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11 Curiosidades da franquia Brinquedo Assassino

Descubra os segredos de Chucky

11/10/2023

Em 1988, o panteão de assassinos icônicos do terror ganhou um novo membro. Jason, Leatherface, Michael Myers e Freddy conheceram um rival nunca antes visto e que de pequeno possuía apenas a estatura. Em 1988, o cinema de terror deu as boas-vindas ao boneco ruivo de olhos azuis chamado Chucky

LEIA TAMBÉM: LANÇAMENTO: CHUCKY: O LEGADO DO BRINQUEDO ASSASSINO, POR DUSTIN MCNEILL & TRAVIS MULLINS

Brinquedo Assassino apresentou ao mundo o assassino em série Charles Lee Ray, que após transferir sua alma para um boneco Good Guy começa a aterrorizar a vida de uma inocente criança. Era o nascimento de não apenas uma longeva franquia, mas também de uma lenda do cinema de terror.  Afinal, Chucky é daqueles personagens conhecidos por todo mundo. Você nem precisa gostar muito de filmes de terror para saber quem é o boneco assassino que vem aterrorizando gerações. Com mais de 30 anos de história, a bem-sucedida franquia Brinquedo Assassino conta atualmente com sete filmes, uma refilmagem, histórias em quadrinhos, livros e até uma série de televisão. 

É claro que com tanta história, a franquia de Chucky reúne uma quantidade numerosa de fatos curiosos. É justamente por isso que a Caveira mergulhou fundo nos arquivos secretos do brinquedo assassino mais memorável de todos para te contar 11 curiosidades para lá de inusitadas da franquia Brinquedo Assassino.

1. O título e a história original eram bem diferentes

Inspirado pela febre das bonecas Pimpolho, pelos bonecos My Buddy e pelo tropo da “boneca assassina” presente no filme Trilogia do Terror (1975) e na série de televisão Além da Imaginação, Don Mancini decidiu escrever uma sátira sombria sobre como as propagandas podem influenciar as crianças. No entanto, originalmente o roteiro era algo completamente diferente do que conhecemos hoje. 

brinquedo assassino

Intitulado de Batteries Not Included (em português: Pilhas Não Incluídas) e depois Blood Buddy (algo como Amigo de Sangue), a primeira versão da história incluía uma linha de bonecos ultrarrealistas com a pele capaz de se machucar e sangrar. Isso faria com que as crianças comprassem todos os acessórios necessários para cuidar de seus brinquedos, como curativos e faixas. Mancini explicou que sua primeira ideia era de que Andy acidentalmente cortasse seu dedo e nisso misturasse seu sangue com o de Chucky (que se chamaria Buddy). Isso faria com que o boneco ganhasse vida e absorvesse todo o ressentimento do menino, atacando e assassinando as pessoas que ele não gostasse, como sua babá e sua professora. 

Além da ideia de um boneco com a capacidade de sangrar ser bizarra até mesmo para um filme de terror, esse roteiro foi deixado de lado porque tornava Andy pouco querido e até vilanesco

2. Junção de serial killers

Quando enfim Chucky ganhou seu nome definitivo e ficou acordado que o boneco seria possuído pela alma de um assassino em série, chegou a hora de escolher quem afinal de contas seria esse sujeito tão cruel a ponto de atormentar uma criança inocente. Depois de muitas opções, finalmente se chegou ao nome que todos conhecemos: Charles Lee Ray. 

Mas você já se perguntou por que esse soa como um nome tão ameaçador e familiar? É porque, na verdade, Charles Lee Ray é a junção do nome de três assassinos infames: Charles Manson, Lee Harvey Oswald (o atirador que assassinou o presidente Kennedy em 1963), e James Earl Ray (o homem que matou Martin Luther King Jr. em 1968). 

charles manson

3. Chucky foi disputado pela Disney

O primeiro Brinquedo Assassino foi originalmente distribuído pela United Artists/MGM e com o sucesso inesperado do filme logo começou a se falar em uma sequência. No entanto, a produção de Brinquedo Assassino 2 foi bastante conturbada quando a nova administração da United Artists abdicou dos direitos de Chucky e cancelou o filme, alegando que filmes de terror não eram bons para a imagem da companhia.

LEIA TAMBÉM: BRINQUEDOS ASSASSINOS? CONHEÇA OS FUNKO POPS MAIS LEGAIS DO TERROR

Isso fez com que estúdios de renome disputassem os direitos de distribuição da franquia, como a Paramount, a Warner Bros. e a 20th Century Fox. Até a Disney entrou nessa! A companhia de Mickey Mouse havia criado um selo voltado para filmes mais maduros que alcançassem um tipo de espectador diferente, assim como também havia inaugurado um novo parque em Orlando e pensava em licenciar ícones do terror para uma nova atração temática. No final das contas, Brinquedo Assassino acabou indo para a Universal Pictures, mas já pensou como as coisas teriam sido diferentes se Chucky tivesse ido para a Disney?

4. Chucky era uma diva no set de filmagens

Um dos feitos mais incríveis dos filmes da franquia Brinquedo Assassino é justamente o uso de efeitos práticos para dar vida a Chucky, deixando o boneco ainda mais convincente e realista. No primeiro filme, a grande maioria das cenas foram filmadas com o uso de animatrônicos, o que na época era uma tecnologia ainda recente. 

brinquedo assassino

Eram necessárias onze pessoas para que Chucky se movimentasse, cada uma controlando uma parte diferente de seu corpo. Para acomodar os marionetistas, o set de filmagens precisou ser construído acima da altura do chão para comportar o time debaixo do piso do cenário. Além de tudo, era muito difícil controlar os bonecos, que nem sempre davam os resultados esperados e exigiam um cuidado muito grande. Um dos marionetistas comentou que foram necessárias 27 tomadas para que Chucky conseguisse apertar um botão! Sem contar que muitas vezes os animatrônicos paravam subitamente de funcionar ou não funcionavam do jeito que a cena exigia. Nessas horas, Chucky era interpretado pelo dublê Ed Gale que, além da maquiagem e figurino, contava com um cenário ampliado para forçar a perspectiva do espectador. 

5. Don Mancini nunca gostou da ideia do vodu

Durante a escrita de Brinquedo Assassino, o roteiro passou por várias mãos. Além de Don Mancini, John Lafia e Tom Holland também contribuíram com suas ideias, procurando solucionar alguns problemas. Com o descarte da ideia do boneco que sangrava e o estabelecimento de que seria habitado pela alma de um assassino em série, a grande questão que surgiu foi explicar essa transferência de alma.

chucky

Inicialmente, John Lafia (que posteriormente dirigiu Brinquedo Assassino 2) criou o conceito de que um prisioneiro no corredor da morte transferiria sua alma para o boneco Good Guy enquanto estivesse sendo executado. O diretor Tom Holland não gostou muito dessa parte e a reescreveu, tirando Charles Lee Ray da penitenciária e colocando um ritual de vodu no meio. Isso também dava motivação para o assassino, que precisava encontrar um novo corpo antes que o do boneco se tornasse permanente. No entanto, nem Don Mancini nem John Lafia gostaram dessa explicação e sempre foram bem vocais sobre isso.  

6. Relações com a franquia Pânico

Lançado em 1998, A Noiva de Chucky abraçou o tom cômico sugerido em alguns momentos anteriores da franquia. Além das referências a filmes de terror como A Noiva de Frankenstein e Hellraiser – Renascido do Inferno, o longa trouxe elementos metalinguísticos e de autoparódia. A estreia de Tiffany Valentine nas telonas foi bastante influenciada pelo sucesso de Pânico, que abriu as portas para diferentes abordagens e ajudou a ressuscitar antigas franquias que estavam deixadas de lado, como Brinquedo Assassino e Halloween. O próprio pôster de A Noiva de Chucky é uma paródia ao pôster de Pânico 2, lançado no ano anterior. 

poster panico 2
a noiva de chucky

No entanto, as relações entre as franquias vão muito além disso. A atriz Alexis Arquette, que aparece em A Noiva de Chucky, era irmã de um dos astros da franquia Pânico, David Arquette, o policial Dewey. Além disso, o ator Justin Whalin (Andy Barclay em Brinquedo Assassino 3) participou de um teste de elenco para o papel de Billy Loomis em Pânico! O papel acabou indo para Skeet Ulrich, que coincidentemente havia anteriormente tentado entrar para o elenco de Brinquedo Assassino 3. Mundo pequeno, não é mesmo? 

7. Filmagens na Romênia

Enquanto a trilogia Brinquedo Assassino foi filmada nos Estados Unidos e A Noiva de Chucky no Canadá, o filme seguinte, O Filho de Chucky, foi filmado na Romênia! Essa escolha inusitada fez com que o projeto, que já tinha um orçamento reduzido, conseguisse se qualificar para descontos fiscais e contratar uma mão de obra mais barata do que a encontrada em Hollywood. 

No entanto, vários obstáculos surgiram durante a produção de O Filho de Chucky. Devido à barreira de linguagem foi preciso contratar muitos intérpretes e tradutores para facilitar a comunicação entre as equipes, assim como importar palmeiras, que não são árvores nativas do país e precisavam estar presentes no set de filmagens, já que a história era ambientada em Los Angeles. As palmeiras demoraram tanto para chegar que atrasaram o cronograma da produção e quando finalmente chegaram foram colocadas em carrinhos para serem transportadas pelos cenários, já que o número de árvores adquiridas era muito pequeno.  

8. Chucky e… Britney Spears?

Não, você não leu errado! Em uma cena de O Filho de Chucky, o boneco casualmente assassina a mega estrela do pop tirando seu carro da estrada. É claro que Britney Spears não aparece no filme, sendo interpretada por Nadia Dina Ariqat, sua sósia profissional. A semelhança entre as duas é tão incrível que durante a estreia do filme alguns fãs confundiram Nadia com Britney no tapete vermelho e acharam que a cantora estava participando do evento.

filho de chucky britney

Para evitar confusão, os comerciais e trailers de O Filho de Chucky veiculavam uma mensagem afirmando que Britney Spears não aparecia no filme e não estava afiliada de forma alguma com a produção. Posteriormente, foi divulgado também um pronunciamento do próprio Chucky ao canal de televisão MTV, afirmando que Britney não havia sido machucada no filme e que o boneco possuía uma “quedinha” pela popstar.  

9. Homenagem a Ed Wood

Os nomes dos descendentes de Chucky e Tiffany, apresentados em O Filho de Chucky, não são de forma alguma aleatórios, mas sim uma homenagem ao diretor Ed Wood! A inspiração para nomear Glen e Glenda veio do filme de 1953, Glen ou Glenda?, protagonizado pelo próprio Ed Wood e por Bela Lugosi, nosso eterno Drácula. 

10. Chucky casamenteiro

Embora improvável, Chucky também foi responsável por unir casais e semear o amor! A atriz Catherine Hicks, que interpreta Karen Barclay no primeiro Brinquedo Assassino, conheceu seu marido, Kevin Yagher, durante as filmagens do longa. Yagher era o responsável pelos efeitos especiais, sendo o designer dos animatrônicos de Chucky. O casal se conheceu em 1988 e se casou em 1990. 

catherine hicks

Mesmo não participando de Brinquedo Assassino 2, Catherine Hicks era frequentemente vista no set de filmagens visitando Yagher. Os dois tiveram uma filha em 1992 e continuam juntos até hoje.

11. Pisando em solo sagrado

Após ser descartado pela United Artists/MGM, Brinquedo Assassino 2 foi parar nos famosos estúdios de filmagem da Universal, que adquiriu os direitos de distribuição da franquia. Chucky começou a habitar então o clássico Lote 28, também conhecido como o “Lote do Fantasma”. O apelido vinha do fato de que este havia sido o lugar de filmagens de O Fantasma da Ópera, filme protagonizado por Lon Chaney em 1925. Além do Fantasma, outros monstros e personagens famosos habitaram o Lote 28, como Drácula, Frankenstein e até mesmo Norman Bates! Olha a responsabilidade do boneco assassino.

o fantasma da ópera lon chaney

Seu amigo para sempre

Descubra outras curiosidades e segredos de bastidores em Chucky: O Legado do Brinquedo Assassino, um tributo ao trabalho criativo de Don Mancini, criador, guardião e defensor do boneco Good Guy há mais de 30 anos, e à constante reinvenção da franquia. Nesta edição especial feita de fã pra fã pela DarkSide® Books, você vai descobrir como o bonequinho de cabelo ruivo e macacão jeans se transformou no fenômeno que conhecemos hoje. O livro é cercado de curiosidades — vamos seguir o nascimento deste pequeno psicopata bem ao lado de seus criadores. Descubra como a voz de Chucky surgiu da garganta de Brad Dourif, se surpreenda com histórias obscuras, fofocas nefastas e cancelamentos quando os cancelamentos ainda nem existiam, além de mais de 30 entrevistas inéditas com as equipes e artistas por trás dos filmes, incluindo o diretor Tom Holland.

chucky

LEIA TAMBÉM: BRINQUEDO ASSASSINO: RELEMBRE TODO O UNIVERSO DE CHUCKY

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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1 Comentário

  • Cláudio Augusto Martins de Almeida

    22 de outubro de 2023 às 10:23

    Bom Dia
    amei demais o Texto do Blog
    eu Comprei o Livro Livro Chuck O Legado do Brinquedo Assassino
    na Loja Dark Side Books agora estou esperando chegar aqui em casa eu vou postar uma foto bem legal em 3D

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