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5 Sinais de alerta pouco conhecidos de um relacionamento abusivo

Nem sempre o abuso é fácil de identificar

26/07/2023

Quando pensamos em psicopatas, logo vêm à mente assassinos em série frios, cruéis, que não veem valor na vida de suas vítimas, como Ted Bundy, Gary Ridgway e John Wayne Gacy. Ou talvez os lobos de Wall Street, os Psicopatas Americanos do mundo real. Mas nunca pensamos que eles podem estar dividindo a nossa casa, cama e boletos.

LEIA TAMBÉM: LANÇAMENTO: CASEI COM UM PSICOPATA, POR MARY TURNER THOMSON

Mary Turner Thomson realmente não imaginou que estava casada com um. Will Jordan parecia ser o homem perfeito, com um emprego complicado que exigia viagens, é verdade, mas que era capaz de amá-la e protegê-la a qualquer custo. Até que ela recebeu uma ligação desconcertante: de outra esposa de Jordan.

A partir dali foi como se um encantamento tivesse perdido seu efeito: Thomson descobriu que o marido, além de bígamo, era um golpista e predador sexual que quando a conheceu já tinha deixado para trás um rastro de filhos, mulheres enganadas e famílias destruídas.

Apesar de ter sido julgado pelos seus crimes, Jordan não parou por aí. E foi justamente para evitar que ele enganasse e prejudicasse outras mulheres que ela decidiu escrever Casei com um Psicopata, um relato verdadeiro que funciona como um sinal de alerta não apenas para possíveis vítimas do ex-marido de Thomson, mas para mulheres que todos os dias correm o risco de serem enganadas por vigaristas como ele.

casei com um psicopata

O grande perigo de predadores como Will Jordan é que eles parecem estar acima de qualquer suspeita. Quando o parceiro de alguém assim percebe, já perdeu muito em um relacionamento abusivo que não segue o estereótipo de violência doméstica ao qual estamos acostumados. 

O abuso pode ser sutil, disfarçado de demonstrações apaixonadas e codependência. Nem sempre é fácil perceber que se está em uma situação dessas e mais difícil ainda é sair. Por isso, hoje trouxemos alguns sinais de alerta pouco conhecidos de relacionamentos abusivos, alguns deles vividos na pele pela própria Mary Turner Thomson.

1. Grude total

Um dos objetivos do predador é isolar o parceiro de qualquer contato com outras pessoas, mais ou menos como um líder de seita faria — aliás, a própria autora faz essa comparação. Para conseguir isso, ele costuma acompanhar a pessoa o tempo inteiro. Mas isso não ocorre “porque ele te ama demais e não consegue ficar longe”. A tática é estabelecer poder e dominância, obrigando o parceiro a depender completamente do abusador.

LEIA TAMBÉM: ELAS EM LEGÍTIMA DEFESA: CONHEÇA O DOCUMENTÁRIO QUE INSPIROU O LIVRO

Estabelecer esse tipo de controle não ocorre da noite para o dia. O predador pode se tornar cada vez mais possessivo e ciumento com o tempo. Alguns relacionamentos chegam ao ponto de proibir que o parceiro faça qualquer coisa sozinho, incluindo trabalhar ou ir em consultas médicas.

2. Você está sempre questionando a sua sanidade

Gaslighting é uma palavra que está se tornando cada vez mais conhecida, mas nem sempre é fácil visualizar o que ela significa. Nesse tipo de abuso psicológico o predador faz com que a outra pessoa questione a própria sanidade. Isso pode ser feito de maneira muito sutil, com frases como “você está exagerando” ou “deve ser a TPM”, desacreditando seus argumentos.

casei com um psicopata

Sim, gaslighting envolve humilhar a outra pessoa, acusando-a de ser “muito sensível” ou “dramática” quando ela reage a provocações. Isso leva a vítima a se sentir confusa ou a acreditar que suas reações realmente são desproporcionais — quando na verdade são absolutamente justificáveis. Com o tempo, a pessoa passa a questionar todos os seus pensamentos, tornando-a ainda mais dependente do abusador.

3. Demonstrações exageradas de afeto após ataques

A parte da agressão verbal todo mundo entende como abuso, né? Mas, mais do que isso, eles são ataques emocionais, como julgamento e críticas constantes à vítima, diminuindo o seu valor. Isso mina a autoestima da pessoa, levando-a a se sentir ainda mais dependente daquela relação, pensando “quem é que vai me amar?”.

Em um relacionamento abusivo, o predador costuma se utilizar de demonstrações exageradas de afeto e promessas de que nunca mais vai repetir aquilo. Frequentemente isso pode envolver presentes ou jantares extravagantes. No caso de Thomson, Jordan a pediu em casamento quando ela estava pronta para terminar com ela.

4. A vítima está empenhada em agradar o abusador

Mary Turner Thomson acredita que sua alta empatia e natureza cuidadora atraíram um predador como Jordan. Uma pessoa em uma relação abusiva frequentemente se vê como “salvadora”, aquela que vai “endireitar” o parceiro. Para isso, cria desculpas para minimizar o abuso sofrido, como, “ele teve uma infância difícil” ou, pior ainda, “fui eu que provoquei”.

casei com um psicopata

Demonstrações dessa necessidade de agradar podem passar quase imperceptivelmente, como consultar o parceiro antes de tomar qualquer decisão, por menor que seja. Esse comportamento surge como uma resposta a tentar evitar conflitos no futuro em decorrência de uma decisão tomada “sem consentimento”, levando à codependência.

5. Relacionamento vai e volta

Sim, todo mundo pode errar, arrepender-se (de verdade) e começar de novo. Mas observa-se que nos relacionamentos abusivos há uma série de tentativas da vítima em sair daquela relação antes de fazer isso em definitivo.

Segundo a organização Women Against Abuse, são vários motivos para elas voltarem a um relacionamento abusivo:

Falta de recursos, como um lugar seguro para ficar ou um meio de transporte confiável;

– Medo de não conseguirem se sustentar financeiramente fora da relação;

– Preocupação com o bem-estar dos filhos ou animais de estimação.

O medo de agressão ou algum tipo de “vingança” do predador também faz com que muitas mulheres permaneçam na relação, acreditando que elas poderão encerrar o ciclo de abuso simplesmente “se esforçando mais” para fazer com que as coisas funcionem. Alguns abusadores também ameaçam se machucar ou até mesmo cometer suicídio, uma tática bem específica para evitar que a vítima saia da relação. 

casei com um psicopata

Por mais que seja desafiador sair de uma relação abusiva, conseguir apoio é o primeiro passo no processo de cura e de libertação do abuso. Também é importante lembrar que a culpa nunca é da vítima e que elas precisam de todo o amparo possível para saírem destas situações. 

Se você está passando por uma situação dessas, busque ajuda. Fale com amigos, familiares ou recorra à terapia, ao serviço social da sua cidade ou a grupos de apoio para sobreviventes de situações semelhantes. Pedir ajuda é o primeiro passo rumo à liberdade.

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Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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