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O universo Dark de fã para fã

O Telecine apresenta sua coleção de pavores cinematográficos

06/10/2023

Por Moisés Liporage

Desde tempos imemoriais, sou apaixonado por cinema e literatura, sobretudo filmes e livros de terror. É por isso que me sinto em casa aqui na DarkSide®. E, como especialista em conteúdo, roteirista, repórter e apresentador do Telecine, tenho a maior satisfação de compartilhar com fãs do gênero e da editora o que o Telecine tem de mais tenso, terrível e tenebroso em seu acervo.

Pioneirismo em várias frentes? Temos!

O clássico do expressionismo alemão de 1919, O Gabinete do Dr. Caligari, de Robert Wiene, foi o primeiro longa-metragem de horror. Seu visual estilizado, com sombras desenhadas nos cenários retorcidos, para simbolizar o estado mental perturbado do protagonista, influenciaria todo o gênero. E o personagem do cientista louco viraria figurinha carimbada.

Já o primeiro filme de terror do mestre do suspense, Alfred Hitchcock, Psicose (1960), se baseou em um livro de Robert Bloch. É terror psicológico, mas trata de um monstro de carne e osso, o psicopata Norman Bates. Quem imaginaria que uma chuveirada poderia se tornar uma cena tão icônica e assustadora?

psicose
Paramount Pictures/Divulgação

Quatro anos depois, veio o primeiro filme brasileiro assumidamente de terror, À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964). Marcou a estreia do personagem Zé do Caixão, que imortalizou seu criador, José Mojica Marins. Aliás, Mojica tem uma biografia escrita por André Barcinski e Ivan Finotti publicada pela DarkSide®.

LEIA TAMBÉM: 8 CURIOSIDADES MACABRAS DO FILME À MEIA-NOITE LEVAREI SUA ALMA

Um pouco mais tarde, foi a vez de A Noite dos Mortos-Vivos (1968), de George A. Romero, redefinir o gênero terror e lançar as bases do filme de zumbi como o conhecemos. E, no comecinho da década de 1980, Um Lobisomem Americano em Londres (1981), de John Landis, saiu na frente no quesito requinte de crueldade ao mostrar em detalhes a metamorfose de homem em lobisomem. Rick Baker revolucionou os efeitos especiais de maquiagem e ganhou um Oscar® na categoria.

O novo terror

Nos últimos anos, vem se fortalecendo uma tendência de aproveitar o gênero para propor discussões sociais sobre pautas urgentes, como o absurdo do racismo estrutural. Os filmes de Jordan Peele (Corra!, Nós) são grandes exemplos. Ele, inclusive, produziu A Lenda de Candyman, da diretora Nia DaCosta, que resgatou um clássico do início dos anos 1990 baseado na obra de Clive Barker, Candyman. Artista plástico negro se muda para um lugar que costumava ser aterrorizado pela lenda de um assassino sobrenatural, um escravo que morreu torturado, vítima de racismo. Uma nova onda de violência indica que Candyman pode estar de volta com sua presença perturbadora, o gancho no lugar de uma das mãos e aroma de algodão-doce.

a lenda de candyman

Também inspirado no universo de Clive Barker, Hellraiser: Renascido do Inferno (2022) é uma reimaginação do cult movie de 1987, que, na época, foi roteirizado e dirigido pelo próprio Barker. Essa nova versão se destaca por ser a primeira vez que Pinhead não é vivido por um ator, mas sim por uma atriz, Jamie Clayton, revelada na série Sense8. Ela arrasa. É o pacto renovado com seres de outra dimensão que levam ao paroxismo da dor e aos píncaros da agonia, aqueles que se metem com um cubo mágico dos infernos.

Safra recente questiona os clichês

Outra pérola do acervo do Telecine é A Bruxa (2015), de Robert Eggers (O Farol). Está aí um filme que evita os sustos fáceis, privilegiando a criação de uma atmosfera aterradora em uma narrativa de época. Não embarca no explícito, investe no poder da sugestão. Já Midsommar: O Mal Não Espera a Noite, de Ari Aster (Hereditário), bebe da fonte do colossal O Homem de Palha ao propor uma história em que jovens se envolvem inadvertidamente com membros de uma seita pagã em uma região remota da Suécia.

midsommar
A24/Reprodução

Terrores de pedigree

Em O Telefone Preto (2021), Ethan Hawke faz um psicopata mascarado que sequestra crianças e as mata depois de um torturante jogo de gato e rato. Uma das presas consegue dicas de sobrevivência ao entrar em contato com espectros de vítimas anteriores por meio de um telefone que encontra em seu cativeiro e que — detalhe — não está funcionando. O longa se baseia em um conto de Joe Hill, filho do mestre Stephen King. Essa panela de pressão em forma de terror tem direção de Scott Derrickson (O Exorcismo de Emily Rose, A Entidade).

o telefone preto

Batem à Porta (2023) é o novo M. Night Shyamalan (O Sexto Sentido, Fragmentado). Uma menina e os pais são feitos reféns por estranhos armados. Eles exigem que sacrifiquem um membro da família para salvar a humanidade do Apocalipse. Será que esses visitantes inesperados pertencem a alguma seita fanática ou eles não passam de peões em um sombrio jogo cósmico?

LEIA TAMBÉM: 13 FILMES DE TERROR PARA ASSISTIR NO TELECINE EM 2023

Dos mesmos criadores do universo de Invocação do Mal, M3gan (2022) mostra uma engenheira de robótica criando uma boneca que parece gente. Quando sua invenção de esqueleto de titânio, velocidade sobre-humana e força descomunal começa a pensar por si mesma, se transforma em uma ameaça mortal.

m3gan
Blumhouse Productions/Divulgação

Não, não é sobre a famosa canção do Chaplin

Sorria (2022), de Parker Finn, trata de uma maldição contagiosa envolvendo uma série de aparentes suicídios. Uma psiquiatra é perseguida por esse poder maligno que se apossa das pessoas, fazendo seus lábios se deformar em sorrisos macabros.

A volta dos slasher movies

Pearl (2022) é a segunda parte de uma trilogia iniciada com X – A Marca da Morte, mas serve de prelúdio a esse filme. Ou seja, mostra fatos que acontecem antes do primeiro longa. É a história de origem da anciã assassina de X quando ela ainda era uma jovem que sonhava em ser uma estrela de cinema. O roteiro desse autêntico slasher movie foi escrito pelo diretor da trilogia, Ti West, e sua estrela, Mia Goth, que merecia uma indicação ao Oscar® por seu desempenho em Pearl.

Pearl
A24/Divulgação

Franquias

Sim, o Telecine também tem filmes da franquia Pânico, iniciada por Wes Craven (A Hora do Pesadelo) nos anos 1990. Ela alcançou um tremendo sucesso ao brincar com os clichês do horror e apresentar um novo ícone mascarado, o serial killer Ghostface. E, como se não fosse o bastante, nosso poço sem fundo de pavores também tem os filmes da saga Jogos Mortais, que dão conta da carnificina cometida por outro psicopata. O Jigsaw é um moribundo maníaco que escolhe vítimas para prendê-las em armadilhas ultraelaboradas e torturá-las até a morte, com direito a um festival de lições de moral.

jogos mortais
Lionsgate/Reprodução

Sentiu o arrepio? Então convido você que é fã do horror a visitar o site do Telecine e conferir, por sua própria conta e risco, o que reservamos de mais assustador para quem gosta de ter pesadelos de olhos bem abertos.

LEIA TAMBÉM: 10 FILMES NO TELECINE QUE TÊM TUDO A VER COM A DARKSIDE

Sobre Telecine

Avatar photoUm panorama do que o Telecine tem de mais apavorante em seu acervo de filmes de horror para nenhum fã do gênero botar defeito.

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