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Os 5 mitos mais comuns sobre BDSM

O que você precisa saber sobre o universo de Vermelho

17/01/2025

Existe um limite para o prazer humano? E para a dor de se submeter e ser submetido? Quanto do desejo pela vida pode te fazer chegar mais perto da morte? Essas são algumas das indagações mais profundas que Paula Febbe traz em seu novo livro Vermelho.

LEIA TAMBÉM: Lançamento: Vermelho, por Paula Febbe

O lançamento da autora de Vantagens que Encontrei na Morte do meu Pai nos conduz por quatro perspectivas interligadas pelo desejo à busca por afeto e nossos próprios limites — ou a ausência deles — e como isso pode alterar nossas histórias de maneira irreversível.

Febbe nos envolve em uma teia de erotismo, aprisionando casamentos de fachada, profissionais de bondage, investigadores, lutadoras de MMA e vítimas de um mercado de carne que floresce nas vísceras de grandes cidades e segredos familiares. 

vermelho

No BDSM, o alívio possível na dor se torna a única verdade suportável, e distorções encontram o abraço de quem os cultiva e anseia por seus pecados. Uma visão mais perversa e faminta da sexualidade, que lança luz aos calabouços mais profundos dos relacionamentos humanos.

Caso você queira conhecer um pouco melhor do universo BDSM antes de mergulhar na leitura de Vermelho, esse post é para você.

O que é BDSM?

Em primeiro lugar, vamos desvendar o significado desta sopa de letrinhas de dinâmicas de poder, conforme explicado pelo Psychology Today:

Bondage e disciplina: o uso de amarras, poder e controle para aumentar a experiência de erotismo e prazer.

Dominação e submissão: cada um assume um papel envolvendo uma troca consensual de poder, que pode ou não envolver atividades que provocam sensações extremas, como punições ou o uso de chicotes ou cera quente, por exemplo.

Sadismo e Masoquismo: o uso da dor ou de sensações extremas, humilhação, encenações consensuais de mestre/escravo, e/ou criar experiências alternativas de consciência.

bdsm

A prática de BDSM é frequentemente incompreendida e muitas vezes mal vista pela maioria das pessoas, que a interpretam como uma espécie de perversão ou uma espécie de abuso. Para elucidar algumas destas questões, conheça a seguir os principais mitos do BDSM.

Mito 1: BDSM é a mesma coisa que perversão (kink)

Fora do uso freudiano do termo, aqui falamos de perversão no sentido de práticas sexuais mais excêntricas (kink) — o que está longe de ser sinônimo de BDSM. Mas nem todo mundo que curte perversões tem interesse com as dinâmicas de poder, humilhação ou sensações extremas do BDSM. 

Para essas pessoas, os gatilhos sexuais estão mais ligados a fantasias e comportamentos consensuais como: salto agulha, couro ou látex; urinar sem a parte da humilhação; prazer na possibilidade de ser pego no ato; orgias; erotizar alguns tapinhas; voyeurismo consensual etc.

kink

Ou seja, aqui entendemos o kink como um leque muito maior de possibilidades do que as experiências do BDSM, que são mais específicas na questão da dinâmica de poder, as amarras e das sensações extremas com sadomasoquismo.

Mito 2: Submissos ou passivos não possuem qualquer tipo de poder

Não é raro as posições sexuais serem elaboradas em moldes heteronormativos e raciais. As pessoas costumam deduzir que a posição de alguém numa dinâmica BDSM será baseada no seu gênero, raça, aparência ou qualquer um desses fatores. Mas é importante entender que a posição que o indivíduo assume em uma experiência sexual não tem nada a ver com quem tem o poder naquele momento. Sim, uma pessoa pode liderar a dinâmica mesmo estando por baixo e, sim, existem pessoas LGBTQIAP+ que praticam BDSM.

Ao contrário da crença popular, o parceiro submisso numa prática de BDSM é na verdade quem tem a maior parte do poder, porque ele pode parar tudo a qualquer momento usando a palavra de segurança. Da mesma maneira, é o passivo quem dá o poder inicial à pessoa no comando, depois de concordar com o que a dinâmica irá incluir, e também tem o poder de parar tudo a qualquer momento.

bdsm

Essa é uma informação importante, pois, como observou a pesquisadora Eva Jozifkova, pessoas que ainda não conhecem muito bem seus interesses sexuais ou são novatas no BDSM podem não saber como praticá-lo em segurança. Por isso, talvez elas estejam mais vulneráveis a não conseguir estabelecer seus limites na hora H e serem vítimas de uma prática não consensual.

Mito 3: Pessoas que gostam de BDSM foram vítimas de violência sexual quando crianças

Uma pesquisa realizada em 2008 — que não incluiu pessoas identificadas como não binárias — descobriu que nem os homens e nem as mulheres praticantes de BDSM eram associados com abuso no passado. Já uma pesquisa de 2016 da National Kink Health descobriu que 9,6% dos praticantes tiveram eventos adversos na infância.

Porém, um estudo de 2018 indicou que 15,8% da população dos EUA também tiveram eventos adversos na infância, um percentual bem maior do que o observado na comunidade kink. Outros estudos confirmaram que não há evidências suficientes para sustentar a crença de que o interesse em BDSM esteja relacionado com algum trauma ou violência sexual.

Mito 4: BDSM é uma prática abusiva e não consensual

Os principais mantras da comunidade BDSM são: Seguro, São e Consensual. E, sim, os participantes discutem a prática que será conduzida antes, durante e depois — também conhecido como debriefing. Muitas boas práticas foram adotadas para tornar essas interações seguras e consensuais, incluindo: palavras de segurança, negociações e discussão de limites, cuidados póstumos custe o que custar.

bdsm

No BDSM o consenso é um processo contínuo e em evolução entre os parceiros. De modo semelhante, às vezes há a identificação de limites leves e incontestáveis, ou de acordos que detalham tudo que cada pessoa está disposta ou não a fazer, e ao que ela pode estar aberta sob determinadas circunstâncias. 

Mito 5: BDSM é sobre dominar mulheres

Um estudo realizado em 2015 descobriu que 38% das mulheres entrevistadas afirmaram geralmente ser submissas, o que, como acabamos de explicar, lhes dá mais poder nas negociações de BDSM. 

Em um estudo de 2017, a pesquisadora Francesca Tripodi relatou que as mulheres são empoderadas e encorajadas a abraçar seus desejos na comunidade BDSM. No mesmo estudo, Tripodi observou que praticantes submissas e passivas sentiam como se esse ato aumentasse o seu poder através da intimidade.

LEIA TAMBÉM: 8 Deusas e deidades gregas que você precisa conhecer

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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