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Assassinas made in Brazil: relembre mulheres que ficaram famosas por matar

Anna Carolina Jatobá, Suzane von Richthofen, a Fera da Penha e outros casos que chocaram o país

14/08/2023

É como diz o livro Damas Mortais, de Jennifer Wright: tendemos a achar que mulheres não matam. Ou que elas não matam a menos que sejam obrigadas. Alguns casos mostram que essas assassinas teriam sido incriminadas pelas maléficas raízes da nossa sociedade patriarcal, a mesma que tratou as mulheres de forma terrível e as chamou de bruxas por um longo período. Mas nenhuma das explicações muda a realidade de que algumas mulheres cometeram assassinatos. Talvez por motivações terríveis, ou até causas justificáveis, mas lá estão elas, com marcas de sangue em suas mãos.

Com o lançamento do documentário sobre o caso Nardoni na Netflix — baseado no livro Casos de Família de Ilana Casoy, publicado pela DarkSide® Books — relembramos assassinas brasileiras que ficaram famosas.

Anna Carolina Jatobá

Anna era madrasta da menina Isabella Nardoni, então com 5 anos de idade, que morreu após ser jogada do sexto andar de um prédio de classe média de São Paulo. Era 29 de março de 2008, e o caso gerou comoção por todo o país. Depois de muitas reviravoltas, Alexandre Nardoni, pai de Isabella, e Anna Carolina foram condenados por homicídio doloso qualificado. Anna foi solta em 20 de junho deste ano.

Suzane von Richthofen

Outro caso de grande repercussão no Brasil: a jovem Suzane von Richthofen mandou o namorado, Daniel Cravinhos, e seu cunhado, Christian Cravinhos, matar seus próprios pais. A motivação do crime contra o casal Manfred Albert von Richthofen e Marísia von Richthofen, que foram assassinados a pauladas, teria sido financeira, além de os pais da adolescente não aprovarem o namoro dela com Daniel. Em 11 de fevereiro de 2023, Suzane foi solta após 20 anos presa. Hoje mora em Angatuba, no interior de São Paulo, onde abriu um ateliê. Detalhes deste caso também foram apurados por Ilana Casoy em Casos de Família.

Elize Matsunaga

Outro caso famoso aconteceu no dia 19 de maio de 2012. Casada com o herdeiro e diretor da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, Elize Matsunaga confessou ter assassinado o marido com um tiro na cabeça. Depois, ela esquartejou o corpo e dividiu em malas, que foram jogadas por Cotia, na grande São Paulo. Segundo Elize, o motivo foram agressões e traições do marido, com quem tinha uma filha de 1 ano à época do crime. Ela foi condenada a quase 20 anos de prisão em 2016.

Neyde Lopes, a Fera da Penha

Nos anos 1960, Neyde Maria Maia Lopes, conhecida como a Fera da Penha, chocou o Brasil ao se vingar de seu amante, Antônio Couto Araújo, que se recusou a abandonar sua família por ela. Neyde sequestrou e assassinou a filha de 4 anos de Antônio, Tânia, após enganar os funcionários da escola e levá-la para um galpão na Penha. Ela atirou na criança e incendiou o corpo para eliminar provas. Condenada a 33 anos de prisão e quase linchada pela população, Neyde cumpriu 15 anos da pena e foi solta em 1975. Neyde morreu em 2 de maio de 2023.

Heloísa Borba Gonçalves

A advogada gaúcha Heloísa Borba Gonçalves, conhecida como Viúva Negra, foi condenada em 2011 a 18 anos de prisão por crimes como assassinatos, poligamia, roubo e estelionato. Embora suspeita de matar vários parceiros, foi condenada por apenas um assassinato qualificado. Seu rastro de crimes data entre 1971 e 1992, com os quais acumulou um patrimônio de R$ 20 milhões. Heloísa foi condenada, mas nunca detida, permanecendo foragida e procurada pela Interpol, usando identidades falsas como Heloísa Saad e Heloísa Ribeiro.

Graciele Ugulini e Edelvânia Wirganovicz

Em abril de 2014, Bernardo Boldrini, de apenas 11 anos, foi assassinado pela madrasta, Graciele Ugulini, e por uma amiga dela, Edelvânia Wirganovicz. O corpo foi encontrado com uma superdosagem de sedativo em uma cova rural no Rio Grande do Sul, e o pai da criança, Leandro Boldrini, e o irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, também foram presos por envolvimento no crime.

Alexandra Dougokenski

Em janeiro deste ano, Alexandra Dougokenski foi condenada a mais de 30 anos pelo assassinato do próprio filho. Rafael desapareceu em maio de 2020 e mãe alegou tê-lo deixado dormindo em seu quarto, no pequeno município de Planalto, no Rio Grande do Sul. Após extensas buscas, o corpo do menino foi encontrado pela Polícia Civil numa casa vizinha, e Alexandra confessou ter administrado um medicamento ao filho, por ele ser muito “nervoso”. Em dezembro de 2020, Alexandra mudou sua versão, culpando o pai de Rafael pela morte.

Paula Thomaz

Casada com o ator Guilherme de Pádua, que fazia par romântico com Daniella Perez na novela De Corpo e Alma, Paula Thomaz (que mais tarde trocaria de nome para Paula Nogueira Peixoto) escondeu-se no banco de trás do carro do ator e ajudou o ator a sequestrar e desferir 18 golpes de punhal contra Daniella, num caso que chocou o país, em 1992.