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Andrew Pyper: Uma celebração ao horror clássico em tempos atuais

Autor de O Demonologista nos deixou aos 56 anos

07/01/2025

Quando pensamos em horror clássico, normalmente nos lembramos de nomes como Bram Stoker, Mary Shelley, Edgar Allan Poe e outros autores que viveram há mais de um século. Mas Andrew Pyper provou que é possível escrever literatura clássica de terror e suspense mesmo em tempos modernos.

LEIA TAMBÉM: Andrew Pyper: conheça a carreira do escritor

E não somos apenas nós que pensamos desta maneira. Stephen King, o rei do suspense, definiu Pyper como o novo nome do medo clássico — não por acaso, o autor de O Demonologista era considerado um dos principais sucessores de King. 

Com uma carreira recente e três livros publicados pela DarkSide®, infelizmente Andrew Pyper não contará mais suas histórias — pelo menos não neste plano. O escritor faleceu no último dia 3 de janeiro, aos 56 anos de idade, devido a complicações decorrentes de um câncer. 

andrew pyper

Segundo seu obituário, “Andrew não tinha terminado de viver, escrever, criar seus filhos ou amar sua esposa, mas aceitou sua doença com tremenda coragem e graça”. 

Uma vida dedicada à literatura

Nascido no estado de Ontário, no Canadá, em 1968, Pyper sempre chamou a atenção das pessoas do seu entorno por sua paixão por ler e escrever. Quem teve a felicidade de ler suas obras, consegue capturar a paixão do autor por meio da maestria com que ele conduzia suas narrativas.

O gosto pelos livros o levou a cursar a faculdade de Literatura Inglesa na McGill University, em Montreal, onde se formou com honras. Depois disso, ele ainda estudou Direito na Universidade de Toronto, chegando a se formar na área e a ganhar um prêmio. Apesar disso, ele nunca seguiu carreira como advogado

andrew pyper

Enquanto cursava a Universidade de Toronto, teve vários contos publicados em revistas canadenses de literatura, como Quarry e The New Quarry. Nesta época, a aspiração de Pyper era trabalhar meio período com Direito para poder bancar sua paixão de escritor. Felizmente ele mudou de ideia e decidiu seguir carreira como escritor de ficção.

Uma meta que Andrew Pyper tinha estabelecido para si era publicar um livro antes de chegar aos 30 anos de idade. Sem saber, seu editor na Quarry, Steve Harrington, enviou vários contos de Pyper à editora The Porcupine’s Quill. Em outubro de 1996 ele teve seus contos publicados em um livro chamado Kiss Me, aos 28 anos de idade.

Desde então ele emplacou um best-seller atrás do outro, com títulos como Lost Girls, vencedor do Arthur Ellis Award e The Killing Circle, eleito o melhor romance policial do ano pelo New York Times. No Brasil, Andrew Pyper tem três livros publicados pela DarkSide® Books: O Demonologista, Os Condenados e A Criatura.

o demonologista

Versatilidade de temas e uma homenagem ao horror clássico

Uma investigação para derrotar o diabo, o fantasma de uma irmã que atormenta um escritor e a criatura que inspirou escritores a escreverem sobre os monstros mais famosos do imaginário popular. A versatilidade de temas é marca registrada de Andrew Pyper. O que não muda é a qualidade da narrativa em deixar o leitor aquele frio na espinha.

Mesmo nos dias atuais, o autor nunca se poupou de render homenagem ao horror clássico e aos mestres e criaturas que moldaram o seu fascínio pelos livros. Em A Criatura, por exemplo, nos deparamos não apenas com um, mas com três clássicos homenageados: Drácula, Frankenstein e O Médico e o Monstro. Quando questionado pelo DarkBlog em uma entrevista de 2020, Pyper destacou qual dos três é o seu preferido: o clássico imortal de Mary Shelley.

Mas Andrew Pyper não criou apenas releituras dos clássicos, ele reimaginou o papel de tais criaturas na sociedade ao longo dos tempos, e na atualidade. “Eu estava pensando sobre os tipos de monstros na nossa cultura, e os dividi em três grupos principais: Parasita, Morto-vivo e Psicótico. Parecia que praticamente todos os monstros que você conseguia pensar se encaixavam em uma dessas categorias.”

a criatura

Além de encontrar o equilíbrio entre as narrativas do século XIX e os tempos atuais, Pyper não se privava de abordar alguns dos nossos questionamentos existenciais mais pessoais por meio da alegoria com monstros que se transformavam: “Somos produtos de nossos pais ou somos moldados pelo livre arbítrio? Isso se torna especialmente interessante para filhos de pessoas muito más, de criminosos violentos, de assassinos, de monstros. Eu carrego algo do monstro em mim?”, comentou.

Mesmo com uma carreira aclamada e catorze livros publicados, Andrew Pyper acreditava que seu maior orgulho se encontrava na vida pessoal, conforme afirmou seu obituário: “Se você perguntasse, Andrew diria que suas maiores realizações foram seus papéis de marido e pai”. De certa maneira, não conseguimos evitar de nos sentirmos um pouco órfãos com sua partida.

LEIA TAMBÉM: Andrew Pyper: “E se Drácula e Frankenstein estivessem vivos?”

Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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