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Monique Roffey: Escritora da DarkSide estará na 21ª FLIP

Conheça a autora de A Sereia de Concha Negra

22/11/2023

A DarkSide marcará presença na 21ª Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), realizada de 22 a 26 de novembro. A autora de A Sereia de Concha Negra, Monique Roffey, irá participar da Mesa 17: Os passarinhos se escondem dos homens, ao lado da francesa Colombe Schneck, nesse sábado (25/11). Mais informações sobre a programação no site da FLIP.

Para entrar no clima da Festa e nadar pelas águas da criatividade dessa versátil autora, a Caveira trouxe algumas curiosidades sobre Monique Roffey:

Em todo lugar ao mesmo tempo

Nascida em Porto da Espanha, em Trindade, Monique Roffey sempre teve uma vida multicultural. Filha de pai inglês e mãe descendente de franceses, italianos, malteses e libaneses, a autora considera Londres e Porto da Espanha seus lares — principalmente porque ela vive viajando de um lugar ao outro. Além de se autodeclarar uma pessoa bicultural, a escritora é budista e mitra da Comunidade Budista Triratna.

Roffey estudou tanto em Trindade e Tobago como na Inglaterra e se formou como bacharel no Reino Unido em Língua Inglesa e Estudos de Filmes pela Universidade de East Anglia. Ela ainda concluiu um mestrado e um doutorado em Escrita Criativa pela Universidade de Lancaster.

Uma tutora criativa e ativista literária

Entre os anos de 2002 e 2006 ela atuou como diretora de centro da Fundação Arvon, uma organização beneficente focada em escrita criativa. Roffey possui ampla experiência como tutora nessa área, tendo ensinado em diversas organizações e associações.

Professora de ficção contemporânea da Universidade Metropolitana, Monique Roffey também é uma ativista literária há cerca de uma década. Ela atua em prol de novos escritores em Trindade, lecionando para a COSTAAT, a Bocas Lit Fest e também em aulas privadas em Porto da Espanha, onde ministrou diversos workshops desde 2014. Roffey também ajuda a liderar retiros em Trindade em conjunto com outros escritores caribenhos, como a professora Loretta Collins-Klobah.

Em 2019, ela e um pequeno grupo de amigos escritores fundaram a Writers Rebel, um coletivo de escritores com a missão de chamar a atenção sobre a emergência climática e ambiental. “O Writers Rebel usa o poder das palavras para reivindicar um futuro mais seguro e justo para todos os habitantes do planeta — humanos e não humanos“, de acordo com a apresentação no site do grupo.

Tem sete obras publicadas

Além de ensinar escrita criativa, Monique Roffey escreve suas próprias obras há mais de vinte anos. Em sua bibliografia, ela conta com sete obras: seis romances e um livro de memórias — cinco deles ambientados no Caribe, incluindo A Seria de Concha Negra, recentemente publicado no Brasil pela DarkSide ® Books. Seus romances anteriores altamente aclamados são The White Woman on the Green Bicycle [A mulher branca na bicicleta verde], Archipelago [Arquipélago], House of Ashes [Casa de cinzas], The Tryst [O encontro] e With the Kisses of His Mouth [Com os beijos de sua boca]. A Sereia de Concha Negra é o primeiro livro da autora traduzido para o português brasileiro e publicado por aqui.

Uma carreira aclamada

Várias obras de Monique Roffey receberam ou foram indicadas a premiações, tais como o Costa Fiction Award de 2020 e o Costa Book of the Year para A Sereia de Concha Negra. A obra também foi finalista do Rathbones Folio Award 2021, o Goldsmith Prize 2020 e o Republic of Consciousness Prize 2021.

Em 2013 sua obra Archipelago foi vencedora do OCM Bocas Prize for Caribbean Literature. The White Woman on the Green Bicycle foi finalista do Orange Prize em 2010.

A Sereia de Concha Negra teve um lançamento repleto de desafios

A obra que chega aos DarkSiders navegou por mares turbulentos na época de seu lançamento original. Primeiro, Monique lançou uma campanha de financiamento coletivo em setembro de 2019 para atrair visibilidade para o livro. Superada essa etapa, a primeira onda da pandemia de covid-19 ocorreu justamente no mês do lançamento do livro. “Então ele afundou, inicialmente, sem deixar vestígios”, definiu a autora em entrevista ao LA Times.

Mais tarde, os bookstagrammers caribenhos começaram a fazer barulho em torno da obra. Em seguida, o romance foi finalista do Goldsmith Prize. “O resto é história. Os jurados que entenderam as nuances de um espaço pós-colonial gostaram. Acredito que esse seja um livro de sorte. Ele teve vontade e intenções próprias.”