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Minha vida de editor, parte 3

Uma lauda de conversa com os DarkSiders

02/09/2021

Salve, salve, leitores amantes da Caveira. Como vocês estão? Há mais de um ano tem sido importante perguntar isso além da mera função fática do aceno. Há mais de um ano tem sido importante lembrar todo mundo de se cuidar, manter distanciamento, não aglomerar e usar boas máscaras de proteção. E continua importante.

Quando estourou a pandemia em março de 2020, a diretoria da DarkSide® Books agiu rápido, de olho na saúde de todo mundo que trabalha pra produzir os nossos livros. As reuniões presenciais que aconteciam com boa regularidade foram canceladas e o escritório da editora do Rio foi esvaziado. Todo mundo foi trabalhar de casa (e ainda seguimos nesse modelo até agora).

No meu caso, fora o medo enlouquecedor e o desespero perene de uma epidemia dessas em que você não sabe o que vai acontecer, não houve grandes mudanças, porque eu já trabalhava remotamente no editorial. Embora a sede da editora seja no Rio de Janeiro, boa parte da equipe darksider trabalha espalhada pelo Brasil todo: São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Ceará, Bahia, Pará e vários outros estados.

Eu sou paranaense, mas moro em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e só fui regularmente ao escritório da firma em 2018, quando estava no Rio para tocar as disciplinas do meu doutorado (sobre quadrinhos em Ciência da Literatura). Do ano seguinte até agora, venho trabalhando a distância.

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No começo da pandemia, até fiz certa assessoria pros amigos que precisaram migrar pro trabalho em suas casas: não trabalhe de pijama, saiba a hora de começar e de parar seu turno de trabalho, não esqueça de almoçar, levante de vez em quando pra esticar as pernas e olhar pra algo que não seja uma tela com pixels brilhantes, e por aí vai.

(Não faz sentido nesse ponto da história dividir dicas de home office com vocês, né? Imagino que todo mundo já saiba como é que faz…)

Por já estar preparada para trabalhar remotamente, a adaptação da equipe da DarkSide® a essa parte da atual rotina se não foi menos dolorosa, foi, pelo menos, mais fácil. Já temos acesso a distância aos materiais que precisamos, estamos acostumados a reuniões por teleconferência ou ligação telefônica, já temos protocolos de como proceder sem poder chegar na mesa do camarada e dizer “Camarada, cabei de acabar a preparação daquele volume-2-do-Medo-Clássico. Vamos pensar em quem faz a diagramação?”.

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Então, você que tem acompanhado meu cotidiano por aqui já sabe que eu conto meu tempo por laudas, que eu faço diversas tarefas diferentes em um dia, e agora você sabe que faço isso tudo de um quarto na minha casa que virou um escritório.

O que você talvez não saiba, mas pode imaginar, é a falta que faz viajar pro Rio de Janeiro pra encontrar todos esses amigos com quem eu trabalho pra colocar mais Caveirinhas na sua estante e grandes histórias na sua cabeça.