de vítimas: 100
Ativo entre 1998 e 1999, estes dois anos foram suficientes para Javed Iqbal fazer uma quantidade expressiva de vítimas: foram aproximadamente 100 meninos e jovens mortos por ele. O alvo do serial killer eram garotos que moravam nas ruas e tinham entre 6 e 16 anos, de quem ele abusou sexualmente, estrangulou, esquartejou e dissolveu seus corpos em ácido para esconder as evidências.

Iqbal foi capturado em 1999 após ter enviado uma carta para a polícia e outra ao jornal local confessando o assassinato destes 100 meninos. Ele foi sentenciado à morte pelos mesmos meios que matou suas vítimas: estrangulado, esquartejado em 100 pedaços e colocado em ácido. Porém, a execução nunca se concretizou pois ele cometeu suicídio enquanto estava detido.
Número conhecido de vítimas: 78
Possível número de vítimas: 83 ou mais
Chamado de “Lobisomem” ou “Maníaco de Angarsk”, Mikhail Popkov está entre os serial killers mais letais da Rússia de todos os tempos. Ele cometeu seus crimes entre 1992 e 2010, quando estuprou e matou dezenas de mulheres – a maioria delas prostitutas ou jovens embriagadas.

Popkov chegou a trabalhar como policial e segurança privado. A busca policial pelo assassino começou na metade dos anos 1990, quando perceberam o padrão de seus crimes. Ele foi capturado graças a testes de DNA feitos em mais de três mil policiais e ex-policiais.
O assassino foi condenado à prisão perpétua em 2015 pelo assassinato de 22 pessoas e duas tentativas de homicídio. Dois anos depois, ele confessou mais 59 assassinatos e foi sentenciado a uma nova pena de prisão perpétua. Em 2020 ele confessou ter matado mais duas pessoas, elevando o número total para 83 – cinco das quais não chegou a ser condenado por falta de evidências.
Número conhecido de vítimas: 72
Possível número total de vítimas: 180
Com crimes cometidos na Colômbia e no Equador, e até uma passagem pelo Brasil, Daniel Camargo Barbosa possivelmente matou 180 meninas entre os anos de 1974 e 1986, embora só tenha sido formalmente condenado por 72. Seus crimes começaram com o sequestro e abuso de garotas, que ele praticava tendo a esposa como cúmplice e foi condenado a penas menores.

Em 1973 ele foi detido no Brasil por não possuir documentos e deportado para a Colômbia – como estava sob uma falsa identidade e as autoridades colombianas demoraram a localizar sua ficha, seguiu em liberdade, o que permitiu que cometesse seus primeiros assassinatos. Ele foi preso em 1974 e enviado à penitenciária na ilha de Gorgona, conhecida como a “Alcatraz colombiana”, onde deveria cumprir 25 anos de detenção.
Porém, em 1984 ele fugiu em um barco bem rudimentar, após estudar as correntes marítimas da região. As autoridades acreditavam que ele havia morrido na fuga e os jornais chegaram a noticiar que ele teria sido devorado por tubarões. Só que naquele mesmo ano ele reapareceu no Equador, onde voltou a cometer seus crimes. Em 1986 ele foi capturado pela polícia, confessou ter assassinado 72 garotas e foi sentenciado a 16 anos de prisão. Em 1994 ele foi morto na cadeia pelo sobrinho de uma de suas vítimas.
Número conhecido de vítimas: 71
Possível número total de vítimas: mais de 100
Conhecido como “Pedrinho Matador”, Pedro Rodrigues Filho é o assassino em série brasileiro com o maior número de vítimas que se tem notícia. Seu número total de assassinatos deve passar de 100, segundo o próprio alega. O primeiro homicídio cometido por ele foi do vice-prefeito de Alfenas (MG), quando tinha apenas 14 anos.

Boa parte dos homicídios cometidos por ele ocorreram na prisão, incluindo a do próprio pai, que matou em vingança pelo assassinato da mãe. Sua primeira prisão ocorreu quando ele tinha 18 anos, o que o levou a passar a maior parte da vida adulta atrás das grades. Em 2007 chegou a ser solto, após 34 anos de detenção, mas voltou a ser preso por outros crimes, cometidos enquanto estava na cadeia. Desde 2018 ele está solto e se diz arrependido dos crimes.
Ele é um dos assassinos listados no livro Arquivos Serial Killers: Made in Brazil, de Ilana Casoy. Mais sobre estes criminosos também pode ser conferido em Serial Killers: Anatomia do Mal, de Harold Schechter, também publicado pelo selo Crime Scene®.
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4 Comentários
Karollyne
8 de dezembro de 2022 às 00:28
Karollyne
8 de dezembro de 2022 às 00:28
nossa me surpreendeu todos eles mas o último
OTAVIO
27 de janeiro de 2023 às 15:10
OTAVIO
27 de janeiro de 2023 às 15:10
Impressionante as penas quando se trata de América do Sul, no Brasil…é piada, o cara está solto depois de uma centena de homicídios.
any
28 de junho de 2023 às 08:24
any
28 de junho de 2023 às 08:24
krlho como que o cara tá solto dps de cometer vários assassinatos
Leti
28 de agosto de 2023 às 21:48
Leti
28 de agosto de 2023 às 21:48
Incrível como as leis são falhas e fracas na america do sul, os criminosos que foram presos na colombia ou equador não pegaram prisão perpétua e um deles foi até solto por bom comportamento, isso pra mim não encaixa, o ser humano é falho até mesmo pra criar leis