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Conheça a mansão que inspirou Manderlay, de Rebecca

Propriedade assume vida própria no suspense de Daphne Du Maurier

19/05/2023

Xanadu, a Mansão Belasco, Wuthering Heights… várias casas da ficção parecem ser muito mais do que um imóvel. Elas ganham vida e se tornam personagens nas narrativas conduzidas por seus autores. Esse é o caso de Manderley, a suntuosa mansão que mantém viva a memória de uma mulher em seus cômodos, móveis e objetos.

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Em Rebecca: A Mulher Inesquecível, a narradora é assombrada pela personagem que dá nome ao romance de Daphne Du Maurier, mesmo após sua morte. É só perguntar para qualquer um dos empregados, principalmente para a governanta, a sra. Danvers: Rebecca era perfeita, dava as melhores festas, iniciava as conversas mais interessantes e, é claro, era dona de uma beleza incomparável. Intoxicada pelas próprias fantasias e temores, a narradora precisa desvendar o passado para conquistar seu lugar em Manderley.

A casa foi inspirada em uma propriedade verdadeira

Com uma presença tão marcante na narrativa, não é de se espantar que a mansão dos de Winter tenha surgido a partir de um local que a autora de Rebecca conhecia muito bem. Manderley foi inspirada em Menabilly, a casa de Daphne Du Maurier na Cornualha.

A própria maneira com que a escritora foi morar na mansão parece ter saído de algum romance. Durante uma visita à cidade de Fowey em 1926, ela se deparou com a propriedade enquanto caminhava pela floresta, encontrando-a em meio a vistosas árvores com todo o esplendor do caminho que levava até ela — tal qual Manderley.

menabilly
Hans Wild / The LIFE Picture Collection via Getty Images

Ela logo se tornou obcecada pela propriedade esquecida e foi consumida pelo desejo de morar lá e reformar o imóvel. Foi isso o que inspirou a atmosfera assombrosa de Manderley, que exerce uma força opressora sobre a segunda sra. de Winter da mesma maneira que a casa na floresta exerceu sobre Du Maurier.

Daphne Du Maurier só se mudou para lá depois de publicar Rebecca

Apesar de ter se deparado com a mansão pela primeira vez em 1926, levou mais de uma década para que a autora realizasse o seu sonho de se mudar para lá — o que ocorreu em 1943, depois da publicação de Rebecca: A Mulher Inesquecível e de seu romance ter sido adaptado para o cinema por Alfred Hitchcock.

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Du Maurier pesquisou bastante sobre a propriedade, e descobriu que ela havia sido construída pela família Rashleigh, que ainda era a proprietária naquela época. Em 1943 ela os convenceu a deixá-la alugar o imóvel, para onde se mudou com o marido e os filhos e residiu por 26 anos. Ela só precisou sair de lá quando um herdeiro dos Rashleigh decidiu se mudar para a mansão da família.

daphne du maurier com os filhos em menabilly
J. Wilds / Keystone Features / Getty Images

Uma propriedade imortalizada pela escritora

Construída em 1580 por Jonathan Rashleigh, Menabilly foi ampliada e reformada inúmeras vezes através de gerações da família. Ao ver registros fotográficos do imóvel, é bem fácil de entender o fascínio de Daphne Du Maurier pela mansão. Com seus jardins bem desenvolvidos, a longa e imponente estrada de acesso e o próprio visual da casa, ela se destaca na paisagem com toda a sua magnitude. 

Além de sua obsessão pelo imóvel ter dado origem a Manderley, a escritora buscou inspiração na propriedade enquanto morou lá. Foi lá que ela escreveu O General do Rei, ambientado na Guerra Civil Inglesa, após descobrir um esqueleto e um par de calçados de cavalaria em um compartimento emparedado no porão. Aparentemente, a fonte de inspiração de Manderley consegue ser ainda mais sinistra do que a história da autora.

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Sobre DarkSide

Avatar photoEles bem que tentaram nos vender um mundo perfeito. Não é nossa culpa se enxergamos as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa é a nossa maldição. Somos íntimos das sombras. Sentimos o frio que habita os corações humanos. Conhecemos o medo de perto, por vezes, até rimos dele. Dentro de nós, é sempre meia-noite. É inútil resistir. Faça um pacto com quem reconhece a beleza d’ O terror. O terror. Você é um dos nossos.

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